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sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Verdadeiro Cilício

   Ontem conversávamos na aula de estudos sobre a lei de adoração e surgiu o assunto de nosso hábito em querer barganhar com a espiritualidade através de promessas para alcançarmos os nossos objetivos.

   Prometemos coisas materiais, tais como velas da altura de determinada pessoa, subir escadarias de joelhos, etc, etc, porque ainda estamos extremamente apegados ao material e julgamos ainda a espiritualidade superior tal como nós.

   Ainda trazemos no íntimo do ser a ideia dos deuses primitivos, dos deuses gregos egípcios e romanos que nada mais eram que espíritos em seus diversos graus de evolução e como tais apresentavam características, defeitos, virtudes condizentes com o seu grau de evolução e muito semelhantes aos humanos.

   A espiritualidade superior não necessita de barganha para nos auxiliar, Deus não necessita de coisas materiais para atender as necessidades de seus filhos, mas o faz pelo merecimento dos mesmos.

   O verdadeiro sacrifício que é agradável a Deus é o nossos próprio aprimoramento moral, a nossa evolução, a nossa reforma íntima. Se vamos prometer algo a espiritualidade que seja isso, que seja termos mais tolerância, mais paciência, sermos menos orgulhosos, menos egoístas, mas companheiros em nossos lar, mais atenciosos com nossos entes queridos. E veremos que dessa forma, através do fazer o bem o mesmo bem retornará até nós.

   "Se quiserdes um cilício, aplicai-o à vossa alma e não ao vosso corpo; mortificai o vosso Espírito e não a vossa carne; fustigai o vosso orgulho; recebei as humilhações sem vos queixardes; machucai vosso amor próprio; insensibilizai-vos para a dor da injúria e da calúnia, mais pungente que a dor física. Eis aí o verdadeiro cilício, cujas feridas vos serão contadas, porque atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de Deus." (ESE Cap V Item 26)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Amigo

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar... 
Mas, enquanto houver amizade, 
Faremos as pazes de novo. 

Pode ser que um dia o tempo passe... 
Mas, se a amizade permanecer, 
Um de outro se há-de lembrar. 

Pode ser que um dia nos afastemos... 
Mas, se formos amigos de verdade, 
A amizade nos reaproximará. 

Pode ser que um dia não mais existamos... 
Mas, se ainda sobrar amizade, 
Nasceremos de novo, um para o outro. 

Pode ser que um dia tudo acabe... 
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, 
Cada vez de forma diferente. 
Sendo único e inesquecível cada momento 
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre. 

Há duas formas para viver a sua vida: 
Uma é acreditar que não existe milagre. 
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."
Albert Einstein

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ferrugem da Alma

   "O ressentimento é ferrugem nas engrenagens da alma, que sempre necessita do lubrificante da confiança e da alegria de viver, facultando bem-estar e harmonia pessoal." Joanna de Angelis - Psicologia da Gratidão

   Ressentimento vem de ressentir, ficar curtindo, sentindo novamente sentimento e emoções desagradáveis, que não nos fazem bem.

   Quando algo de mal nos acontece, ou alguém faz algo que nos magoa, a melhor alternativa é procurar esquecer, não pensar mais no assunto ou até na pessoa, mas no estágio em que nos encontramos gostamos de ficar cultivando sentimentos ruins.

   Ficamos remoendo dentro de nós o mal que nos foi feito e tornando a senti-lo em toda a sua dor. Sentimos e ressentimos e as ondas de energias negativas geradas por este mal vão acumulando-se e espalhando-se como ferrugem dentro de nós e nos corroendo a alma a tal ponto que materializam-se em forma de doenças.

   E o mal que nos foi causado torna-se uma mal real em forma de doença física a nos corroer também o corpo físico. Um mal que poderia ter sido passageiro, poderia ter nos ensinado algo e se diluído em meio a nossas energias positivas, sentido e ressentido, acaba por materializar-se em nós.

   Somos o que pensamos e atraímos para perto de nós aquilo que emitimos. Cuidemos os nossos sentimentos, procuremos senti-los apenas, e se for para ressentir e tornar a sentir que seja o amor, a alegria, a paz de espírito, o carinho, a fé, a esperança... estes sim ao se espalharem dentro de nós regeneram nossa alma e nossas células como bálsamo e irradiam de nós balsamizando, aromatizando o ambiente ao nosso redor.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Uma belíssima lição

   "Nos relacionamentos agressivos, que em muitas ocasiões surgem no instituto da família, os opostos encontram-se em conflito recíproco, e sentindo-se impossibilitados de amar, reagem, uns contra os outros, deixando transparecer a presença dos sentimentos magoados." - Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito 

   Hoje assistia a exposição doutrinária da querida companheira Elza que tratava sobre o tema do Cap. XII do ESE: Amar os Vossos Inimigos. Uma belíssima lição, digna de ser compartilhada, lida, relida, relida, relida, até compreendermos...

   Dizia a expositora o quanto pode nos parecer difícil esta lição do Mestre, mas na verdade é uma lição mal interpretada, pois vista apenas do ponto de vista de uma única encarnação, quando deve-se considerar aqui a lei das vidas sucessivas, a reencarnação.

   Temos como preceito que perdoar é esquecer todo o mal, logo citou ela o exemplo de uma mãe que tendo a casa assaltada é feita refém do assaltante e tem o filho adolescente assassinado cruelmente por este. Como pode esta mãe perdoar o inimigo e esquecer o mal que lhe foi feito na perda irreparável do filho adorado?

   Seria impossível o esquecimento total... solicitaria forças maiores do que somos capazes. Então, não conseguimos aplicar o ensinamento de Jesus? Claro que sim... temos portanto que considerar as diversas reencarnações. 

   Numa única existência, seria impossível a esta mãe perdoar o assassino de seu filho e esquecer todo o mal. Mas, desencarnados os dois, no plano espiritual são esclarecidos das causas anteriores do acontecido, pois todo efeito possui uma causa, reencarnam. Primeiramente apenas se conhecem e logo possuem um pelo outro uma antipatia recíproca, inexplicável, dessas que todos sentimos em alguns momentos com determinadas pessoas. Lembrança inconsciente da vida anterior, mas se essa antipatia não extravasar, ficar apenas nos sentimentos não explicados, se ambos não voltarem a fazer o mal um para o outro, desencarnam...

   E tornam a encarnar agora como colegas de trabalho, que a principio não simpatizam muito um com o outro, ainda trazendo resquícios do mal feito uma ao outro, mas com a convivência e as conversas sobre amenidades e a intimidade que vai se criando, passam a conversar sobre suas vidas, seus problemas, suas dores e alegrias e passam a criar certa simpatia um pelo outro. Desencarnam...

   E tornam a encarnar dessa vez como irmãos, dividindo a convivência, crescendo juntos, passando pelas mesmas dificuldades e ajudando-se mutuamente, convivendo fraternalmente, passa a haver entre ambos um afeto. Desencarnam...

   E tornam a encarnar, desta vez aquela mãe que teve o filho assassinado, recebe como filho o algoz, aqueles pelo qual já tinha um afeto e dessa vez nasce o amor em sua plenitude, ela o recebe como filho que vai ser por ela muito amado e entre ambos finalmente ocorrerá o perdão e o esquecimento de todo o mal.

   E então o ensinamento do Mestre se completa, se aplica, o amor ao inimigo está finalmente posto em prática. Cabe-nos saber interpretar...


   "Aprendestes que foi dito: Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. - Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os pagãos?
- Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no reino dos céus." (ESE cap. XII)