Nova postagem no blog próximo sábado

sábado, 31 de dezembro de 2011

Nenhuma Ovelha de meu rebanho se perderá


  "A Justiça Divina jamais embaraça ou impede o esforço daquele que deseja recuperar-se de quaisquer comprometimentos; antes oferece os recursos hábeis para que o desenvolvimento espiritual se expresse da melhor maneira possível, porque o amor viceja em todas as ocasiões e circunstâncias, facultando a realização dos magnos objetivos existenciais." Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito

   O Pai, infinitamente justo e bom, espera de todos nós a perfeição, e para isso nos dá diversas oportunidades. A cada reencarnação uma nova chance de refazer o que ficou pelo caminho, desfazer nós e transformá-los em laços de afeto e de amor, aprender com os erros e transformá-los em acertos.

   E nos dá ainda mais, nos agracia com a presença constante dos amigos espirituais, que ficaram na retaguarda, no mundo espiritual, para nos auxiliar na jornada através dos conselhos, aquelas intuições, aquelas idéias que surgem de repente e nos momentos mais difíceis, são eles sopram aos nossos ouvidos, apontando o caminho a seguir. Basta ter os olhos de ver e os ouvidos de ouvir, a sintonia correta, como as ondas radiofônicas, nossas vibrações devem estar em sintonia com a deles, por isso a importância de alimentarmos pensamentos de otimismo em todos os momentos de nossas vidas.

   Eles também nos inspiraram algo fantástico, a idéia de dividir o tempo em fatias, em dias, meses e anos. Pois a cada novo ano é uma nova oportunidade, a oportunidade de olhar pra trás de voltar sobre os próprios passo e observar como foi a jornada. Os erros, os acertos, os momentos de angústia e os de alegria, e verificar que nunca estivemos sozinhos, em todos os momentos eles estavam lá, os anjos do caminhos, na forma do familiar disposto ao diálogo, dos amigos e companheiros que conosco dividem o momento de dor, mas que também comemoram nossas vitórias, de todos aqueles que nos estenderam a mão, o ombro amigo, a palavra reconfortante.

   É o momento também de olhar pra frente, de ver o quanto ainda temos por fazer, o quanto ainda podemos fazer por nós e por aqueles que nos cercam. O campo está aí, meus amigos, aguardando a semeadura que é livre, mas cuja colheita será obrigatória.... pensemos no que iremos plantar, mas na certeza de que o Pai estará sempre nos aguardando, nos auxiliando, nos guiando, pois nenhuma ovelha de seu rebanho se perderá....

"Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixa as noventa e nove e vai aos montes procurar a que se extraviou? E se acontecer achá-la, em verdade vos digo que se regozija mais por causa desta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim não é da vontade do vosso Pai que está nos Céu que pereça nenhum desses pequeninos". (Mateus, XVIII, 12-14 - Lucas, XV, 3-7)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Despindo pré conceitos

   Ontem estava lendo o Clarim deste mês, onde encontrei uma belíssima mensagem a Allan Kardec a qual transcreverei abaixo na integra, pois merece ser lida. O texto intitulado "O Destino do Prof. Rivail" é de Paulo Henrique Bueno do centro espírita Allan Kardec de Carmo do Rio Claro - MG publicado em O Clarim dezembro/2011.

   "Era primavera em Paris. Naquela tarde, o renomado Prof. Rivail fazia uma breve retrospectiva de sua vida. Sentado na poltrona, de olhos fechados, em cadenciado solilóquio, revia suas tantas experiências no campo das ciências e das experimentações.
   Desde a longínqua infância vivida na Rue Sale, 76, em Lyon, tinha por costume levar sua mente sempre ocupada com as razões e fórmulas estruturais do universo. As dimensões infinitas deslumbravam o menino. Gostava de ver o céu. As estrelas cintilantes eram convite constante para sonhos intergalácticos e, de todas as constelações, aquela de Órion lhe chamava particularmente a atenção.
   A imensidão do espaço e do tempo, o tempo no espaço e o espaço no seu tempo, faziam borbulhar no espírito do pequeno Hippolyte um misto de conjecturas e recordações indefinidas e inexplicáveis. As pradarias e florestas do Condado de Rhône não lhe eram estranhas. Soube que aquela região, em outros tempos, se chamara 'Gália'. A velha Lyon era Lugdunum. Esses nomes, definitivamente lhe eram muito familiares.
   Consultou seu relógio. Ainda havia tempo. A reunião estava marcada para as 20 horas. Fechou os olhos novamente e se viu a caminho da escola em Yverdon. As portas de um mundo fantástico de conhecimentos exequíveis lhe foram abertas pelo inesquecível e tão querido Professor Pestalozzi, cujas lições didáticas maravilhosas eram ofuscadas pelo amor que despendia às criaturas.
   Naquela escola suiça conheceu o que poderia ser real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. E foi assim que o jovem lionês se tornou também admirador do pensamento positivista de Auguste Comte.
Seu caráter reto, sua lucidez e sua mente brilhante lhe renderam o posto de submestre. Ajudava diretamente os professores nas tarefas de pesquisa, traduções e instruções aos alunos novatos.
   Os proveitosos oito anos em Yverdon transformaram Hippolyte Rivail em um 'Instituteur' (mestre das escolas primárias e secundárias) e 'Chef d' Institution' (diretor escolar).
Diplomado, veio viver em Paris.
   Mais de trinta anos se passaram. E ali ele estava, agora, olhando os telhados de ardósia do casario opaco, que se enquadrava na janela, envolto pelo entardecer.
   Por mais de trinta anos havia exercido o magistério como um sacerdócio. Buscava a natureza das coisas, estudava a complexidade do mundo e da vida, passava tudo pelo crivo da razão, elaborava um resumo prático e transmitia os mais variados temas em linguagem clara e concisa.
   Há mais de trinta anos estudava o magnetismo animal a partir das experiências de Mesmer e Puysegúr. sabia ser possível a magnetização de qualquer objeto e fazê-lo se movimentar ativado por esse fenômeno.                
   Sim. Isso era possível.
   Mas como explicar os fatos relatados há alguns meses pelo Sr. Carlotti? Entusiasmado, o amigo corso lhe afirmara que, em reuniões programadas para esse fim, mesas giravam e levitavam, e que além de se movimentarem respondiam às mais variadas indagações.
    Não. Isso não era possível.
   Houvera tratado o assunto que assolava toda Paris com respeito, mas sem nenhum interesse, visto que sua razão tratava o tema como sendo uma história fabulosa.
   Porém, há poucos dias, o Sr. Partier lhe havia falado sobre o andamento daquelas reuniões. O caráter grave, frio e calmo do velho amigo lhe induziu a fazer uma análise daquele fenômeno, até então desconhecido.
   Não foi necessário nenhum esforço para persuadi-lo a participar de uma dessa experiências na casa da Sra. Plainemaison, onde a Sra. Roger seria magnetizada pelo Sr. carlotti, e através da qual haveria a comunicação de um espírito.
   A honradez e a dignidade dos envolvidos em tais experimentações eram subsídio suficiente para a certeza de que aquilo estava acima de simples e inconsequentes brincadeiras de sarau.
   O endereço estava bem memorizado: Rue Grange-Batelière, 18.
   Era maio de 1855. O Prof. Rivail não estava apreensivo nem ansioso, mas tinha um leve pressentimento de que sua vida mudaria.
   Era um fim de tarde de primavera. Pela última vez consultou o relógio. Estava na hora. De pé, ajeitou a gravata. Na mão esquerda o chapéu. Puxou suavemente a porta e saiu caminhando, rumo certo, pelas ruas de Paris."

  O pressentimento do admirável professor estava correto, a partir desse dia sua vida mudaria completamente, ele passaria a estudar os fenômenos espíritas que dariam origem a codificação que realizaria utilizando o pseudônimo Allan Kardec. 
   Obrigada Prof. Rivail por ter se despido de pré conceitos e ter se aventurado, experimentado e buscado a causa inteligente por trás dos fenômenos inteligentes...
   Não foi apenas a sua vida que mudou... 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ah, se ela tocasse piano....

   Eu já tinha uma postagem doutrinária separada para hoje, mas decidi mudar os planos na última hora e fazer um desabafo, algo mais descontraído...

   Às vezes me paro pensando o quão maravilhoso seria se minha vizinha tocasse piano... uma Chiquinha Gonzaga quem sabe? Me imagino lendo meu livrinho ao som melodioso das teclas do piano... podia ser saxofone também, acho lindo!

   Mas, infelizmente, o gosto musical dela, digamos, não é assim tão refinado. Logo, preciso me conformar em fazer minha leitura ao som do funk, do pagode e do forró. E lamentar seu problema auditivo, que deve ser bastante grave, pois os decibéis do aparelho de som são bastante elevados. 

   Sei que não devo me queixar, ao contrário devo agradecer ao Pai a oportunidade de exercitar minha capacidade de concentração e principalmente minha paciência e compreensão, bem como minha capacidade de controle sobre a ira e a irresistível vontade de revide através dos decibéis de meu aparelho de som.

   Não devo buscar o revide, é contra os princípios que venho tentando exercitar, mas confesso que algumas vezes é quase irresistível! Além disso aprendi e creio seriamente que a minha liberdade termina onde o direito do meu próximo inicia, lamento que nem todos tenhamos a mesma compreensão...

   Só peço ao Pai que aumente minhas capacidades de equilíbrio, paciência e concentração e se não for pedir muito,  que da próxima vez me agraciasse com um vizinho que gostasse de Mozart, Chopin, Kenny G....

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A Força dos nossos Pés

Recebi hoje por e-mail uma linda mensagem que transcrevo abaixo e que vem complementar a postagem de ontem sobre a família...
"Desde o dia em que tu nasceste, eu criei a ilusão dentro de mim, que poderia caminhar por ti.
Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranquilos e seguros.
Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais te cansarias da caminhada. Nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar. Isso seria eternamente minha responsabilidade.
E foi assim durante um bom tempo. Caminhei por ti e para ti.
Então, o tempo veio me avisar bruscamente que essa deliciosa tarefa não faria mais parte dos meus dias.
Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus e, quando eu menos esperava, eles escorregaram e alcançaram o solo.
Hoje sou obrigado a vê-los trilhar caminhos nos quais os meus jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só consigo raríssimas vezes.
Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus e, em certos momentos, teus passos são tão largos que quase não posso acompanhá-los.
Atualmente assisto aos teus tropeços sempre pronto a levantar-te das tuas quedas.
Por vezes, tu me estendes as mãos em busca de socorro.
Outras, mesmo estando estirado ao chão e ferido, insistes em levantares sozinho para me provar que já és capaz de te erguer, após teus tombos e curares as próprias feridas.
Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo que precisavas de mim para te conduzir, pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés do que sobre o meu coração.
No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia.
Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisarias mesmo desbravar teus caminhos independente de mim.
Como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus filhos.
Claro que não é uma tarefa fácil. Mas se eu consegui, tu também conseguirás porque plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso: o amor."
* * *
Os filhos são, sem dúvida, um empréstimo Divino.
Com eles aprendemos a lição maior do amor incondicional. Tornamos-nos habilidosos em corrigir nossos piores defeitos e multiplicar os melhores sentimentos.
Se hoje eles estão ao nosso lado, façamos por eles o melhor que pudermos pois, com certeza, logo chegará o tempo em que eles não mais estarão tão próximos.
Quando pequenos, toda a felicidade deles depende dos pais e é realmente doloroso o momento em que constatamos que haverá o tempo em que não mais precisaremos carregá-los e nem guiar os seus passos.
Então preparemos o seu caminho.
Através do amor, ofereçamos a eles toda a bagagem necessária para que possam seguir em frente com força e segurança.
Que eles carreguem a certeza de que, mesmo estando fisicamente distantes, estaremos sempre ao seu lado.
 
Redação do Momento Espírita,com base em mensagem,
de autoria desconhecida.
Em 26.12.2011.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A Propósito da Família

   "Representando a família a mais valiosa célula do organismo social, é nela que se encontram os Espíritos necessitados de entendimento, de intercâmbio de sentimentos e de experiências, de forma que o lar se faz sempre escola na qual os hábitos irão definir todo o rumo existencial do ser humano...
O lar é oficina de crescimento moral e intelectual, mas sobretudo espiritual que deve ser aprimorado sempre, abrindo espaço para tornar-se célula eficiente da sociedade." Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito.

   O lar é a primeira escola do espírito, é onde ele tem o primeiro contato com a sociedade dentro da atual encarnação. Nele o espírito encontra outros espíritos que poderão lhe ser afinidades de anteriores encarnações, mas principalmente aqueles com quem possui débitos a acertar.

  No lar, o espirito na fase infantil deve ser moldado em seu caráter, é quando ele estão mais aberto a novos ensinamentos para que o caráter seja alterado para o bem. É responsabilidade dos pais guiar os espíritos que lhes chegam ao lar na forma de filhos emprestados por Deus. Sobre isso prestarão contas a sua consciência após o desencarne.

   A função dos pais é plantar a semente para a evolução espiritual dos filhos, através da educação. Algumas vezes poderá parecer que todo o empenho, o carinho e a educação foram em vão, pois o filho desencaminhou-se, mas se e educação foi realmente feita, se na consciência materna e paterna todo o trabalho foi empreendido, significa que a semente foi plantada e mais dia menos dia haverá de germinar e o filho perdido voltará ao caminho da casa do Pai.

   "Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa Vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor" (Evangelho segundo o espiritismo Cap. XIV item 9)




sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Homem Incomum

   "Na sua condição de Psicoterapeuta Incomum, Jesus enunciou com precisão e sem reservas: - Busca a verdade e a verdade te libertará.
   Não se trata de uma verdade religiosa, de uma filiação doutrinária a este ou àquele agrupamento de fé, de adesão a um ou a outro partido político, social, de compromisso cultural, filosófico, artístico, mas da verdade que paira acima de todos os limites estabelecidos por grupos ou greis, organizações e escolas... É aquela que permanece soberana, livre de toda e qualquer injunção escravagista, egóica, que proporciona paz interior, acima da transitoriedade conflitiva de expressões, que são válidas em um período e perdem o sentido noutra circunstância. Faz superar a ansiedade e conduz ao bem-estar contínuo, mesmo que situações difíceis se apresentem." Joanna de Angelis - O despertar do Espírito

   Jesus veio nos ensinar a verdade, esta era a sua missão, mas esta verdade não estava circunscrita a uma determinada religião, ele não pregava religião, muito pelo contrário. Era um revolucionário, avesso a todo culto exterior que não partisse do coração, do sentimento, os quais denominava de sepulcros caiados, corretos e bonitos por fora, mas apodrecidos por dentro.

   Ele pode ser visto no mínimo como um homem incomum, um homem destemido e ao mesmo tempo doce e terno. Sua verdade, a única que nos veio ensinar: O Amor. O amor, independente, universal, o amor pelo próximo, o amor por si mesmo, e até o amor aos inimigos!

   Apenas amor, nada mais ele nos pede, nenhum sacrifício, nenhum martírio, nem cantos, nem louvores, nem rituais, nada além do amar ao próximo como a nós mesmos, apenas isso, simples assim.... e ao mesmo tempo, ainda tão longe das nossas capacidades....

"Se Allan Kardec tivesse escrito que ´fora do Espiritismo não há salvação´, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu ´Fora da Caridade´, ou seja, fora do Amor não há salvação" Chico Xavier

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Felicidade

   "Uma existência feliz não é, necessariamente, aquela que se faz breve ou larga, mas sim aquela que se transforma em mensagens de alegria e bem-estar para a própria pessoa, bem como todos aqueles que a cercam. Cada existência é uma mensagem, cujo conteúdo deve ser positivo, de forma que dignifique outras enriquecendo-as de esperança." Joanna de Angelis

   A todos os amigos leitores desejo que nesse Natal e no Ano que se inicia aprendamos que a felicidade não está no fim do caminho, mas a cada passo dado.

   Que paremos de colocá-la longe de nosso alcance: na casa que ainda não temos, no carro que queremos, na formatura, no empregos novo. Ela não está lá, tanto isso é verdade que quando alcançado o objetivo que seria o motivo da nossa felicidade, passada a euforia inicial, voltamos ao nosso estado anterior de felicidade ou infelicidade.

   A felicidade está no dia-a-dia, na companhia das pessoas queridas, no abraço fraterno, no ombro amigo, na risada gostosa, como já dissemos em uma postagem anterior, sentada em nosso ombro.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O amor é universal



   Quem foi que disse que nós somos os únicos seres na criação capazes de amar e demonstrar amor?
   Nossos irmãos menores, pelos quais temos imensa responsabilidade, pois eles aqui estão para nos auxiliar em nossa evolução, para nos fazer companhia, mas principalmente para que nós os auxiliemos na sua evolução demonstrando-lhe o que é carinho, o que é cuidado, o que é amor.
   Mas muitas vezes são eles que nos dão uma lição, pois parecem muito mais "humanos" do que nós seres humanos.
   Ontem à noite assistíamos eu e o Kiko no Animal Planet um programa sobre gatos e hoje me chegou às mãos este video lindo que apenas aumenta minha admiração e carinho pelos felinos, nossos queridos gatinhos.
Na foto esquerda nossa gatinha Jade e direita nosso pequeno Lusko.
  
 Lembro quando decidimos adotar um gatinho, meu marido tinha certa resistência, afirmando que os gatos não eram animais dedicados e carinhosos, mas mesmo assim aceitou a presença de nossa pequena felina Jade. E nos primeiros dias de contato com ela, ele estava sentado no sofá quando ela procurou seu colo e com seu focinho acarinhava-o, não preciso nem dizer que a partir desse momento ele reviu seus conceitos sobre os gatos. 

   "Nossos benfeitores espirituais nos esclarecem que é preciso que todos nós consideremos que os animais diversos, a nos rodearem a existência de seres humanos em evolução no planeta Terra, são nossos irmãos menores, desenvolvendo em si mesmos o próprio princípio inteligente.
   Se nós, seres humanos já alcançamos os domínios da inteligência desenvolvendo agora as potências intuitivas, eles, os animais, estão aperfeiçoando paulatinamente seus instintos na busca da inteligência da mesma maneira que nós humanos aspiramos alcançar algum dia a angelitude na Vida Maior, personificada em nosso mestre o Senhor Jesus, eles, os animais aspiram ser num futuro distante homens e mulheres inteligentes e livres. Assim sendo, nós podemos nos considerar como irmãos mais velhos e mais experimentados dos animais." Chico Xavier


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Reflexões (2)

   Que temos feito com a luz de nossos olhos em favor daqueles que não a possuem?
   Que temos feito com os nossos braços e pernas perfeitos, capazes de nos conduzir onde quisermos, em favor daqueles que aguardam a nossa visita de solidariedade?
   Que temos feito do tesouro de poder falar em favor daqueles que precisam ouvir uma palavra de consolo, de orientação?
   Que temos feito da capacidade de raciocinar em favor daqueles que nos agridem por não entenderem a vida como temos a felicidade de compreendê-la?
   Nós que possuímos a fortuna de um lar aqui na Terra como temos nos comportado em relação àqueles que vivem nos orfanatos e asilos?
   Como temos nos comportado diante de nossa mesa farta em relação àqueles que não possuem um pedaço de pão para mitigar a fome?
   Quantos agasalhos ainda jazem esquecidos e sem uso no interior de nosso guar-roupa enquanto tantos caminham com vestes rasgadas?
   Quantos pares de sapatos contemplamos em nosso criado-mudo enquanto pés feridos caminham sobre as agruras dos caminhos?
   Que temos feito com o conhecimento que a Doutrina Espírita nos proporciona em relação àqueles que desconhecem o mundo espiritual, a reencarnação, a lei de causa e efeito, a comunicabilidade dos espíritos?
   São tantos os tesouros que possuimos sem ser o dinheiro, que todos somos imensamente ricos aos olhos das Leis que determinam dar a cada um segundo suas obras! E dessa riqueza também prestaremos conta um dia.
   Enquanto temos Tempo - Forni

domingo, 18 de dezembro de 2011

Recorre ao recurso divino da prece...

   Abrindo a esmo um pequeno livro de mensagens denominado "Luz nas Mãos" nos deparamos com linda mensagem, que julgamos digna de compartilhar com os amigos por sua simplicidade acompanhada de uma profunda sabedoria:
   "Nas horas que buscas conhecer a ti mesmo, recorre ao recurso divino da prece.
   Nas horas que buscas compreensão, para aceitar a partida de um ente querido de volta à morada espiritual, recorre ao recurso divino da prece.
   Nas horas que buscas entendimento e respostas para o convívio com o familiar difícil, recorre ao recurso divino da prece.
   Nas horas que buscas o silêncio, para a tranquilidade da tua paz interior, recorre ao recurso divino da prece.
   Nas horas que buscas o remédio curador para as tuas enfermidades, recorre ao recurso divino da prece.
   Nas horas que buscas o equilíbrio frente as ofensa e agressões recebidas, recorre ao recurso divino da prece.
   Nas horas em que a descrença em Deus tomou, de sobressalto, a tua fé adormecida, recorre ao recurso divino da prece, para retomares o rumo da vida e conquistares a jornada evolutiva do espírito."

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Reflexões

"Tempo - Que estamos fazendo com as horas ou minutos disponíveis para servir aos semelhantes?
Compreensão - Quantas são as ocasiões em que temos sofrido, em silêncio, acusações e pedradas gratuitas por amor à família ou à coletividade em que a Providência Divina nos situou?
Virtude - Que edificamos com as qualidades morais de que nos supomos portadores em favor daqueles que são considerados destituídos delas?
Títulos - Que valem os pergaminhos que ostentamos no alívio às inquietações e sofrimentos alheios?
Amizades - Que lucros auferem nossos companheiros menos felizes das afeições que alimentamos?
Recordemos nossas aptidões, conhecimentos e possibilidades, quaisquer que sejam, e estamos certos de que são também propriedades, muito mais importantes que as posses do ouro e terra, casas e jóias, pelas quais seremos naturalmente inquiridos por nossa atitude e procedimentos para com eles."
André Luiz Livro Sol nas Almas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Andorinha mudando o mundo?

   "O prato frugal ao necessitado; a roupa ao companheiro de penúria; a pequena porção de remédio que doamos para aquele que está enfermo; a visita rápida ao desesperançado; o bilhete ligeiro ao desesperado; o minuto breve de tolerância; algumas poucas frases no diálogo construtivo; o silêncio caridoso diante do mal, são, conforme ensina Emmanuel, pequenas doações que podemos fazer e que modificarão o mundo para melhor." Forni - Enquanto Temos Tempo

   Lendo esse trecho lembrei-me da estória da Andorinha. Dizem que uma única andorinha não faz verão, mas creio que sem ela, sem a parte que a ela compete, o verão é que não seria o mesmo.

   Com a nossa parte, podemos sim melhorar o mundo, mesmo que seja o pequeno mundo ao nosso redor, entre aqueles que conosco compartilham esta encarnação. E se cada um fizesse apenas a sua parte, no seu pequeno mundo...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O que cabe num abraço?

   Difícil descrever todos os sentimentos transmitidos através de um abraço, principalmente quando este abraço ficou guardado no coração por algum tempo.
   Foi emocionante rever e abraçar meu irmão Demétrios depois de cinco anos. Relembramos velhos e bons momentos da nossa infância.
   Ele partiu um menino em busca da vida e eu o reencontrei um homem que a encara com a coragem e a vontade de crescer e ser melhor a cada dia. Vejo um futuro cheio de mais vitórias e conquistas a sua frente.
   A saudade vai bater sempre, mas estaremos unidos pelas lembranças de nossa infância. Fica a certeza de que mesmo distante, ele está bem e é cuidado por um anjo, minha cunhada Giuliana.











 Fazendo uma zoeira na Decathlon










Tinha que ter um jogo do Inter, mesmo sub20. E a sorte continua ao nosso lado Inter 1x0 Flamengo











Uma corridinha!!!


Minha cunhada Giuliana







Meus queridos!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Uma folguinha... pra matar uma saudade!!

"
A blogueira estará de folga do blog e fora alguns dias, mas a causa é justa. Estarei visitando meu irmão que está em São José dos Campos e que não abraço há quase 5 anos. E também preciso renovar essa foto aí do lado!! Até breve.... 

"Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue."

Ainda a propósito de Deus

"O senhor corrige:
a ignorância: com instrução;
o ódio: com amor;
a necessidade: com o socorro;
o desequilíbrio: com o reajuste;
a ferida: com o bálsamo;
a dor: com o sedativo;
a doença: com o remédio;
a sombra: com a luz;
a fome: com o alimento;
a fogo: com a água;
a ofensa: com o perdão;
o desânimo: com a esperança;
a maldição: com a benção;
Somente nós, criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.
O mal não suprime o mal."
Enquanto Temos Tempo - Forni

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Distantes de Deus...

   "Estamos extremamente distantes do entendimento de Deus, estamos perdidos quando ainda julgamos que ele castiga. Atribuímos ao Pai  os defeitos que ainda nos inundam a própria alma. Como somos capazes de castigar, achamos que Deus também castiga. Como somos capazes de exercitar a vingança, entendemos que Deus também se vinga. É o Deus fruto do nosso pouco entendimento. Desse deus que construímos erradamente em nosso entendimento limitado do que o Criador possa exatamente ser." Enquanto Temos Tempo - Forni
 
   Desde que o homem deu conta de si, acredita numa força maior que a tudo criou e que a tudo rege, e o entendimento desse ser supremo que denominamos Deus, assim como nós, evoluiu ao longo do tempo.
   Quando, ainda na Grécia antiga, nos povos politeístas, quando acreditávamos na existência de vários deuses,  um para cada poder da natureza, tínhamos o deus do sol (Apolo), a deusa do amor (Afrodite), o deus do mar (Poseidon), o deus do vinho (Dionísio), e assim por diante. Nessa mesma época os homens passaram a atribuir aos deuses qualidades e defeitos típicos dos seres humanos, portanto, os deuses eram vingativos, cheios de paixões, sensualidade e todas as demais características humanas.
   Na Roma também cultivávamos os deuses familiares, os antepassados, novamente deuses humanos, com suas virtudes e defeitos.
   Mais tarde, Moisés nos apresentou o Deus único, o Criador de tudo, aquele que deveria ser adorado, mas principalmente respeitado. Novamente atribuímos a este Deus características humanas, pois tínhamos um Deus ditador, vingativo, capaz de aniquilar a humanidade com um sopro de sua ira, beirando a crueldade, própria do ser humano. Mas a sociedade da época tinha a necessidade de que este deus fosse apresentado dessa forma, precisávamos de regras para aprendermos a conviver, e estas regras deveriam ser duras e as penas por não cumprí-las ainda mais duras, proporcionais a rudeza de nossos corações. Não nos encontrávamos preparados para um Deus mais espiritual.
   Certo tempo depois, veio o amantíssimo Mestre Jesus, mostrando toda sua humildade e doçura nos apresentar o Deus Pai, o deus de amor, o deus que perdoa e que proporciona novas chances, o deus que acolhe o filho pródigo, desgarrado e arrependido, o Deus que não condena, mas que proporciona o livre-arbítrio e as conseqüências, mas também o Deus que abranda essas conseqüências mediante o arrependimento e o trabalho no bem.
   Quase dois mil anos depois, veio a Doutrina Espírita, reacender a chama em nossos corações desse Deus amor, reafirmar as palavras do Cristo.
   Mas até hoje não conseguimos entender esse Deus amor que o Mestre nos mostrou, e nos nossos momentos de angústia e dor ainda nos julgamos vítimas da ira do Deus de Moisés, quando estamos apenas colhendo as conseqüências de nossa semeadura irresponsável. E o Deus Pai onde está nesse momento? Poderemos nos perguntar, de braços cruzados? Não, não, está de braços abertos, não apenas esperando a nossa retomada de consciência, mas agindo através de seus mensageiros, de nossos espíritos amigos, que nos intuem e nos auxiliam nos momentos difíceis a que retomemos a rédea de nossas vidas, a que retornemos ao caminho do bem e do amor, que deixemos de lado a revolta e a dúvida e que tenhamos a fé na vida e na bondade infinita de Deus, do Pai que a todos nos ama.
   Quantos de nós seríamos capazes de abandonar nossos filhos, condená-los eternamente sem chance de melhorar-se. Certamente poucos, para comprovarmos isso, basta olharmos a frente de uma penitenciária no dia de visita, estará cheio, de mães de pais, que mesmo sabendo culpados aqueles filhos criminosos, lá estão de braços abertos, orando e acreditando na sua reabilitação. Como podemos, a vista desse quadro, acreditar Deus incapaz de perdoar o filho perdido, o filho desorientado e até mesmo o filho criminoso, condenado eternamente ao inferno, sem a possibilidade de uma nova chance.
   Seria desacreditarmos de sua infinita bondade, e por ser infinitamente justo e bom, Deus nos proporciona novas chances através da reencarnação, mas isso já é assunto para uma nova postagem
   A pergunta primeira do Livro dos Espíritos nos traz a resposta maior: "Que é Deus? Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". E nos comentários à questão 13 do mesmo livro, Kardec faz um resumo das características divinas, ainda insipientes em nosso entendimento, "É imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom."

domingo, 4 de dezembro de 2011

AMAR.... os inimigos???

   "Muitas pessoas não conseguem entender o ensinamento de amar ao inimigo. Não conseguem proceder dessa maneira o que é muito compreensível para o nível evolutivo em que nos encontramos. O ideal seria não ter inimigos como o ideal seria ter muitas outras qualidades que ainda não possuímos. Amar a este antagonista é não lhe retribuir a ofensa, não o detestar, não o conduzir no pensamento, conseguindo libertar-se da sua crítica e agressividade." Enquanto temos Tempo - Forni
   A propósito deste trecho do livro de Forni, fizemos breve estudo sobre o tema "amar os inimigos".
   Amar os inimigos, talvez seja o ensinamento mais difícil que o Mestre nos deixou. Está no ESE cap XII do qual destacamos o item 2: 
   "Se não amardes senão aqueles que vos amam, que recompensa tereis, uma vez que as pessoas de má vida ama também àqueles que vo-lo fazem, que recompensa tereis, uma vez que as pessoas de má vida fazem a mesma coisa? E se vós não emprestais senão àqueles de quem esperais receber o mesmo favor, que recompensa tereis, uma vez que as pessoas de má vida se emprestam mutuamente para receber a mesma vantagem? Mas, por vós, amai os vossos inimigos, fazei o bem a todos, e emprestai sem disso nada esperar, e então vossa recompensa será muito grande, e sereis os filhos do Altíssimo, que é bom para os ingratos e mesmo para os maus. Sede, pois, cheios de misericórdia, como vosso Deus é cheio de misericórdia."
   Mas Jesus nos conhecia a todos a fundo, nunca exigiu de ninguém aquilo para o que não estivessem preparados, nunca exigiu que nos auto agredíssemos, pois sabe que ainda somos dominados pelo orgulho, e por isso sempre respeitou o tempo de cada um.
   Então como pôde deixar-nos tão difícil e cruel tarefa? Mas esta, certamente, não foi a intenção do afetuoso Mestre, nós é que somos incapazes de compreender a sabedoria de suas palavras.
   Amar os inimigos não significa abraçá-lo e beijar-lhe o rosto, ser afetuoso com quem nos faz mal. No nosso nível evolutivo não seríamos capazes de amar no sentido real da palavra àqueles que nos fazem mal.
   E é nosso direito e defesa evitar-lhes a companhia, a convivência. É, podemos dizer, até o mais sensato a fazer, para o nosso próprio bem, para que não fiquemos a alimentar ódios.
   Amar os inimigos é não desejar-lhes o mal, não ficar feliz com a sua derrota, não retribuir o mal com o mal, não alimentar desejo de vingança.
   O ódio, assim como o amor, cria laços, ligação, sintonia entre os espíritos. Quando perdoamos e procuramos esquecer o mal que nos foi feito e não desejamos o mal do outro, se, ainda melhor, nem pensarmos mais nesse mal, quebramos esse elo, quebramos os laços de ódio que nos unem ao outro e nos libertamos. Mesmo que o outro não nos tenha perdoado, mesmo que ainda nos queira mal, o importante é que já saímos da sintonia, quebramos o elo negativo de pensamentos.
   Não é preciso sentir pelos inimigos o mesmo afeto que sentimos pelos amigos. Basta não sentir, não querer o mal e aquele que já for capaz de desejar o bem faça-o, mas o que não for, não alimente culpas, apenas procure não querer o mal. Isso já é um bem ao outro, mas principalmente a nós mesmos.
   Está no ESE, ainda no Cap. XII item 3:
   "Amar os inimigos não é, pois, ter para com eles uma afeição que não está na Natureza, porque o contato de um inimigo faz bater o coração de maneira bem diferente do de um amigo; é não ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança, é perdoar-lhes sem segunda intenção e incondicionalmente o mal que nos fazem; é não opor nenhum obstáculo à reconciliação; é desejar-lhe o bem, em lugar de desejar-lhe o mal; é regozijar-se em lugar de se afligir pelo bem que os alcança; é lhes estender mão segura em caso de necessidade; é abster-se, em palavras e em ações, de tudo o que possa prejudicá-los; enfim, é lhes retribuir em tudo, o mal com o bem, sem intenção de os humilhar. Quem quer que fala isso cumpre as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos."
   Era isso que o dulcíssimo Amigo pretendeu nos ensinar!!

sábado, 3 de dezembro de 2011

Só o amor...

   "Mas na união dos sexos, ao lado da lei material, comum a todos os seres vivos, há uma outra lei divina, imutável, como todas as leis de Deus, exclusivamente moral e que é a lei do amor. Deus quis que os seres estivessem unidos não somente pelos laços da carne, mas pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se transportasse para seus filhos, e que eles, fossem dois, a cuidá-los e fazê-los progredir." (ESE cap. XXII item 3).
   O único sentimento que resiste à ferrugem das lutas, dos problemas, dos atritos, das discussões, dos desentendimentos, dos desencontros é o amor.
Enquanto Temos Tempos - Forni

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bonzinhos ou porcos-espinhos?

   No nosso estudo de hoje conversávamos sobre o tema Terra - planeta de provas e expiações e dentre as dúvidas que surgiram no decorrer do assunto, uma delas achei que seria interessante abordar aqui no blog.

   Trata-se da convivência com desafetos, conversávamos sobre quando a convivência começa a tornar-se muito difícil entre os seres, sejam eles, pais e filhos, irmãos, cônjuges ou qualquer outro grau de parentesco. E  falávamos sobre a submissão, quando um dos dois para não se incomodar simplesmente vai "aturando" o outro. E verificamos vários equívocos nessa postura: 

1º Aturar não é amar e convivemos para aprendermos a nos amarmos; 
2º Em certos casos o afastamento, o rompimento da relação é melhor para ambas as partes, para aquela que agride, pois ainda não encontra-se preparada para melhorar a convivência e para aquela que "atura" para que possa refazer suas energias, quando ambas estiverem preparadas a relação é retomada, seja nessa ou numa próxima encarnação;
3º A postura daquele que "atura" pode muitas vezes ser a vaidade disfarçada de resignação, pois o ser acaba sentindo-se superior ou outro, pois tem a paciência, faz o favor de aguentar  o outro, coloca-se sempre na posição de vítima do outro;
4º Aquele que "atura" está apenas acumulando mágoas, alimentando uma doença grave para  futuro, é comprovado que as mágoas que vamos guardando no espírito ao longo do tempo, os sentimentos represados, acabam por gerar naquele que os abriga doenças graves, como câncer.
5º Não estamos sendo bonzinhos quando aturamos o próximo, estamos nos maltratando e impedindo o outro de crescer.

Concluindo, em qualquer relação, é muito mais saudável, sentar e dialogar, colocar as diferenças em pratos limpos, e se a convivência estiver prejudicando alguma das partes é melhor que a separação ocorra, para que não suceda futuramente algo pior. Quando ambos estiverem maduros espiritualmente e preparados a reconciliação se dará com naturalidade e a chance será novamente dada para que o amor nasça entre os seres.

Está lá no Evangelho quando trata do assunto divórcio, e aqui entenda-se não somente o divórcio entre cônjuges, mas entre todos aqueles que tenham relacionamento seja de parentesco, de amizade, ou qualquer outro tipo, cap. XXII item 5: "o divórcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato; não é contrária à lei de Deus, uma vez que não reforma senão o que os homens fizeram e não é aplicável senão nos casos em que nãos e levou em conta a lei divina."
Separar aquilo que de fato já está, é porque a lei de amor não está sendo respeitada, não estamos procurando nos amarmos uns aos outros como Jesus nos amou.

No livro que estou lendo "Enquanto Temos Tempo" de Forni ele conta uma pequena fábula que encaixa-se perfeitamente a este assunto:
"Numa já remota era glacial, os porcos-espinhos sentiram-se ameaçados de destruição pelo frio que reinava em toda parte. Por instinto, uniram-se e conseguiram sobreviver em razão do calor que irradiavam. Não obstante, pelo fato de estarem muito próximos, uns dos outros, passaram a ferir-se mutuamente, provocando reações inesperadas, quais o afastamento de alguns deles. Como conseqüência da decisão, todos aqueles que se encontravam distantes passaram a morrer por falta de calor. Os sobreviventes, percebendo o que acontecia, reaproximaram-se, agora, porém, conhecedores dos cuidados que deveriam ter, a fim de não se magoarem reciprocamente."

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Terapia da Vassoura

   "Afirma André Luiz que um tipo comum de verdadeira infelicidade é dispor de tempo para acreditar-se infeliz! Ficamos a pensar se a depressão não encontrasse a brecha do tempo vazio, se ela faria o estrago  que faz a tantos milhares de pessoas. A depressão é o grito da consciência endividada que aflora em nossas vidas, se nos encontrássemos com as mãos no serviço ao próximo, teria ela a paciência de esperar o seu momento para causar todo o mau que causa?" Enquanto temos tempo - Forni

   Com todo o respeito que a depressão vista como uma doença possa merecer, concordo em gênero, número e grau com André Luiz.
   A depressão, a meu ver, é a doença da ociosidade, o remédio para qualquer tristeza, seja ela a dor da perda, dor de amor, ou seja lá o motivo que for, nada melhor do que ocupar o tempo para que ele passe, pois só ele é capaz de amenizar toda dor.
   Quem ocupa o tempo com as mãos tomadas pelo trabalho em favor do próximo, em favor de uma causa, ou até mesmo em favor de si mesmo, dificilmente terá tempo para ficar remoendo pequenas ou grande mágoas, pequenas ou grandes angústias causadoras da depressão.
   Sou fã dos livros do doutor Inácio ferreira e, como psiquiatra, a terapia que ele mais utiliza é a terapia da vassoura, o trabalho ocupa a mente e nobrece, recompõe o ser machucado pela dor, dá novo ânimo e sentido a vida. O trabalho no bem é a cura e a prevenção de todos os nossos males!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A parte mais importante...

   A mãe chamou a filha para uma conversa informal e perguntou-lhe qual era a parte do corpo que ela achava mais importante. A jovem não titubeou:
   - Ora mamãe, a parte mais importante é o cérebro. Quando ele morre, a vida torna-se impossível. Não é isso que os médicos dizem na chamada morte encefálica?
   Diante da negativa da mãe a moça arriscou um outro palpite:
   - Bom, se não é o cérebro, então é o coração. Quando ele pára a vida termina. 
   Mais uma negativa e a filha citou várias partes do corpo que poderiam representar aquela de maior importância à qual a mãe queria se referir. estômago, intestino, pulmões, visão, voz, as mãos, as pernas, terminando por arrematar diante de cada negativa que da mãe recebia:
   - Então não sei. Deixe de fazer suspense e me diga logo porque estou ficando curiosa e nervosa.
   - Muito bem, minha filha, A parte mais importante do nosso corpo são os ombros.
   - Ora, mamãe! A senhora deve estar brincando. Os ombros!?
   - Exatamente. Os ombros.
   - Seria porque simbolicamente ele representa o local onde carregamos a nossa cruz?
   - Não, não é por isso.
   - Então por que é?
   - Os ombros, minha filha, é local onde podemos e devemos acolher a cabeça cansada do sofredor aflito do caminho, e sussurrar-lhe as palavras de carinho e consolo que tanto necessita. O ombro amigo é o local cuja importância só iremos conhecer quando dele tivermos necessidade. (Enquanto Temos Tempo - FORNI)

   Quem de nós nunca precisou de um ombro amigo? Todos já nos utilizamos deste bálsamo em algum momento de nossas vidas, num momento difícil nada melhor que um ombro amigo onde desabafar, onde encontrar carinho e compreensão. 
   Quem de nós nunca cedeu o ombro a um amigo num momento de angústia? É a caridade moral que ensinou o Mestre. Ter ouvidos de ouvir, ouvir aqueles que de nós precisam, dizer palavras de consolo e compreensão que amenizem a dor e sirvam de guia e caminho. A palavra de fé e de carinho no momento certo pode salvar uma vida.
  Em dias turbulentos como os que vivemos quantos, na solidão do caminho sem ter com quem dividir suas dores, não apelam para atos desesperados e sem retorno? 
  O ombro amigo é um ato de amor ao próximo, é fazer o o bem a quem necessita, e mais ainda a nós mesmos. 
   "O bem que praticares em algum lugar é teu advogado em toda parte". (Chico Xavier)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Somente a nossa parte...

   André Luiz no livro Endereços de Paz, psicografia de Chico Xavier nos ensina que os vermes da terra pediram ao sol do entardecer lhes desse luz para determinadas evoluções durante a noite e o sol rogou ao pirilampo lhe tomasse o lugar. Continua ensinando ele que o rio observou que uma criança desmaiava de sede, não longe da corrente , mas sem podes desviar-se do próprio curso, solicitou à pequena concha da margem lhe levasse algumas gotas d´água . Vemos nesse pequeno trecho um magistral exemplo de como com boa vontade, as grandes tarefas podem ser continuadas em pequenas e importantes atitudes...
   Existem pessoas que na ingenuidade da sua infantilidade espiritual, pedem recursos financeiros ao mundo espiritual sob a alegação de terem recursos para amparar o próximo. Se isso fosse necessário o que teria feito jesus que nasceu numa estrebaria, que nunca teve um teto de sua propriedade ou um travesseiro onde repousar a cabeça? No entanto ele deu tudo o que possuia...
   Quando dentro de nosso lar somos o cônjuge que procura tolerar, que procura compreender para que a paz não se afaste, estamos fazendo o muito que podemos. Quando dentro do lar procuramos ser o filho que não dê dores de cabeça aos pais, estamos fazendo o muito que podemos. Quando no ambiente de nosso trabalho nos transformamos naquele que comenta o otimismo, estamos fazendo o muito que podemos. Quando diante da maledicência entregamo-nos ao silêncio, estamos fazendo o muito que podemos. Quando visitamos o enfermo no hospital ou em seu lar, estamos fazendo o muito que podemos. Quando nos dispomos a ouvir o velho esquecido no asilo em nossa visita fraterna, estamos fazendo o muito que podemos. Quando cumprimentamos alguém com um sorriso nos lábios, estamos fazendo o muito que podemos. Quando oramos por aqueles que não dispõe de um lar, pelos países envolvidos com a guerra, com a fome e com as enfermidades, estamos fazendo o muito que podemos.
   Deixemos o orgulho e a vaidade de lado e façamos a pequena parte que possamos fazer para que o mundo seja melhor. (Enquanto Temos Tempo - Forni)

   Precisamos fazer a nossa parte, somente a nossa parte, mesmo que pequena no nosso ponto de vista, pode ser grande para aquele que dela necessita...

domingo, 27 de novembro de 2011

Os Agentes do destino e o Livre-Arbítrio

   Ontem assistimos a um filme "Os Agentes do Destino" onde o personagem principal descobria a existência de uma equipe, coordenada por um ser denominado O Presidente, responsável por interferir em seu destino e de todos os humanos a fim de que o destino traçado para cada um fosse cumprido, para que não houvessem desvios de rota.
   Isso nos fez refletir sobre a imensa misericórdia do Pai que, apesar dos nossos inúmeros e persistentes erros, nos concede o livre-arbítrio para que possamos aprender com os erros e evoluir.
   Quando ainda no plano espiritual somos nós, auxiliados pela espiritualidade amiga, quem temos a responsabilidade de traçar o nosso destino escolhendo as provas e expiações pelas quais necessitamos passar rumo à evolução. Escolhemos sim, mas apenas o tema principal das provas, os detalhes e percalços ficarão por conta do ambiente, das circunstâncias e oportunidades.
   Podemos programar, combinar, acordar quais espíritos que conosco dividirão a vida terrestre, aqueles que encontraremos ao longo da jornada ou dentro do lar, seja com a finalidade do resgate das faltas passadas cometidas contra um ou outro ou por afinidade, para aprendermos a nos amarmos ou para amadurecer um amor já existente.
   E as interferências existem?
   Claro que sim, mas não da forma como mostrada na ficção acima citada. Elas podem ser benéficas, realizadas pela espiritualidade amiga com o intuito de nos auxiliar, mas estes apenas nos inspiram, nos intuem, sem jamais interferir diretamente, respeitando nosso livre arbítrio.
   Entretanto, as interferências negativas igualmente ocorrem, realizadas por inimigos de existências anteriores ou espíritos oportunistas ligados a nós por afinidade, por possuírem os mesmos vícios que nós. Contudo, estas interferências só poderão ocorrer com a nossa permissão seja ela consciente ou inconsciente. Dependerá da nossa sintonia a permissão para estas atuações nefastas.
   E os desvios de rota existem?
   O tempo todo, como dissemos não existem um destino previamente traçado em seus mínimos detalhes, como muitos de nós acreditamos, nós programamos o principal, os acessórios são consequências de nossas escolhas.
   E para cada desvio de rota, um plano B é traçado, e não necessariamente nos levará a rota inicial, mas a uma nova rota que nos trará igualmente experiências e conhecimentos.
   Cabe salientar, porém, que os compromissos assumidos com outros espíritos e não cumpridos, ficarão apenas temporariamente suspensos e deverão ser retomados numa próxima oportunidade, numa próxima existência.
   Imaginemos que se houvesse alguém interferindo o tempo todo para que não nos desviássemos da rota, não ocorreria o maior de todos os desvios que é a fuga através do suicídio.
   E se não houvesse um plano B a cada vez que uma de nossas decisões nos levasse a um desvio da rota, se não houvessem outras rotas, como ficaria o destino daqueles que estavam ligados ou se ligariam futuramente ao daquele infeliz que decidiu abortar a viagem? 
   Deus é a inteligência suprema capaz de permitir que pelo nosso livre-arbítrio modifiquemos o nosso destino.
   Nós somos os únicos responsáveis por nosso destino, nós traçamos, alteramos, mudamos a rota, construímos e reconstruímos o tempo todo, o que realmente importa é o objetivo final: a evolução. O caminho até ela é por nossa conta, alguns mais longos, outros mais curtos; alguns mais tranquilos, outros cheios de percalços. E tudo isso em função de nossas próprias escolhas.

  ” Embora ninguém possa voltar atrás e
fazer um novo começo, qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim “. Chico Xavier

sábado, 26 de novembro de 2011

Governador da Terra

   "Coube a Jesus a sintonia da vontade do Pai ao ato de amor para co-criar nosso planeta. Jesus foi o sublime arquiteto que, manipulando energias cósmicas, condensou e deu forma ao nosso planeta. Acompanhou todas as etapas evolutivas desde as convulsões telúricas, o resfriamento, o surgimento das primeiras formas de vida e, com amor incondicional, acompanhou todas as etapas que, sob sua tutela, se desenvolviam, até o surgimento das primeiras manifestações humanas na Terra. Nos milênios incontáveis, Jesus nos viu surgir como criaturas humanas, desde os antropóides, o homo erectus, o homo sapiens, acompanhando-nos passo a passo até os dias atuais. Por isso, o Mestre nos amou tanto e fez questão de vir pessoalmente nos trazer a mensagem  da Boa Nova, doando-se para nos resgatar das teias da ignorância." (O Sétimo Selo)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Falha Genética ou Lesão Perispiritual?

   Há pouco mais de 3 anos, após ser aprovada em concurso público precisei fazer uma série de exames para admissão, dentre eles, exame de visão. Foi quando descobri que tinha quase 3 graus de miopia e precisaria de óculos.
   Depois de mais de um ano e meio usando os benditos óculos, com os quais não me habituei. Os mesmos me machucavam e quando chegava em casa a primeira coisa que fazia e tirá-los e atirá-los em algum canto, ver televisão ou usar o computador com eles, nem pensar. Além do mais, minha vaidade de mulher estava incomodada com a presença daquele intruso em meu rosto.
   Resolvi, então, procurar outro oftalmologista e pedir lentes de contato. Na consulta o médico fez uma série de perguntas, como de praxe, e após vamos aos exames. Exame de grau, ok. Exame de fundo de olho, percebi que a expressão do médico não estava muito boa, quando ele fez o seguinte comentário: 
- Tem algo de errado aqui!
   Após isso saiu da sala e eu senti como se uma bomba estourasse no meu colo, os médicos não deveriam fazer esse tipo de comentário, alguns pacientes, como eu, perante os mesmos começam a entrar em pânico. Enquanto eu pensava em mil desgraças, o médico retornou trazendo uma moça que creio era uma estagiária, ou residente como eles chamam. Pediu que ela observasse e a conclusão:
- Doutor, não está dentro do padrão.
  Há algo errado? Não está dentro do padrão? O que está acontecendo eu me perguntava enquanto olhava pra eles com cara de desespero.
  Logo após ela saiu e ele me pediu para fazer alguns testes. Sentado atrás de sua mesa e eu sentada numa cadeira a frente da mesa, pediu-me que olhasse para eles e descrevesse tudo o que via ao seu redor, mas sem desviar o olhar dele. O que fiz.
 - Consegues ver o telefone ao meu lado sobre a mesa?
- Não!
- Certo! E a porta do armário?
- Não!
E assim seguiram-se algumas perguntas cujas respostas eram sempre negativas.
Então ele passou a perguntar sobre atividades do cotidiano:
- Cozinhas?
- Sim.
- Quando estás lavando louça ou cozinhando costuma derrubar as coisas que ficam sobre a mesa ao teu lado.
- Frequentemente!
- Batidas nos móveis e roxões nas pernas e canelas?
- Frequentemente!
E as perguntas que se seguiram passaram a ter respostas positivas, ou seja, frequentemente.
- Bem, o problema é que tens a visão periférica bastante reduzida.
- Eu pensava que era estabanada.
- É o que as pessoas costumam pensar. Mas esse problema pode ter 3 causas: uma doença degenerativa, um acidente com batida na cabeça, ou falha genética.
- Como nunca sofri acidentes me restam duas alternativas.
   Pediu-me, então, alguns exames para averiguar a origem. Resultado: Falha Genética. Ufa! menos mal, pelo menos eu não tinha nenhuma doença degenerativa. 
   Mas quando ele me deu o resultado eu fiquei me perguntando seria mesmo uma falha genética, eventual, acidental ou uma lesão perispiritual?  
   No livro Evolução em Dois Mundos André Luiz informa-nos que o perispírito não é reflexo do corpo físico; é o contrário disso que se dá. As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido, ou se o ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida.
   O períspirito é o corpo que utilizamos no plano espiritual e algumas vezes quando lesionamos nosso corpo físico acabamos por lesionar o perispirito. Como é ele o responsável pela formação do nosso corpo físico, as lesão contidas nele são refletidas no corpo material. Logo, o acidente com a batida na cabeça, pode realmente ter ocorrido? Ou posso estar só estar filosofando...
   E como eu fiquei nessa história toda? O leitor deve estar se perguntando
   Como o problema foi ocasionado por falha genética, ele explicou-me que, certamente, eu já estava habituada com a visão reduzida lateralmente (periférica) logo não me traria nenhum problema além das ocasionais trapalhadas. Apenas deveria tomar maiores cuidados com a direção de automóveis, os retrovisores para mim seriam mais do que fundamentais.
   E eu consegui uma boa desculpa em casa para as louças quebradas hehehehehehe.
   Ah... as lente de contato, os testes para elas foram perfeitos, me habituei completamente a elas. E o meu rosto voltou a ser o meu rosto!