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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fora da Caridade não há Salvação...

Mensagem que recebi de minha amiga Carla e compartilho com os leitores


"...Fora do Cristo não há solução... 
O mundo está repleto de ouro... 
Ouro no solo. 
Ouro no mar. 
Ouro nos cofres. 
Mas o ouro não resolve o problema da miséria. 
O mundo está repleto de espaço...
Espaço nos continentes.
Espaço nas cidades.
Espaço nos campos.
Mas o espaço não resolve o problema da cobiça.
O mundo está repleto de cultura...
Cultura no ensino.
Cultura na técnica.
Cultura na opinião.
Mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo.
O mundo está repleto de teorias.
Teorias nas escolas filosóficas.
Teoria nas religiões.
Mas as teorias não resolvem o problema do desespero.
O mundo está repleto de organizações.
Organizações administrativas.
Organizações econômicas.
Organizações sociais.
Mas as organizações não resolvem o problema do crime.
Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria;
para dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão;
para extinguir o monstro do egoísmo que promove a guerra;
para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.
Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que desentranha da letra, na construção da Humanidade nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino Mestre, pela emoção e pela idéia, pela diretriz e pela conduta, pela palavra e pelo exemplo e parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: "Fora do Cristo não há solução"."

"Bezerra de Menezes" Psicografia de Chico Xavier"


Fora da caridade não há salvação.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Minha Bandeira

   Outro dia fazendo meu diário evangelho no lar, li um trecho que achei um dos mais belos do Evangelho e gostaria de compartilhar com todos:

   Evangelho segundo o Espiritismo Cap. XIII item 13:

   "Chamo-me caridade e sou a rota principal que conduz a Deus; segui-me, porque sou o objetivo a que todos deveis visar.

   Fiz esta manhã minha caminhada habitual e, coração angustiado, venho vos dizer: Oh! meus amigos, quantas misérias, quantas lágrimas, e quanto tendes a fazer para secá-las todas. Inutilmente, procuro consolar as pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem! Há bons corações que velam sobre vós; não sereis abandonadas; paciência! Deus está aí ; sois suas amadas, sois suas eleitas. Elas pareciam ouvir-me e voltavam para o meu lado grandes olhos ansiosos; eu lia sobre seus pobres rostos que seu corpo, esse tirano do espírito, tinha fome, e que se minhas palavras lhes serenavam um pouco o coração, não enchiam seu estômago. Eu repetia ainda: Coragem! Coragem! Então uma pobre mãe, muito jovem, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a me pedir para proteger esse pobre e pequeno ser que não tomava num seio estéril senão um alimento insuficiente. 

   Alhures, meus amigos, vi pobres velhos sem trabalho e cedo sem asilo, atormentados por todos os sofrimentos da necessidade, e envergonhados da sua miséria, não ousando, eles que jamais mendigaram, ir implorar a piedade dos transeuntes. Coração cheio de compaixão, eu que nada tenho, me fiz mendiga por eles, e vou por todo lado estimular a beneficência, insuflar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos. Por isso venho a vós, meus amigos, e vos digo: lá embaixo há infelizes cuja mesa está sem pão, a lareira sem fogo e o leito sem cobertor. Não vos digo o que deveis fazer; deixo essa iniciativa aos vossos bons corações; se vos ditasse a vossa linha de conduta, não teríeis o mérito de vossa boa ação; eu vos digo somente: Sou a caridade, e vos estendo a mão pelos vossos irmãos sofredores.

   Mas se peço, também dou e dou muito; convido-vos para um grande banquete, e vos forneço a árvore onde vos saciareis. Vede como é bela, como está carregada de flores e de frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa bela árvore que se chama beneficência. Em lugar dos ramos que houverdes tirado, fixarei todas as boas ações que fizerdes e levarei essa árvore a Deus para que a carregue de novo, porque a beneficência é inesgotável. Segui-me, pois, meus amigos, a fim de que vos conte entre os que se alistam sob a minha bandeira; sede corajosos; eu vos conduzirei no caminho da salvação, porque eu sou a Caridade."

domingo, 24 de junho de 2012

Singelo Carinho ao Amigo Querido

   O meu amigo Filoca tinha (e ainda tem) um coração enorme. Um coração que não mais cabia em seu peito, expandia-se em amor ao próximo.

   O coração do meu amigo mesmo abatido pela dor, não buscou a revolta nem o desespero. Ao contrário, como o filho pródigo, buscou o regaço do Pai.

   O coração do meu amigo encontrou o consolo, a esperança, a força e a coragem. O coração do meu amigo aprendeu a olhar o outro como irmão e, tocado pela dor, a sentir a dor do outro.

   Quantas vezes, Pai, o coração do meu amigo consolou tantas dores: as dores daqueles que tinham fome e frio e que ele desdobrava-se a saciar-lhes as necessidades primeiras? Mas o coração do meu amigo não distribuia apenas o pão do corpo, mas principalmente o pão do espírito com o seu sorriso largo, com a sua mão amiga a segurar forte as nossas, com a palavra amiga e enérgica e o abraço apertado.

   O coração do meu amigo, Pai, abraçou com ardor com a nossa Doutrina, a nossa causa e principalmente a nossa Casa, fez-se presente e presença irradiante no nosso Recanto.

   Cuida do meu amigo Pai, que agora retorna para casa, para os teus braços. O corpo físico dele não mais estará conosco no trabalho que juntos engendramos. Mas o seu espírito, assim que restabelecido, e isso será breve, ombreará conosco em nossa Casa Espírita, incansável como sempre. Sentiremos cada um de nós a sua presença, mesmo que a maioria de nós não possa mais enxergar com os olhos do corpo o seu sorriso largo.

   Aos amigos que agora lêem esta mensagem, me perdoem se o chamo meu amigo e não nosso, mas quando a dor assim nos invade, o egoísmo nos toma de assalto o coração.

   Pai, me perdoa as lágrimas que rolaram, as que nesse momento não consigo controlar, e aquelas que ainda rolarão pelo meu rosto. Elas não são lágrimas de desespero, nem de revolta contra a Tua Vontade, que é sempre a mais acertada. São lágrimas de uma saudade que já dói, de tristeza pela separação momentânea, e de emoção pela certeza de que o amigo agora descansa em braços queridos e que assim que for possível, estará conosco. 

   Porque sabemos, Pai, que na tua infinita bondade e misericórdia, aqueles que verdadeiramente se amam permanecem unidos por laços eternos.