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sábado, 26 de janeiro de 2013

Veneno

     "Guardar mágoa e rancor é carregar veneno lento que, mais cedo ou mais tarde, causará a nossa própria destruição." Cavalcanti - Sândalo

     Algumas vezes as pessoas que mais amamos nos decepcionam e nos magoam profundamente...

     E a culpa é toda nossa! Sim, a culpa é nossa e somente nossa. Somos todos seres caminhantes em uma única direção: a da evolução. Logo, somos todos muito imperfeitos. Mas criamos expectativas sobre o outro, muitas vezes expectativas que nós mesmos não seríamos capazes de alcançar.

     Esperamos sempre que o outro tenha as atitudes, tome as decisões que nós julgamos que tomaríamos se estivéssemos em seu lugar.

     Primeiramente, é muito mais fácil julgar qual seria a melhor atitude, a melhor decisão, quando se está do lado de fora da situação. Quando a vivenciamos, bom, aí são outros quinhentos...

     Além do mais, o outro está tomando as decisões e realizando as ações que naquele momento lhe pareciam as mais acertadas. Ninguém toma uma decisão no intuito de errar propositalmente. E provavelmente, ao tomar essa decisão, o outro não tinha a intenção de nos magoar. Talvez não tenha sequer lhe passado pela cabeça que tal ação poderia de alguma forma nos atingir...

     Mas nós nos magoamos, e alimentamos esse sentimento ruim com pensamentos de dor, de sofrimento, nos sentimos as criaturas mais injustiçadas da face da Terra. Pura vaidade! É o monstro do orgulho se remoendo dentro de nós.

     É a chaga do egoísmo, como ferida aberta, nos torturando e nós jogamos nela o ácido dos maus pensamentos, agravando nossa própria dor. E o outro... o outro sequer faz ideia dos nossos sentimentos, não foi sua intenção... não está na mesma sintonia.

     E nós vamos nos envenenando de maus pensamentos, atraindo para junto de nós energias negativas e abrindo brechas para que de nós se aproximem aqueles que no plano espiritual apenas aguardam por um tropeço nosso para que possam nos atingir com a sua vingança, ou simplesmente nos utilizar como instrumento que vibra na mesma sintonia maléfica.

     Em breve, o resultado disso será o desenvolvimento de doenças em nosso corpo físico, o afastamento daqueles que amamos, cansados de nosso mau-humor e amargura, solidão, doença, tristeza, depressão... e pensar que tudo isso poderia ser evitado com o perdão ou com o simples deixar pra lá, talvez nem tenha sido mesmo o que pareceu ser (e provavelmente não foi!).

     Somos todos necessitados do perdão, da compreensão e da tolerância aos nossos erros. Sequer sabemos apontar a quantidade de caminhos errados que tomamos nesta existência, imaginemos o nosso arquivo do passado... séculos de erros e descaminhos... 

     Compreendamos uns aos outros e ao invés de espirrar na ferida do orgulho e do egoísmo o ácido, o veneno da mágoa e do rancor, procuremos cicatrizá-las com o bálsamo do perdão, da compreensão, da tolerância, afinal somos todos devedores e necessitados da Misericórdia Divina!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vocabulário para os Netos


"Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta
Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.
Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo
Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.
Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando com pressa não reclama.
Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.
Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás
Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.
Filhos: É quando Deus entrega uma joia em nossa mão e recomenda cuidá-la
Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.
Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.
Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser
Mediunidade com Jesus: É quando a gente serve de instrumento em uma comunicação mediúnica e a música tocada parece um noturno de Chopin.
Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.
Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
Obsessor: É quando o Espírito adoece,manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.
Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.
Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.
Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.
Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.
Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.
Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.
Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.
Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.
Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.
Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.
Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.
Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior."

Texto de Luiz Gonzaga Pinheiro retirado do blog "Era uma vez... Lindas histórias"