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sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Volta pra Casa...

     "A vida do espaço é a forma necessária e simétrica da vida terrestre, vida de equilíbrio, em que as forças se reconstituem, em que as energias se retemperam, em que os entusiasmos se reanimam, em que o ser se prepara para as futuras tarefas; é o descanso depois do trabalho, a bonança depois da tormenta. a concentração tranquila e serena depois da expansão ativa ou do conflito ardente." Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

     Quando parte um ente querido ao nosso coração, quando ele desencarna, fica em nosso peito a saudade e a dor da separação. Mesmo com o conhecimento da Doutrina Espírita, ainda nos é difícil lidar com esses momentos de nossas vidas.

     Mas a desencarnação é o nosso retorno para casa, depois do trabalho, das lutas, desilusões, desafios e provas da vida terrestre. Retornamos ao mundo espiritual, a nossa verdadeira pátria, nossa verdadeira casa, pois aqui no plano carnal somos meros viajantes, estamos de passagem. 

     Viajantes que viemos para um período de aprendizado nessa grande escola chamada Terra. Mas é no plano espiritual, no período que lá passamos que reavaliamos nosso aprendizado. É lá que iremos aurir forças, reconforto através do reencontro com a nossa família espiritual, com aqueles com quem dividimos parte de nossa vida no planeta e também com aqueles que não nos acompanharam nessa existência, mas que ficaram na retaguarda velando por nós.

     São corações queridos ao nosso, que mais experientes que nós, mais avançados na senda do progresso moral, nos auxiliam em novas programações reencarnatórias, nos aconselham e nos iluminam o caminho.

     Quanto mais aqui no planeta nos esforçarmos a fim de vencer nossas próprias mazelas, mais próximos estaremos desses espíritos amigos, maior será nossa sintonia com eles quando vibrarmos no bem. O nosso esforço em vencer nossas imperfeições e amar o nosso próximo é agradável aos olhos de nossos anjos tutelares.

     Quando  assim vivemos o nosso retorno para casa é tranquilo sereno, como terminar um trabalho que ficou bem feito, bem realizado. Do contrário, quando deixamo-nos envolver por nossos vícios, pela sombra que existe em nós e pautamos nossa existências nos vícios, no materialismo e no gozo das paixões grosseiras que ainda existem em nós, voltamos para casa como o lutador derrotado, como o trabalhador preguiçoso, que deixou o trabalho mal feito ou que sequer começou a tarefa.

     Como estamos preparando nosso retorno para casa? Nada nos será cobrado pelo nossos queridos amigos que lá nos esperam, mas a nossa consciência nos apontará se em seus olhos veremos a alegria ou a piedade.  De que forma estamos preparando nosso retorno? Quais virtudes estamos colocando em nossa bagagem? Já começamos a tirar de nossa mala o peso das mazelas que trouxemos? Pensemos a respeito...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mulher

     "A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos da humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
     A filosofia dos Espíritos, ensinando-nos que o corpo não passa de uma forma tomada por empréstimo, que o princípio da vida reside na alma e que a alma não tem sexo, estabelece a igualdade absoluta entre o homem e a mulher, sob o ponto de vista dos méritos. Os espíritas conferem à mulher uma grande parte nas suas reuniões e nos seus trabalhos. Nesse meio ela ocupa uma situação preponderante, porque é de entre elas que saem os melhores médiuns. A delicadeza do seu sistema nervoso torna-a mais apta a exercer esta missão.
     Os espíritos afirmam que, encarnando de preferência no sexo feminino, se elevam mais rapidamente de vidas em vidas para a perfeição, pois, como mulher, adquirem mais facilmente estas virtudes soberanas: a paciência, a doçura, a bondade. Se a razão parece predominar no homem, na mulher o coração é mais vasto e mais profundo." Léon Denis - Depois da Morte

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sobre Mortes Coletivas


Pensei em postar algo sobre mortes coletivas, pois de cada fato triste em nossas vidas necessário se faz tirarmos algum tipo de ensinamento... encontrei na internet este artigo de Milton Felipeli no site da Mocidade Espírita André Luiz que nos explica que não existe fatalidade, nem castigo de Deus e nem todos estavam predestinados a morrer desta forma... apenas havia chegado o momento de cada um daqueles que se foram retornarem à verdadeira Pátria, a espiritual, e se desta forma não fosse, seria de alguma outra forma... Deixo aqui minhas condolências, minha solidariedade e o pedido à espiritualidade superior que receba com carinho estes jovens e console o coração dessas famílias.

"Terremotos, tornados, tufões, enchentes, secas inclementes, inverno excessivo, calor acima do suportável, as guerras, as drogas, assim como as epidemias, têm ceifado a vida de milhões de pessoas em toda a nossa História.

Castigo de Deus? Fatalidade?

Acaso Deus, em Sua infinita misericórdia, não poderia evitar esses eventos destruidores?

Como compreender esse intricado problema?

Em primeiro lugar, importa afirmar que, pelos ensinamentos espíritas, não existe castigo nem de Deus, nem de quem quer que seja. Tampouco ocorre a fatalidade, visto que todas as criaturas foram e são dotadas de liberdade para pensar, falar e agir (livre arbítrio). O termo fatalidade, assim, não existe no vocabulário espírita.

O livre arbítrio é uma das leis naturais. Todos os Espíritos, no Universo, agem em função dessa lei. Nenhum Espírito pode intervir no direito do uso do livre arbítrio de outro Espírito. Deus também não intervém nesse direito. Afinal, Deus é o próprio criador das leis naturais!

Os Espíritos utilizam-se do livre arbítrio (isto é, da liberdade de pensar, falar e agir), limitados apenas pelo grau de seu adiantamento espiritual. Quanto mais adiantado o Espírito, maior será a sua liberdade. A sua liberdade está sempre na razão direta da sua responsabilidade.

Todo e qualquer aprendizado do Espírito depende de sua ação. Quando encarnado, realiza experiências materiais e extrai dessas experiências novos conhecimentos para a sua evolução.

Os Espíritos se agrupam em grandes coletividades para a realização de suas experiências. Existe, por assim dizer, uma atração magnética entre eles, dentro de cada grau de evolução. No caso do nosso planeta, pertencem à ordem dos espíritos inferiores, sujeitos às provações e expiações.

Vamos explicar melhor. Provações significam provas, testes, que os próprios Espíritos estabelecem antes de encarnar, para medirem o grau de seu adiantamento espiritual. Não é uma imposição; é uma escolha de cada um. Cada Espírito pode escolher uma ou mais provações para passar durante a sua encarnação. Expiação significa efeito, consequência, resultado de causas anteriormente produzidas. Causa e efeito, portanto é outra lei natural.

Escrevemos em linhas anteriores que não existe a fatalidade. Esse é um axioma da Doutrina Espírita. Quando ocorre um evento qualquer, podemos dizer que é um efeito produzido segundo a inteligência, à vontade e o pensamento de seus autores. A cada um dos efeitos registrados, se ligarão as causas anteriores. Assim, não existem efeitos que não tenham as suas causas, assim como não existem causas que não tenham seus efeitos.

Quando acontece, por exemplo, uma catástrofe de grandes proporções, e que provoque a morte de grande número de pessoas, a análise conduz à conclusão de que todas essas pessoas não morreram (desencarnaram) por acaso; que não deveriam desencarnar. Porém, não se pode afirmar apressadamente, que todas essas pessoas estiveram, necessariamente, ligadas aos mesmos acontecimentos do passado.

Afirmamos que não existe o acaso nem a fatalidade. Então poderá ser indagado: Qualquer dessas pessoas não poderia, usando do seu livre arbítrio, deixar de estar no local da catástrofe e escapar da morte? A resposta é sim, poderia. Apenas que, mesmo se ausentando do ambiente do evento, isso não significaria que escaparia à desencarnação, se esse momento tivesse chegado. É fácil confirmar isso, verificando que em todas as catástrofes, a morte não ceifa a vida de todos.

O Espiritismo ensina que quando se aproxima o momento da morte, por um ou outro meio, ela ocorre. Portanto, não é a maneira, o processo pelo qual o fato acontece. O que vale mesmo é a repercussão de ordem moral que isso ocorre com o Espírito."

Milton Felipeli