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domingo, 22 de dezembro de 2013

Retrospectiva

   Há muito, muito tempo atrás ganhei um presente de alguém muito especial: uma gargantilha com o número 13 gravado no pingente... desde então, sempre trouxe este número comigo como sinônimo de boa sorte.
   O que eu esperava de 2013? Já não lembro mais...
   Mas em 2013 virei minha vida do avesso e descobri que o avesso é meu lado certo... meu melhor lado!
   2013 não trouxe tantas alegrias quanto eu provavelmente esperava, mas trouxe aprendizados que jamais esquecerei:
 - Que amor e carinho precisam ser dados com intensidade, senão não vale a pena ter...
 - Que os verdadeiros amigos não são aqueles que sorriem ao teu lado, mas os que te oferecem a mão, o ombro e os ouvidos pra chorar...
 - Que não importa em quantos pedaços tua alma esteja partida, tu terás sempre força suficiente para remendá-la, refazê-la, transformá-la e seguir em frente... e verás que ela se tornará ainda mais leve e bela...
 - Que Deus sempre encontra uma forma de te mostrar que quando tu não consegues enxergar as pegadas dele ao lado das tuas no caminho percorrido é porque nesse momento ele te carregava no colo...
 - Que a vida sempre te trará novos motivos para sorrir...
 - Que se estiverem faltando perfumes e flores pelo caminho, é porque este é o momento de plantá-las...
 - Que a família, por mais maluca que possa ser, é a base, é o porto seguro, são as pessoas que segurarão tua mão quando estiveres no escuro...
 - Que o sol brilha todos os dias, mesmo por entre as nuvens e que isso já é motivo para sorrir...
 - Que amor-próprio é tão importante quanto oxigênio, sem ele tu perdes o brilho, murchas e morres...
 - Que dançar é sentir a vida vibrando nos acordes da alma, que cada passo é um sentimento revelado, demonstrado, desnudado...
 - Que a vida terá o colorido que eu pintar, a melodia que eu tocar e o bailado que eu dançar...
   O que eu espero de 2014? Pra 2014 eu não vou pedir muito, vou pedir sorrisos... sorrisos sinceros, sorrisos de alegria pura e simples, sorrisos verdadeiros, sorrisos que transmitam paz...
   Vou pedir abraços apertados, mãos amigas, palavras de ânimo e carinho, amigos do peito sempre por perto...
   Banhos de mar, passeio ao ar livre, o brilho do sol e o canto dos pássaros, manhãs com cheiro de café fresco e noites cheirando a orvalho, cheiro de terra molhada nos dias de chuva...
   Precisa mais? Isso a vida decide... Que venha 2014!!!
   Feliz natal e Ano Novo a todos nós!!!

domingo, 24 de novembro de 2013

Diante da Vida Social

Exposição baseada no Livro da esperança pelo espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.
Emmanuel nos convida a refletir sobre a necessidade de convivermos e aprendermos uns com os outros dizendo que “Se o trabalho é a escola das almas, na esfera da evolução, o contato social é a pedra de toque, a definir-lhe o grau de aproveitamento.”
Todos nós estamos nesse planeta com o intuito de trabalhamos em prol do nosso aprimoramento moral, de nossa evolução, mas para que esta evolução aconteça necessitamos da convivência com o outro. 
Podemos ler muito, estudar a doutrina espírita a fim de buscarmos nossa melhoria mas somente saberemos o que realmente já aprendemos na prática, na convivência com o outro, na convivência com aqueles que pensam de forma diversa da nossa e que muito tem a nos ensinar e a aprender conosco.
Todos nós trazemos vocações, inclinações, dons e devemos utilizar esses dons, esses aprendizados em prol do nosso próximo, em prol de uma convivência mais harmônica, em prol do bem do nosso semelhante.
No LE questão 768 Kardec pergunta aos espíritos: “O homem ao buscar a sociedade, obedece apenas a um sentimento pessoal ou há também nesse sentimento uma finalidade providencial, de ordem geral? O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer, não possui todas as faculdades; precisa do contato dos outros homens. No isolamento ele se embrutece e se estiola.”
Precisamos do contato com o outro para evoluirmos, sem esse contato marcamos passo, não saímos do lugar, é na convivência que verificamos se já possuímos realmente as virtudes que almejamos e se já nos despojamos dos defeitos que carregamos.
Mas muitas vezes não nos parece difícil exercitar as boas virtudes no trato em sociedade com os colegas e chefes de trabalho, com os amigos, com os conhecidos, mas e no lar? 
No diz Hammed no Livro Renovando Atitudes que: “É no lar que descortinamos quem somos. É no lar que escorre o verniz da bonança e da caridade que passamos sobre a face e que nos revela tal como somos aos nossos familiares. Trazemos gestos meigos e voz doce para desempenhar tarefas na vida pública, no contato com chefes de serviço e amigos, com companheiros de ideal e recém conhecidos, mas também trazemos pedras na mão ou punhos cerrados no trato com aqueles com quem desfrutamos familiaridade.”
O lar é a nossa maior escola de convivência para pormos em prática os conceitos que procuramos aprender, porque no trabalho por necessidade procuramos controlar nossos impulsos mais agressivos, nossa ira. Com os amigos, porque passamos com eles pouco tempo ou porque normalmente as relações, os assuntos são mais amenos não mostramos nosso lado mais sombrio. Mas é no lar onde nos mostramos tal qual somos, porque lá em meio a intimidade, em meio a familiaridade deixamos extravasar nossas mágoas, nossas raivas, muitas vezes carregando para dentro de nossa casa, onde deveria ser nosso local de refazimento, os problemas e os impulsos contidos durante o restante do dia. 
E então acabamos por descontar naqueles com quem dividimos o lar todos os nossos rancores através da palavra rude, através do nosso eterno cansaço para o carinho e a palavra amiga. Esquecemos de dar a atenção necessária ao filho, ao cônjuge, aos problema do lar, muitas vezes levando para dentro do lar os problemas externos.
Precisamos estar atentos que não são os grandes conflitos que destroem nossas mais afetuosas relações, mas o acumulo das indelicadezas, das pequenas diferenças, do autoritarismo, da nossa impaciência, do nosso egoísmo diário. São esses fatores que vão pouco a pouco minando nossas relações. É a falta da prática daquilo que procuramos aprender.
Cada um de nós tem o seu próprio tempo, cada um de nós traz uma bagagem de vivências desta e de outras vidas que é única, logo cada um faz suas próprias escolhas. Podemos guiar, aconselhar, orientar aqueles que nos são caros, mas não podemos vivenciar por eles.
Cada um de nós é responsável por suas próprias escolhas e pelas consequências dessas escolhas, interferir nesse processo do outro de forma incisiva é uma agressão, uma falta de respeito e amor ao nosso próximo. Orientar sim, mas sem nos tornarmos invasivos.
No livro Técnica de viver nos diz Waldo Vieira que: “Cada criatura que nos observe assemelha-se a fotógrafo assestando sobre nós a objetiva do olhar para guardar-nos a imagem do momento feliz ou infeliz que escolhemos para viver junto dela.”
A melhor maneira de procurarmos bem conviver com o outro é exemplificarmos os conceitos que apregoamos. De nada adianta criticarmos no outro, apontarmos o erro que também existe em nós, e normalmente é o que fazemos.
Ao vermos o erro no outro procuremos nos analisar se essa mesma característica não existe também em nós. Veremos que agindo assim melhoraremos nossa convivência com o outro pois olharemos para ele com os olhos de quem também apresenta dificuldades e não com os olhos de um juiz implacável, ao invés de criticar, compreenderemos, ao invés de julgar, respeitaremos.
Emmanuel nos coloca ainda que: “Felicidade sozinha será, decerto, egoísmo consagrado. Toda vez que dividimos a própria felicidade com os outros, a felicidade dos outros, devidamente aumentada, retorna dos outros ao nosso coração, multiplicando a felicidade verdadeira dentro de nós.”
Nenhum de nós é capaz de ser feliz sozinho, podemos ter saúde, bens materiais, mas se não tivermos com quem repartir a nossa alegria ficará sempre um vazio. Repartir em matéria de sentimentos e de felicidade é multiplicar...


“Aceita as pessoas, conforme estas te apresentam.
Este homem prepotente que te desagrada, está enfermo, e talvez não o saiba.
Esse companheiro recalcitrante é infeliz em si mesmo.
Aquele conhecido exigente sofre dos nervos.
Uns, que parecem orgulhosos, são apenas portadores de conflitos que
procuram ocultar.
Outros, que se apresentam indiferentes, experimentam medos terríveis.
A Terra é um grande hospital de almas.
Quem te veja, apenas, superficialmente, não terá como analisar-te com acerto.
Concede a liberdade para que cada um seja conforme é
e não como pretendes que seja.” Joanna de Angelis

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pode Ir Agora


"Pode ir agora 
Que a vida decidiu te trazer outras coisas boas 
Pode ir agora 
Pode ir sem medo 
Pode ir tranqüilo 
Que a vida te reserva muitos abraços e muitos sorrisos 

Vai, lembrando que a vida resolveu te dar 
Uma nova chance pra recomeçar 
Sabendo que esse tempo ruim vai passar 
E nada será como antes 
Amanhã é outro dia 
Amanhã é sempre outra história 
Agradeça e sorria 
Pode ir agora 

Amanhã é outro dia 
Amanhã é sempre outra história 
Agradeça e sorria 
Pode ir agora 

Pode ir agora 
Levando a saudade, mas com o seu coração mais leve 
Pode ir agora 

E vai sem se culpar 
Por tudo o que aconteceu 
Lembrando que o tempo cura 
Tudo adormece 

Vai, levando sempre todas as pessoas que 
Fizeram os seus dias mais alegres 
E sempre com a certeza de que o mundo dá voltas 
E a gente até se esquece 

Amanhã é outro dia 
Amanhã é sempre outra história 
Agradeça e sorria 
Pode ir agora 

Amanhã é outro dia 
Amanhã é outra história 
Agradeça e sorria 
Pode ir agora"

sábado, 2 de novembro de 2013

Levanta-te e Anda

   Diante dos caídos, dos sofredores e dos pecadores, Jesus sempre tinha duas principais frases que podem parecer muito simples, mas que contém ensinamentos grandiosos: - Levanta-te e anda! -Vai e não peques mais!

   -Levanta-te e anda! Não fiques a te queixar da vida a remoer sentimentos de autopiedade, ressentimentos, mágoas e dores. A dor te visitou por mais que tenhas tentado o teu melhor, por algum motivo que no momento desconheces, mesmo assim, a dor te visitou.

   Mas esta dor quer te ensinar algo, essa dor tem uma razão de ser em tua vida, age, aprende, te reconstrói e segue em frente, procura novamente fazer o teu melhor. Levante-te, reconstrói teu mundo íntimo, balsamiza tua dor, trata as feridas, junta os pedaços e Anda, segue em frente, não olha pra trás, não te martiriza, segue em frente porque a cada dia a vida te oportunizará novos caminhos, novos saberes, novos aprendizados.

   - Vai e não peques mais! Se errastes e percebestes, se por muito tempo andastes em erro, mas agora a consciência te cobra e sentes a necessidade de modificar-te, Vai - procura fazer melhor, procura fazer do jeito certo a partir de hoje e Não peques mais - procura um caminho mais seguro, procura seguir a voz da tua consciência que te aponta o que é errado. Mas não fiques remoendo a culpa, não acalentes em teu íntimo esse veneno destruidor que não te permitirá seguir em frente.

   Se errastes procura de alguma forma o perdão do teu erro, procura ressarcir os prejuízos por ventura causados. Mas se isso não for possível àqueles a quem os causastes, procura fazer o bem a quem necessita porque o amor cobre a multidão dos pecados.

   Diante da dor procuremos fazer menos queixas, troquemos o 'Senhor por que comigo?' pelo 'Senhor que queres que eu faça?' Senhor o que queres que eu aprenda com esta dor, senhor como posso auxiliar os meus semelhantes que também passam por momentos como o meu, senhor mostra-me que o caminho de curar minhas feridas passa pela estrada onde balsamizo a dor do meu próximo!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mulher Loba

   "A mulher é dotada de qualidades inatas, de faculdades, de aptidões que, em muitos pontos a tornam superior ao homem. Bastará desenvolver essas qualidades com uma instrução séria, por uma educação forte que retire de seu espírito os preconceitos, as sombras da superstição e que a coloque à altura do espírito do homem.
Então a família estará unida; então a mulher, transformada, por sua vez, em defensora da causa do progresso, saberá educar gerações viris e contribuir para assegurar o futuro que, sem ela, sem sua participação, seria sempre precário e incerto." León Denis - O Progresso

   Texto de León Denis de 1880, esse espírito iluminado já percebia a importância da mulher para uma sociedade mais moralizada, mais fraterna...

   A mulher é o coração, a doçura, o lado sensível, o afeto... isso nela é inato, por isso Deus a faz mãe, por isso ela é a educadora, quem guia os primeiros passos, ela é o colo que acalenta, a mão que afaga o abraço que aconchega, mas é também o pulso forte, a fera que defende a cria, a loba que corre solta pela floresta. 
Ela é a força e o afeto, a doçura e a energia, ela é forte e muitas vezes desconhece essa força, pois a reprime em seu interior.

   Eu temia e queria adormecer o lobo em mim, mas hoje percebo que foi ele quem me manteve viva, era através dele que eu respirava e é dele a força que sinto agora, é ele quem me impulsiona pra frente, o lobo em mim não é mal, é energia, é força criadora. 


sábado, 26 de outubro de 2013

Médiuns de Toda Parte

   Exposição baseada no capítulo assim intitulado do Livro da Esperança, pelo espírito Emannuel, psicografia de Chico Xavier.

   No Livro dos Médiuns Cap. XIV item 159 explicam os espíritos benfeitores que: “Toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é mediu. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.”

   Podemos concluir desse ensinamento que todos nós possuímos mediunidade em maior ou menor grau e se pararmos para pensar várias situações que ocorreram em diversos momentos de nossas vidas comprovam isto.

   Quantas vezes estávamos preocupados com determinado problema cuja solução parecia muito difícil e através de um sonho, de uma ideia que surge como que do nada lá está a solução e então nos perguntamos como não pensamos nisso antes. É a inspiração da espiritualidade maior que nos ampara e protege.

   Outras vezes algo nos diz que não devemos tomar o caminho que sempre tomamos de volta para casa, que dessa vez tomemos outro caminho e por via das dúvidas seguimos este pensamento que nos chega, após o fato ficamos sabendo que naquele caminho que seria o nosso e que desviamos ocorreu um acidente ou outro fato ruim que nos poderia ter atingido.

   Estamos cercados por uma multidão de espíritos que habitam o plano espiritual, plano este que não está a parte do nosso plano material, mas que interage com ele e esta multidão nos influencia os atos e pensamentos e da mesma forma é influenciada por nós.

   Está no Livro dos Espíritos na questão 459: “Influem os espíritos "Influem os Espíritos em nossos pensamentos e nossos atos? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem."

   Preciso se faz seguir a orientação de Jesus: Orar e Vigiar, pois esta multidão que nos cerca não é apenas composta dos bons espíritos, dos benfeitores espirituais, mas de espíritos de toda ordem. Quando morremos permanecemos os mesmos que éramos quando vivos, da mesma forma que existem homens maus, zombeteiros, desocupados e viciosos, também existem espíritos com as mesmas qualidades e também aqueles que de alguma forma se sentem prejudicados por nós nesta ou em outras vidas e que podem querer o nosso mal.

   Com a nossa vibração, com nossos pensamentos atrairemos para perto de nós aqueles que vibrarem na mesma sintonia. Se estivermos repletos de bons pensamentos, de paz e com a nossa consciência empenhada no trabalho no bem atrairemos o carinho e a proteção dos bons espíritos, mas se abrirmos as brechas do rancor, do ódio, do desejo de vingança, dos maus pensamentos, atrairemos para perto de nós espíritos que trazem também estes pensamentos e que podem querer o nosso mal.

   Da mesma forma, quando nos entregamos a qualquer tipo de vicio, seja do cigarro, do álcool ou drogas químicas atraímos para perto de nós espíritos com estes mesmo vícios que aproximam-se nós em busca da sensação proporcionada pelo vicio e que por isso nos estimulam ainda mais o consumo e o mergulho no vício.

   E assim vamos sendo influenciados pois somos todos médiuns mesmo sem o sabermos, importante portanto a prudência e o cultivo do bem pregado pelo Mestre para a nossa proteção.

   Outros possuem a mediunidade mais aflorada, demonstram características diferenciadas que os colocam em contato com o mundo espiritual.

   Nos diz José Raul Teixeira no Livro Quando a Vida Responde que: “ Os contatos entre os dois mundo existem desde que o mundo visível existe, uma vez que o dos espíritos preexiste o material. Falar com os espíritos, seja de que modo for, significa manter contato com a nossa realidade daqui a pouco, quando deixarmos o corpo físico e adentrarmos o Mundo Invisível. A mediunidade faculta-nos saber que a morte não mata a vida apenas nos retira o corpo carnal, pois sairemos dos corpos quantas vezes isso se fizer necessário, sem que saiamos da vida jamais.”

   A mediunidade como vimos no inicio de nossa exposição não é um privilégio, é mais um sentido que alguns possuem em maior grau, pois isso lhes representa uma necessidade, necessidade de progredir, de evoluir através da utilização adequada desse sentido.

   No diz Emannuel no Livro da Esperança que: “Situar a mediunidade na formação do bem de todos ou gastar-lhe os talentos em movimentações infelizes é escolha de cada um.”

   A medida que a humanidade evoluir este sentido será comum  a todos, o contato com  o mundo espiritual se tornará cada vez mais comum e normal, como hoje conseguimos nos comunicar com os homens do outro lado do planeta numa fração de segundos.

   Mas este sentido como nos aconselha Emannuel deve ser utilizado em prol do bem, do auxílio ao semelhante. É o que chamamos na Doutrina Espírita de Mediunidade com Jesus, aquela que visa auxiliar aos espíritos em sofrimento encarnados ou desencarnados.

   A mediunidade bem exercida proporcionará ao médium a cooperação no trabalho de reconforto, a autoeducação dos próprios sentimentos, a construção de afeições no plano espiritual derivadas da gratidão pelo auxilio prestado com amor e proporcionará aos espíritos sofredores o consolo e a compreensão de sua situação, a renovação de suas atitudes e o auxilio para prosseguir sua escalada evolutiva.

   A mediunidade não deve ser exercida de forma profissional, somente por amor e por caridade. Os maiores médiuns conseguiram conciliar suas tarefas profissionais e sociais com o exercício da mediunidade gratuito e responsável. Chico Xavier vivia de sua aposentadoria de servidor público e jamais utilizou-se da renda de seus livros ou cobrou pelo conforto e auxilio que estendia àqueles que o procuravam.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

De Hoje em Diante...

Você já traçou, alguma vez, um plano de felicidade, ainda que por apenas um dia?
Pois uma pessoa nos enviou um plano que trará dias muito felizes para quem o seguir.
Ela se propôs ao seguinte:
De hoje em diante, todos os dias, ao acordar, direi: "Eu, hoje, vou ser feliz!
Vou lembrar de agradecer ao sol pelo seu calor e luminosidade. Sentirei que estou vivendo, respirando. Posso desfrutar de todos os recursos da natureza, gratuitamente.
Não preciso comprar o canto dos pássaros, nem o murmúrio das ondas do mar. Lembrarei de observar a beleza das árvores, das flores, da relva, da natureza em geral.
Vou sorrir mais, sempre que puder. Vou cultivar mais amizades e neutralizar as inimizades.
Não vou julgar os atos dos meus semelhantes e vou aprimorar os meus.
Lembrarei de telefonar para alguém só para dizer que estou com saudades.
Reservarei alguns minutos de silêncio para ter a oportunidade de ouvir.
Não vou lamentar nem amargar as injustiças, mas vou pensar no que posso fazer para diminuir seus efeitos.
Terei sempre em mente que o tempo passado não volta mais e vou aproveitar bem todos os minutos.
Não vou sofrer por antecipação, prevendo futuros incertos, nem com atraso, lembrando de coisas sobre as quais não posso fazer nada.
Não vou sofrer pelo que não tenho e gostaria de ter, e buscarei ser feliz com o que possuo. E o maior bem que tenho é a própria vida.
Vou lembrar de ler uma poesia, ouvir uma canção e dedicá-las a alguém.
Vou fazer algo por alguma pessoa sem esperar nada em troca, apenas pelo prazer de vê-la sorrir.
Vou lembrar que existe alguém que me quer bem, e dedicar uns minutos para pensar em Deus, assim Ele saberá que está sempre em meu coração.
Vou procurar transmitir um pouco de alegria aos outros, especialmente quando sentir que a tristeza e o desânimo querem se aproximar.
E, quando a noite chegar, eu vou olhar para o céu, para as estrelas e para o luar e agradecer aos anjos e a Deus, porque hoje eu fui feliz!"
*   *   *
Sem dúvida esse é um roteiro traçado por alguém que deseja realmente conquistar a paz de consciência e, por consequência, a felicidade.
E nós podemos até dizer que tudo isso é muito difícil de alcançar, mas uma coisa é certa: é bem simples.
A única coisa que precisamos é ter vontade. E, para acionar a vontade, basta querer.
*   *   *
Existe uma pessoa, e somente uma, capaz de fazer você feliz.
Se você deseja conhecê-la, fique em frente ao espelho e diga: Olá!
No espelho você verá a pessoa responsável pelo seu destino.
Você é herdeiro de si mesmo.
Seus atos lhe pertencem.
E a sua felicidade espera pela sua decisão.
Pense nisso!

sábado, 19 de outubro de 2013

A Delicadeza de um Sonho

   "É preciso respeitar o sonho do outro, porque sonho é coisa delicada" Wanderley Oliveira

   Todos temos sonhos, mas existem sonhos guardados dentro de cada um de nós que talvez nunca se realizem, porém eles estão fortemente entranhados em nós mesmos a ponto de se confundirem com o nosso próprio eu.

   São partes realmente delicadas de nós mesmos, partes feitas de uma material parecido com cristal, belo, transparente, delicado.... Eles envolvem uma série de fatores tão nossos, tão íntimos que jamais serão conhecidos por aqueles que nos cercam. Envolvem sentimentos de auto-realização, envolvem saudades de amores que um dia acalentaram este sonho e que já partiram para o plano espiritual, mas ficaram fortemente vinculados a este relicário de nossas vidas.

   Sentir que alguém ignora ou zomba deste sonho é sentir-se ultrajado, agredido num ponto tão protegido e frágil de nós mesmos que parece que nos quebra em pedaços. É sentir-se ferido na parte mais delicada e sensível do nosso ser. 

   Zombar deste sonho é zombar de base forte de nossa personalidade, é zombar daquelas pessoas queridas que ficaram marcadas nesse sonho e são parte dele. Ignorar este sonho é ignorar base fundamental de nosso eu mais profundo.

   Portanto se não pudermos alimentar, vivenciar com o outro o seu sonho que ao menos saibamos respeitá-lo, nem zombar, nem ignorar a importância que isso tem para o outro. Isso é amar o outro em sua plenitude, é respeitá-lo como ser humano e espírito eterno.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Tenha Um Pouco De Fé Em Mim

John Hiatt (Have A Little Faith In Me)

Quando seu caminho ficar escuro
E você mal conseguir enxergá-lo
Apenas deixe meu amor iluminá-lo
E tenha um pouco de fé em mim

Quando as lágrimas caírem
E elas forem tudo em que você consegue acreditar
Apenas dê a esses braços carinhosos uma chance
E tenha um pouco de fé em mim

Quando seus sentimentos guardados
Não conseguirem falar tão facilmente
Venha aqui e eu te falarei bem baixinho
Para ter um pouco de fé em mim

Quando você estiver sem saída
Apenas vire-se e você me verá
Eu te apoiarei te pegarei quando você cair
Apenas tenha um pouco de fé em mim

Porque eu venho te amando por tanto, tanto tempo
Esperando nada em troca
Apenas que você tenha um pouco de fé em mim

Você compreende que o tempo, o tempo é nosso amigo
Porque para nós não há fim
E tudo o que você precisa fazer é ter um pouco de fé em mim

Eu lhe ajudarei, eu te abraçarei forte
E seu amor me dá força o suficiente para eu acreditar em mim mesmo
A única coisa que você deve fazer por mim

É ter um pouco de fé em mim.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

E Subiu para o Barco...

   Capítulo 79 do Livro "O Jugo Leve" do espírito Dr. Inácio Ferreira.

   "E subiu para o barco para estar com eles, e o vento cessou." (Marcos cap. 6 - v.51)

   Conta-nos Marcos que, estando em alto-mar, os discípulos se viram em apuros sob o vento que lhes era contrário... A frágil embarcação ameaçava soçobrar, ante a fúria das ondas.
Foi quando, naquele justo momento, caminhando sobre as águas revoltas, o Cristo apareceu, para estar com eles, auxiliando-nos na difícil travessia. 
   Guardemos a preciosa lição e jamais nos sintamos esquecidos ao vendaval das provações.
   Jesus sempre estará conosco, solidarizando-se com as nossas dificuldades e fazendo cessar a tormenta que nos fustiga.
   Agucemos os ouvidos e haveremos de escutá-lo dizer, na acústica da alma, nos momentos de maior aflição: 'Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!'
   O verdadeiro mestre é aquele que não isenta o aprendiz da experiência que necessita vivenciar, mas também não o deixa a mercê das circunstâncias.
   Enquanto muitos, figuradamente, abandonam o barco ao recrudescer da luta, deixando-nos à sós, o Senhor, vindo ter conosco, sobe para o barco, e a sua simples presença nos inspira coragem. 
   Confiemos, pois, às suas mãos o leme de nossas vidas e naveguemos sem receio, convictos de que ele nos conduzirá, com segurança, rumo ao porto de nossas aspirações de ordem superior.
   Perseveremos no cumprimento do dever e, quando nos sintamos esmorecer no testemunho a que somos chamados, seremos socorridos pelo Divino Amigo.
   Por conhecer-lhes a fragilidade, ele não consentirá que os seus discípulos sinceros, quando dele mais necessitarem, permaneçam sem a sua proteção.
   Efetivamente, estando com ele, não há o que possamos temer, porque nem mesmo a tormenta da morte impedirá que alcancemos as águas remansosas da Vida Imortal.

sábado, 5 de outubro de 2013

Coragem

   "A coragem é um ato, portanto, de bravura moral, virtude que deve acompanhar o sentimento humano, ao invés do marasmo ante decisões ou diante da acomodação ao que já foi conseguido, da satisfação infantil pelo que se logrou, quando os horizontes mais se ampliam na direção do futuro, à medida que se avança." Joanna de Angelis - Conflitos Existenciais

   Virtude fundamental em nossas vidas a coragem parece que por vezes nos escorre entre os dedos e a perdemos em alguma parte do caminho, passando grandes períodos de nossas vidas fugindo do encontro inevitável com ela.

   A infelicidade é muito cômoda! Ouvimos esta frase outro dia e quanta sabedoria identificamos em tão poucas palavras. Somos acomodados, temos medo de tomar atitudes que podem mudar nossas vidas e nos tornar mais felizes por medo do desconhecido. Preferimos ficar com o mal conhecido. Vamos nos anulando, nos fechando para o mundo, nos afogando em nossos rancores, mágoas, dissabores...

   É preciso coragem para abandonar o homem velho. É preciso coragem para recomeçar e tentar um novo caminho seja em que ponto dele nos encontremos. A vida pede mudança, pede renovação, por isso nos é oferecido cada dia, cada por-do-sol, cada amanhecer, e com ele nova chance de sermos melhores, melhores para nós mesmos, melhores para o próximo, melhores para o mundo.

   É preciso coragem para virar as páginas que já estão completamente escritas em nossas vidas. É preciso coragem para iniciar um novo capítulo. É preciso coragem para tentar diferente, para fazer diferente, para ser melhor hoje do que fomos ontem.

   É preciso coragem para limpar o coração das mágoas, para desaguar as águas paradas dentro de nós, as águas dos dissabores e dores acumulados por tanto tempo. Porque água parada apodrece e nos faz mal, nos adoece. É preciso coragem para desaguar, para derramar as lágrimas necessárias e seguir em frente de cabeça erguida, mais forte, mais belo, mais amadurecido.

   É preciso coragem para desacomodar, deixar pra trás a infelicidade e seguir em frente na certeza de que a felicidade não está no final do caminho, ela é o próprio caminho e se o caminho que tomamos não nos proporciona alegria, bem-estar, vontade de viver... então, este não é o caminho certo. É preciso coragem para reajustar as velas, girar o remo, mudar os rumos e buscar outra rota. É preciso coragem para ser feliz!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Meu Jardim

"Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores 
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores 
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores

Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho

Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim"


Vander Lee

sábado, 21 de setembro de 2013

Bailarina

   Queria voltar a escrever no blog, mas ainda não consigo...
   Mas nos últimos tempos recebi tanto carinho dos amigos e inclusive uma mensagem linda, lindíssima que minha querida amiga Denise escreveu pra mim. 
   São palavras tão lindas, tão doces, tão cheias de amizade, compreensão e afeto que decidi compartilhar...

"Ah... Essa menina...

Com a leveza das bailarinas...
Bailava pra lá... Bailava pra cá...
Mas eis, que de repente, um vento mais forte, remexeu o tule da sua saia... Desenrolou seus cabelos...
E ela esperou... E deixou o vento trazer-lhe uma nova forma de dançar, um novo jeito de se esticar...
E, com os cabelos soltos, caindo ao lado do seu rosto, emoldurando a sua beleza, pode então fixar-se no brilho dos seus olhos, diante do espelho...
E chorou, chorou... Uma dor que estava guardada em cascatas a dilacerar-lhe a alma... Até que esvaziou-se... E percebeu que seus olhos brilhavam ainda mais...
E que sua alma fortalecera-se... E que seu bailado transformara-se em algo inesperado e surpreendentemente belo...
E quanto mais rodopiava, cabelos esvoaçantes, tule a balançar-se, sentia-se cada vez mais leve, cada vez mais segura, cada vez mais forte, cada vez mais linda e se amou tão profundamente, tão delicadamente que reconstruiu-se inteira, cabeça erguida, determinada a bailar a dança da vida aproveitando cada acontecimento de forma a estender-se além do infinito...
Ah... Essa menina...
Com a leveza das bailarinas...
Bailava pra lá... Bailava pra cá...
E seus gestos meigos, seu sorriso doce, seu coração amoroso convidavam a dar a volta no mundo, por dentro e por fora de si mesma a fim de transformar-se em luz...
Minha linda bailarina... Minha grande guerreira...
Segue e confia... O amor que te envolve, sustenta-te a alma..."

sábado, 31 de agosto de 2013

Pára e Pensa

   Exposição baseada no Capítulo 'Pára e Pensa' do Livro da Esperança pelo espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier. 

   A placa indicada ao lado é das mais fáceis de compreender: uma única palavra, uma única ordem: PARE!

   Quando estamos na autoescola aprendemos a parar a cada vez que visualizamos esta placa, observar se não há algum perigo e em caso negativo seguimos em frente, na prova prática para aquisição da habilitação se não pararmos completamente o carro quando esta placa é avistada a prova termina naquele exato momento, somos reprovados.

   E depois de habilitados, quem de nós pára o carro a cada placa de pare? No máximo diminuímos a velocidade, damos um olhadinha de leve e tocamos em frente.  Estamos apressados demais, ansiosos demais...

   Assim agimos com o carro da nossa existência, vamos tocando apressados acelerando sem termos a noção correta do caminho que estamos seguindo, não paramos para analisar uma situação de perigo, quanto mais para observar a paisagem muitas vezes tão belas que a vida nos apresenta.

   Vivemos gerenciando problemas sem aproveitar os momentos de leveza, os detalhes que fazem a diferença e que nos trazem felicidade.

   No Livro Hora Certa Emmanuel nos diz que “A paz alcançará, primeiramente, aqueles que souberem doá-la em benefício dos outros, sabendo passar sem ela.”

   Todos almejamos a paz, mas o que fazemos em prol da nossa paz e da do próximo? Será que somos aquele que não revida a ofensa ou não costumamos levar desaforo pra casa? Em frente a determinada dificuldade mantemos a serenidade procurando encontrar a melhor solução ou logo perdemos a cabeça gritamos, xingamos, esbravejamos?

   Jesus foi perseguido, xingado, incompreendido, precisou viver mudando-se de local constantemente e no entanto ninguém viveu mais em paz, nenhuma consciência foi mais tranquila que a sua. Mas podemos argumentar que Jesus era um espírito altamente evoluído, o mais evoluído que já passou por este planeta. Mas Jesus precisou evoluir também, ele passou por diversas etapas de evolução antes de chegar ao ponto em que chegou e Jesus sabia parar. Parar e pensar antes de revidar uma agressão, antes de qualquer resposta àqueles que procuravam testá-lo. Jesus, frente às dificuldades sabia que era necessário parar e retirar-se a um lugar tranquilo, orar e sintonizar-se com o Pai.

   No Livro da Esperança nos diz Emmanuel: “Se desatinos dessa ou daquela procedência te visitam a alma, entra em ti mesmo e acende a luz da prece, reexaminando atitudes e reconsiderando problemas, entendendo que a renovação somente será verdadeira renovação para o bem, não à custa de compressões exteriores, mas se projetarmos ao tear da vida o fio do próprio pensamento, intimamente reajustado e emendado por nós”

   Nos mostra Emmanuel que a nossa paz não depende do ambiente exterior, mas de como os problemas são tratados dentro de nós, como reagimos a eles, como são os nossos pensamentos frente às dificuldades, serão eles negativos ou positivos na certeza da superação e da chegada de dias melhores.

   Nos aponta também a importância da prece, que nos acalma, nos tranquiliza, nos dá serenidade, parar, fazer uma prece e pensar, que a melhor solução nos chegará. Jesus nos aconselhava o Orai e Vigiai, orar para nos sintonizar com a espiritualidade maior que nos auxilia na evolução e vigiar nossos atos e pensamentos para que eles estejam em sintonia com este esforço de melhoria que precisamos fazer.

   Não devemos ver os problemas como um fim, mas um momento passageiro. Quando chove e logo vem uma tempestade forte, sabemos que logo, logo a tempestade vai passar, poderá fazer muito barulho, alguns estragos, mas a seguir o sol volta a brilhar e nos reconstruímos, nos recuperamos do prejuízo e a vida segue seu curso.

    De nada adianta a nossa ansiedade, ela não resolverá o problema, certamente até o agravará.

   No Livro Calma Emmanuel nos explica que “Ninguém possui uma serenidade que não construiu. Daí o impositivo da vigilância em nós próprios.”

   Portanto, se ainda não conseguimos manter a serenidade não nos culpemos, não fiquemos nos cobrando por isso. A serenidade frente os momentos difíceis é exercício diário que só vamos adquirir com a prática, com o erro e o acerto, até que se transforme em hábito. Todo dia enfrentaremos momentos, por menores que sejam, que nos suscitarão o aprendizado da serenidade, do parar e pensar antes de agir, para que a nossa ação seja em prol do bem para nós e para o próximo.

   Necessário aprendermos a silenciar a nossa mente para que possamos ouvir os conselhos daqueles amigos espirituais que nos inspiram e nos querem bem. Façamos silêncio ao nosso redor e principalmente dentro de nós, calemos por alguns instantes por dia, façamos pequenas pausas durante o nosso dia, mesmo que seja de alguns minutos, nos recolhamos a um lugar mais calmo e procuremos fazer um prece e pedir auxilio para que a serenidade em nós faça morada e que os nossos atos revelem essa paz que aos poucos iremos construindo em nós.

   Parar e pensar nos auxiliará não somente nos momentos difíceis, mas também nos dará uma visão mais positiva da vida, nos auxiliará a perceber e aproveitar  o que realmente é importante em nossas vidas: o sorriso dos nossos filhos, a conversa fraterna dentro do nosso lar, a companhia dos amigos, abraço apertado quando precisamos, o sorriso amigo de compreensão.

   Para encerrarmos trouxemos uma prece, que é verdadeiramente uma poesia, uma conversa com Deus e que este seja um pedido sincero nosso para que o Pai amoroso nos auxilie:



ACALMA MEU PASSO, SENHOR


Acalma  meu passo, Senhor!
Desacelera as batidas do meu coração,
acalmando minha mente.
Diminua meu ritmo apressado
com uma visão da eternidade do tempo.
Em meio às confusões do dia a dia,
dê-me a tranqüilidade das montanhas.
Retira a tensão dos meus músculos e nervos
com a música tranqüilizante dos rios de águas constantes
que vivem em minhas lembranças.
Ajuda-me a conhecer
o poder mágico e reparador do sono.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias:
reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor,
papear com um amigo,
 afagar uma criança,
 ler um poema,
ouvir uma música preferida.
Acalma meu passo, Senhor,
para que eu possa perceber
no meio do incessante labor cotidiano
 dos ruídos, lutas, alegrias,
 cansaços ou desalentos,
 a Tua presença constante no meu coração.
 Acalma meu passo, Senhor,
para que eu possa entoar
 o cântico da esperança,
 sorrir para o meu próximo
 e calar-me para escutar a Tua voz.
Acalma meu passo, Senhor,
e inspira-me a enterrar minhas raízes
no solo dos valores duradouros da vida,
para que eu possa crescer
até as estrelas do meu destino maior.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Guia

"Se você estiver num país desconhecido e não souber a língua que ali se fala, tampouco se locomover para os locais desejados, precisará de um guia que lhe oriente qual direção tomar. E você seguirá todas as suas orientações, ainda que o caminho lhe pareça estranho ou difícil. Uma vez que você confia na indicação do guia, você o segue. Com Jesus se dá o mesmo. estamos vivendo na Terra, um local de muitos perigos, para o nosso Espírito ainda frágil e inseguro. Somos almas imperfeitas e facilmente tomamos atalhos perigosos para a nossa real felicidade. Mas Jesus é o guia que nos levará a uma viagem tranquila e feliz. Não será uma viagem fácil, mas, sem dúvida alguma, chegaremos ao destina da felicidade que tanto queremos. Mas, para que isso aconteça, precisamos confiar no Guia e segui-lo. Estamos dispostos?" Alguém Me Tocou - José Carlos de Lucca

sábado, 24 de agosto de 2013

Quando entrar Setembro...

   "O perdão não é um evento, é um processo. Em outras palavras, poderíamos dizer que perdoar não é um ato que se realiza de um minuto para o outro, mas uma atitude que gradualmente impregna o ser e ocorre no tempo certo, próprio de cada um." Suely Schubert - Transtornos Mentais.

   Abordarmos o tema perdão é tão difícil quanto a prática do mesmo, mas a frase citada de Suely Schubert no traz a reflexão sobre a diferença entre perdoarmos e desculparmos.

   Muitas são as vezes em que agimos mal com o nosso próximo, principalmente dentro do nosso lar e solicitamos desculpas sinceras, reconhecendo o nosso erro e a recíproca é verdadeira, tantas vezes o outro reconhecendo o erro nos solicita sinceras desculpas.

   Desculpamos, procuramos deixar pra lá o acontecido, porém no primeira discussão surgida entre as partes vem logo a tona o fato passado que nos magoou e nos feriu e o atiramos ao rosto do nosso afeto naquele momento de raiva, de destempero.

   Desculpamos, mas não perdoamos. Somos peritos na arte de desculpar de deixar pra lá o ocorrido e tocar em frente, mas não resolvemos aquela situação em nosso íntimo. Muitas vezes desculpamos o outro para que o clima entre nós volte à 'normalidade', porque já estamos cansados de ficar de cara feia, mas não dialogamos a respeito do ocorrido. Por algum motivo, seja para não criar mais atrito ou por qualquer outra razão, deixamos de expor ao outro quais os nossos sentimentos frente aquele ato que nos machucou.

   E então desculpamos, mas não perdoamos, porque aquela dor, aquela ferida ainda está aberta em nosso peito, ainda sangra e por vezes nos pegamos a cutucá-la remoendo o acontecido, quando o outro até mesmo já o esqueceu. Mas nós não esquecemos.

   Aquela palavra mal empregada em momento inadequado, aquela atitude imprópria, aquele grito num momento de raiva ainda ecoa em nossa mente, não perdoamos. 

   Não perdoamos exatamente porque como nos diz Schubert, o perdão não é um evento é um processo. Ele não ocorre simplesmente porque queremos perdoar, porque queremos passar uma borracha no assunto e tocar em frente. Ele é um processo, e como qualquer processo requer tempo, requer que nos demos um tempo para digerir a situação, para compreender as razões do outro. E neste momento quão importante seria o diálogo, o poder expor ao outro o nosso sentimento, com tranquilidade, procurando nos fazer compreendido, mas muitas vezes o outro não está aberto a isso. E então o processo se torna mais lento.

   Mas é um processo necessário, ao qual precisamos estar dispostos e abertos porque as mágoas causam profundos abalos em nós quando acumuladas por longo período de tempo. São as causadoras de inúmeras doenças graves e que por vezes nos tiram a vida antes do tempo. 

   Não cultivemos dores, não reguemos nossas mágoas, não alimentemos nossos ressentimentos, procuremos trabalhar essas dores dentro de nós através da compreensão de que todos somos imperfeitos, todos temos nosso tempo, todos cometemos sérios erros. Estamos a caminho da evolução, mas ainda muito distantes do objetivo final...

   O outro tem o sem tempo, eu tenho o meu e você tem o seu... procuremos compreender isso e o processo tornar-se-á mais fácil e menos doloroso. Fácil? Ninguém disse que seria... Mas se como Chico e tantos outros espíritos iluminados que passaram por nosso Planeta, já soubéssemos exercitar o amor, não necessitaríamos pedir perdão ou perdoar, porque aquele que verdadeiramente ama jamais se sente agredido ou magoado.

   "Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou..." 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Quando meu Corpo Dança...

"Eu danço aquele dia. Danço aquilo que fiz. Danço aquilo que pensei. Danço aquilo que senti.
Danço aquela conquista, quando me achei a mulher mais feliz do mundo. No mover dos meus braços está aquela felicidade. Estão em meu rosto todos os sorrisos...
Danço aquela lembrança, aquele passado nunca esquecido. Nas minhas pernas está esse caminhar longínquo enquanto danço...
Danço aquele alguém. Danço o amor. Está em meus olhos enquanto me movo...
Danço aquele beijo. Meu corpo desenha aquela noite... o sentir da pele, do outro corpo... o nós dois nos momentos em que fomos um...
Danço aquela discussão que tivemos. E aquela que não. A raiva que senti está em meu rosto, enquanto meu corpo faz aquele movimento... sai pelos meus poros junto ao suor...
Danço aquela dor. Meu corpo diz... Diz sobre meus medos e minhas angústias enquanto danço...
Danço aquilo que gostaria de falar e não falei. Digo com o meu corpo enquanto danço. Quando travei meus dentes com força para prender as palavras que queriam sair... não saíram naquele momento, mas saem naquele giro...
Danço aquela mágoa, deixando passar o momento. Era sofrimento. Torna-se perdão naquele salto...
Danço aquele choro. Meu corpo desenha as lágrimas e diminui o tamanho daquela dor enquanto danço...
Danço os meus segredos. Os mais íntimos e indizíveis. Meu corpo escreve essas palavras não ditas enquanto danço. Até os meus dedos movimentam essas sensações...
Danço os meus sonhos, minhas fantasias... estão em cada passo. Meu corpo paira sobre nuvens... são os meus sonhos esquecidos... perdidos... estão ali enquanto danço...
Danço a minha vida. Os movimentos, ao mesmo tempo que refletem, revivem... vivem... resolvem... tocam... terminam... começam...
Mostram e me tornam aquilo que sou...
Danço tudo de mim.
Danço a mim mesma...
E, ao fim, ofegante... respiro a minha história."

Tati Guidio