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sábado, 20 de julho de 2013

Como estão teus olhos?

   "Todas as vezes que nos revoltamos contra a vida, lamentando inequivocamente, vamos pela pressão das emoções resultantes dessa postura aniquilando nossas defesas naturais, resultando, assim, nas doenças." Roosevelt - Terapia Anti-queixa

   Quão pequena é ainda nossa visão sobre a vida. Permanecemos ainda focados em nosso próprio eu, nossos problemas são sempre os maiores do mundo. Como é difícil olhar para o lado e perceber que há dores muito maiores que as nossas.

   E focados em nossas próprias mazelas lamentamos e praguejamos contra a vida, mergulhamos em queixas e em sentimentos de auto piedade. E dessa forma a vida nos responde exatamente com mais dores, mais lágrimas e mais dificuldades.

   Porque atraímos aquilo que emitimos. Se somos tristes atrairemos para perto de nós os que são tristes; se formos intolerantes, receberemos do outro a intolerância; se somos ciumentos e invejosos, dificilmente conseguiremos evoluir na vida, pois ao invés de nos preocuparmos com o nosso crescimento moral ou material estaremos focados no outro, na dor que nos causa a conquista, a alegria e o crescimento do outro.

   Ao contrário se formos alegres, otimistas, a vida nos responderá com alegria e esperança; se olharmos o outro com bons olhos e nos felicitarmos pela sua alegria, pelo seu crescimento atrairemos para nós as boas vibrações que nos impulsionarão igualmente em direção do progresso.

   A vida terá a cor com a qual a enxergarmos. Se os óculos que utilizamos, e que somos nós mesmos estiverem acinzentados de maus pensamentos, cinza será a nossa vida. Mas se nos utilizarmos da iluminação de bons olhos, de olhos que procuram o lado bom de cada um e de cada fato, a vida nos aparecerá cor-de-rosa, alegre e cheia de luz.

   "Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz" - Mt. cap.6 v. 22-23

   O hábito de ver o lado bom da vida nos trará também a saúde e a paz, bem como a forma de ver a vida pela suas mazelas, dificuldades, tristezas, nos levará a apatia, á acomodação e à revolta e desenvolverá em nós mais dores e até mesmo doenças no corpo físico.

   Somos os próprios artesões de nosso destino, a forma como nossa vida se desvendará aos nossos olhos e os caminhos se abrirão aos nossos passos depende unicamente de nós. Vejam aqueles que tenham os olhos de ver...

Richard Simonetti conta na palestra 'Uma Razão para Viver" que um velho sábio sentado à beira da estrada na entrada da cidade foi abordado por gentil viajante que educadamente pergunta-lhe:
- Bom dia meu bom velho! Por favor, pode me falar sobre o povo daqui? Estou me mudando para esta cidade e gostaria de saber como são os moradores.
O sábio velho respondeu-lhe com outra pergunta:
- Bom dia meu amigo, pois diga-me o senhor, primeiro, como eram os moradores da cidade de onde vens?
- Ah gente muito boa, pessoas honestas, gentis, amigos leais. Só estou me mudando por necessidades profissionais, pois adorava aquele povo.
- Fique tranquilo meu amigo, pois o povo aqui é exatamente igual! O senhor vai se dar muito bem em nossa cidade.
Mais tarde o velho é abordado por outro viajante, agora sujeito bruto, nervoso que mal o cumprimenta e pergunta:
- Velho, como é o povo daqui? Estou me mudando e preciso de informações.
- E como era o povo de onde o senhor vem?
- Gente da pior espécie, desonestos, desleais, ninguém é amigo de ninguém, são maledicentes e gananciosos, invejosos e maus.
- Ah meu amigo, não vai se dar bem por aqui, porque o povo aqui é exatamente igual.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

A Criança que fui...

Extraído do livro 'Escutando Sentimentos' de Ermance Dufaux:

   "A criança que fui chora na estrada.
   Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
   Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
   Quero ir buscar quem fui onde ficou. (Fernando Pessoa)
   Olá minha criança! Vim buscar quem fui onde ficou. Que bom te reencontrar; pois sei que um dia deixei-te na estrada para ser quem sou. Voltei agora para te buscar. Perdoe-me por te abandonar. Enquanto choravas, eu dormia o sono das conquistas passageiras. Agora estou desperto, vim te buscar.
   Não te assustes comigo. Eu não te deixei porque desejava. Não soube como fazer. Agora retorno a te buscar. Te aceito como és, incondicionalmente. Tu não és má porque tens imperfeições. Tu apenas tens imperfeições. Depois de tanto tempo, descobri que não sou capaz de viver sem teu poder.
   Quero brincar, pular e ser feliz. Vem ajuda com tua bondade. Ajuda-me com tua criatividade e espontaneidade.
   Ah! Minha criança de luz, como te amo! Como quero te amar! Que vontade de sentir a tua espontaneidade, tua riqueza."