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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os sutis avisos divinos



Transcrevo reportagem da RIE novembro/2007 de Anselmo Ferreira Vasconcelos


A vida sempre nos proporciona sinais (situações) - assunto cujo qual desejamos refletir um pouco nesse esnsaio - sobre coisas que devemos fazer ou melhorar em nós próprios. Sejam nos relacionamentos que travamos; sejam nos desvios de conduta que ainda fazem parte da nossa personalidade; sejam nas reações intempestivas ou nos destemperos verbais que apresentamos ao lidarmos com o cotidiano; seja na nossa falta de religiosidade, que geralmente nos prende às ilusões da vida material; seja, enfim, na nossa fé claudicante, pois nem sempre o apego a uma religião nos dá a verdadeira compreensão, o fato é que precisamos sempre progredir.


De um modo geral, viver é participar de um amplo processo - dadas as forças que são mobilizadas para tal fim - que visa, essencialmente, o nosso crescimento interior. Aliás, a falta de um entendimento sobre a vida além túmulo não nos deixa perceber o esforço empreendido pelos que nos querem bem "do outro lado" para que reencarnemos e tenhamos uma jornada votoriosa.


Se a próproa natureza nos dá avisos quando a tempestade se avizinha, quando a estiagem está preste a se instalar, ou quando a floresta pede clemência à ganãncia humana, por que Deus, então, não nos avisaria quanto aos rumos mais adequados a ser tomados na existência? Portanto, é natural que o Criador nos forneça sempre que necessário, pistas, situações, intuições e inspirações, entre outras coisas, para que o nosso desempenho na encarnação em decurso seja otimizado.


De nossa parte, há que se ter sensibilidade e consciência para não deixarmos de percebê-las. Afinal, ao assistirmos um programa de TV, ou um filme, não devemos prestar atenção para entendermos a trama ou enredo que se desenrola? O mesmo esforço nos compete fazer para lidarmos com a complexidade de viver.


Irmão José nos dá algumas recomendações providenciais que merecem a nossa reflexão. O sábio mentor nos incita ao dever de considerarmoscada pedra do caminho como um degrau para a nossa ascensão. Pois, das duas uma: ou nos levantamos das quedas e extrímos a lição que nos competeaprender ou afundamos de vez. Por exemplo, tem gente que ao se separar de um casamento ou ao enfrentar uma adversidade segue a vida, enquanto outras mergulham no vício, na autopiedade, na depressão e, nos casos mais extremos , no suicídio. Se estivermos "apanhando da vida", não nos revoltemos... As cicatrizes da alma são luzes reluzentes perante a espiritualidade.


Orienta-nos também o referido amigo da espiritualidade a considerarmos cada obstáculo com o qual nos defrontamos como um sinal de advertência do mais alto. Por exemplo, a má vontade ou inveja que, não raro, deparamos cada obstáculo com o qual nos defrontamos como um sinal de advertânciado mais alto. Por exemplo, a má vontade ou inveja que, não raro, deparamos em nossa volta, nos enseja - sempre - a oportunidade de exercitarmos a paciência e a compaixão. A maldade de outros para conosco que nos dá a chance de revidarmos com o bem e a misericódia. Temos, aliás, um exemplo extraordinário de como isso se processa na história do cristianismo envolvendo Paulo - ainda não convertido - quando se dirigia à Damasco em perseguição de Ananias. Como se sabe, praticamente às portas da famosa cidade, Paulo fica temporariamente cego diante da visão esplendorosa do próprio mestre concitando-o à renovação interior. Ananias, por sua vez, na condição de perseguido, recupera, em nome de Jesus, a visão do ilustre membro do sinédrio.

O próprio Paulo enfrentou, vezes sem conta, o obstáculo da indiferença em suas pregações. Nos tempos atuais é comum o indivíduo se deparar com a falta de compaixão ou o preconceito de chefes ou de colegas de trabalho. Um caso que certamente merece a nossa reflexão, dada a sua amplitude , foi retratado pela revista Greater Good. Ou seja, um analista financeiro ao ser contratado para trabalhar num grande banco localizado na baía de São Francisco, surpreendeu-se com a falta de camaradagem assim que começou as suas atividades. A sua forma extrovertida de ser conflitava com o ambiente no qual estava.

Logo depois à sua admissão, um colega seu subitamente desencarnou num feriado. Para a sua surpresa, nenhuma explicação foi dada pelo supervisor ou qualquer outro companheiro para o fato daquele funcionário não mais estar lá. Finalmente, ele só veio a compreender o que havia acontecido quando, precisando de mais espaço para uma nova contratação, sugeriram-lhe que utilizasse aquele lugar que o referido funcionário desencarnado ocupava. Obviamente, tal episódio - levando-se em conta a cultura da organização - fê-lo questionar o coração (valores) da empresa. Claro que se trata de um caso extremo de frieza, mas coisas parecidas ocorrem aos borbotões na vida corporativa hodierna, isto é, obstáculos - absolutamente inesperados, às vezes - que temos de superar.

Irmão josé nos alerta que "De cada reincidência no mal um alerta para que te mantenhas mais vigilante." Aqui não se trata apenas de cometer um ato de natureza maligna, mas também de pensar o mal. Afinal, quantos mísseis impregnados de energias mentais altamente deletériasnão enviamos aos nossos desafetos? Podemos não chegar à vias de fato, mas, em contrapartida, o mal que lhes desejamos tem efeito similar. Segue daí, portanto, a sábia recomendaçãocristã de orarmos e vigiarmos sempre. Nós nunca sabemos quando seremos submetidos aos testes que exigirão extrema coerência de nossa parte. Ao nos sairmos mal, dependendo do momento em que a falha se der, podemos arruinar todo o esforço de uma encarnação.

O ínclito mentor nos concita a evitarmos os deslizes, pois, em todas as ocasiões nas quais eles se repetem, devemos nos lembrar da nossa enorme fragilidade. Tais experiências deveriam sempre nos levar a meditar sobre o imperativo da autocrítica permanente. Ou seja, de arrefecermos a nossa tendênciaatávica de axeltarmos nossas supostas vitórias e qualidades e de diminuirmos nossos erros e desacertos. Da obrigação de calarmos a bocaquando não nos achamos em condições de falar o bem.

Segundo o irmão José, as lágrimas nos ajudam a enxergar melhoro caminho. Aliás, as lágrimas têm efeito benéfico de nos ajudar a purificarmos a nossa alma. Trta-se de um processo catártico de alto significado espiritual.

Na sensata opinião do citado mentor, temos, nos sofrimentos que padecemos, incentivos concretos para que nos fortaleçamos na fé. Pos mais difícil que seja, compreendamos que "... todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus...", conforme asseverou o apóstolo Paulo. Vejamos nos sofrimentos, já que se trata de algo inevitável, uma portunidade de quitação de nossas dívidas para com o mais alto. Ou como um teste no qualse medirá a robustez da nossa confiança em Deus. Ou como afirmou ainda Jesus "O sofrimento é benção que o PAI oferece aos seus eleitos, a fim de que não se percam..."

Pondera o instrutor do plano maior que nas mágoas recebidas podemos exercitar o esquecimento de nós mesmos. Afinal, ao nos esquecermos dos que nos prejudicam ou ferem, estamos colocando o nosso eu em segundo plano. Ao assim fazê-lo estamos bloqueando a causa de muitos males da Terra. Ademais, lembremos o adágio popular que diz "Quem com ferro fere, com ferro será ferido."

Observa ele ainda que as críticas são incentivos ao nosso auto-aperfeiçoamento. Infelizmente, lidamos muito mal com a crítica. Quase nunca temos a paciência e a humildade de pelo menos ouvir o que os outros têm a nos dizer, muito menos de fazermos um auto-exame. Levamos tudo para o lado pessoal. Estragamos relacionamentos. Fechamos portas.

Considera também o mentor que "De cada sentimento de culpa a valorização da virtude." O sentimento de culpa pu remorso é a consciência a nos cobrar. Ao nos cobrarmos estamos nos punindo por erros cometidos. Portanto, acatemos a recomendação divina: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso PAI que está nos céus". Ou como salientou o espírito de Françóis-Nicolas-Madeleine "Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto são qualidades do homem virtuoso".

Graças a Deus não estamos na vida abandonados à própria sorte. Portanto, abramos os nossos canais de recepção com a espiritualidade para não lamentarmos amanhã, injustamente, que não fomos avisados.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Há um Gandhi dentro de nós



Transcrevo reportagem da RIE de novembro de 2007 de autoria de Adilton Pugliese:


Ela nascera em 1926 e havia terminado a escola secundária na primavera de 1942, O seu sonho era obter treinamento como técnica de laboratório e, em seguida, ingressar na faculdade de medicina. Nascera e morara em Zurique, na Suiça. Seu pai, contudo, desejava que ela fosse secretaria-guarda livros. Mas outro seria o destino da Dra. Elisabeth Kübler-Ross, a famosa autora de On Death and Dying (Sobre a morte e o morrer) best-seller publicado em 1970, e de outras obras a exemplo de Morte - Estágio final da evolução, O Túnel e a Luz e Viver até dizer adeus.

Em seu livro autobiográfico, A roda da vida, a Dra. Elisabeth narra emocionante experiência quando logo após o término da Segunda Guerra Mundial na Europa, em 07 de maio de 1945 se ditigiu a Varsóvia, na Polônia . Antes de sair de Estocolmo, trabalhou cortando feno e tirando leite das vacas de um fazendeiro, a fim de obter o dinheiro para a viagem.

Na estadia na Polônia visita o campo de concentração de Maidanek, "uma das tristemente famosas usinas de morte de Adolf Hitler. Ali, onde mais de trezentas mil pessoas haviam morrido, uma sua amiga polonesatambém perdera o marido e doze dos seus treze filhos". Tudo era vestígio de um sinistro passado.

Visitando os alojamentos, meditava "como a vida podia ser tão cruel?". Ela "queria compreender como seres humanos podem agir de forma tão criminos com relação a outros seres humanos , em especial crianças inocentes".

De repente, os seus pensamentos foram interrompidos por uma voz calma e segura de uma jovem chamada Golda:

- "Você também seria capaz de fazer isso, se tivesse sido criada na Alemanha nazista". Elisabeth reage, indignada, declarando que era uma pacifista e que tinha sido criada por uma boa família num país pacífico.

Golda, contudo, justifica a sua opinião. Nascida na Alemanha, aos doze anos a Gestapo levara o seu pai e ela nunca mais o viu. Depois toda a família foi deportada para Maidanek e forçada a entrar numa câmara de gás. Ela, Golda, tinha sido a última pessoa que os nazistas empurravam para fechar a porta do crematório. Por um milagre ou intervenção divina a porta não se fechava com ela lá dentro. A câmara estava cheia demais. Então os carrascos a puxaram e a lançaram para fora, ao ar livre. Como já estava na lista da morte, julgaram que estivesse morta e nunca mais chamaram seu nome. A sua vida foi poupada.

Mais tarde, ao fim da guerra, quando saiu de Maidanek, estava aflita pela "raiva e amargura que tomaram conta dela. Era inconcebível passar o resto de sua preciosa vida destilando ódio". Considerou, então, que "a única maneira de encontrar a paz é deixar que o passado fique para trás" e que se usasse a sua vida, que foi poupada, para plantar as sementes do ódio, ela não seria muito diferente de Hitler.

Golda transmite a Elisabeth o seu novo ânimo: "- Se eu puder mudar a vida de uma pessoa transformando seu ódio e seu desejo de vingança em amor e comiseração, mereci sobreviver".

A futura psiquiatra Kübler-Ross , que anos depois mudaria a percepção da morte, sente-se envolvida por aquela disposição de mudança e idealiza ali que o objetivo de sua vida seria procurar garantir que as gerações futuras não produzissem um novo Hitler. Antes de deixar a Polônia, contudo, viveria a marcante experiência fo prognóstico de Golda.

Tentando retornar à Suíça, ocorrem momentos perigosos e afligentes, caminhando por estradas de cascalho, suando de febre e rezando muito. A fome a domina e a enfraquece. De repente, tem a sensação de ver uma menina passando numa bicicleta e comendo um sanduíche. Por um instante considerou a possibilidade de roubar aquele sanduiche arrancando-o da mão da criança. Nesse impasse, no seu delírio, vê a imagem de Golda dizendo-lhe: "-Cuidado, há um Hitler dentro de nós!". Então se assusta, controla-se e compreende. A possibilidade era correta, só depende das circunstâncias, reflete. Porteriormente é conduzida a um hospital alemão "por uma mulher que estava a catar lenha" e, reconhecida como de origem suíça, é atendida e medicada.

Anos depois, após as suas famosas experiências trabalhando com pacientes terminais, promovendo concorridos seminários sobre a morte e o processo de morrer, na Universidade de Chicago, e mantendo os surpreendentes diálogos com os que reviveram depois da morte, ela escreveu, juntamente com o Dr. David Kessler, de Los Angeles, Califórnia, o livro Os Segredos da Vida, onde apresentam quatorze lições "combinando histórias comoventes com uma lição profunda".

Em sua mensagem de abertura do livro a Dra. Elisabeth, que desencarnou em 24 de agosto de 2004, aos 78 anos, considera que durante a vida todos temos lições a aprender, sobretudo junto àqueles que estão no limiar da morte, declarando que após as lições que aprendeu sobre a morte e o morrer estava aprendendo as "últimas lições", aquelas que contém as verdades essenciais a respeito da vida. Por isso, enfatiza que quis escrever nesse livro sobre a vida e o viver.

Lembrando-se, certamente, da jovem alemã Golda, afirma: "Cada um de nós tem dentro de si um Gandhi e um Hitler. O Gandhi corresponde ao que há de melhor em nós, nosso lado capaz de maiuor compaixão, enquanto o Hitler corresponde aos nossos aspectos negativos e mesquinhos. Nosso desafio é descobrir e desenvolver o que há de melhor em nós e nos outros. Aprender as lições capazes de curar nosso espírito - nossa alma - e de trazer à tona a pessoa que realmente somos".

Jesus, em momento comovente com os discipulos, sentenciou:"O Reino de Deus está dentro de vós".

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, na questão 605, dialoga com as Entidades Codificadoras do Espiritismo, indagando-lhe se o homem não possuiria duas almas: a alma animal e a alma espírita, o que justificaria, assim, serem os bons e os maus instintos do homem efeito da prodominância de uma ou outra dessas almas.

O Mestre da Doutrina Espírita obtém como resposta que não, o homem não tem duas almas. Dupla no homem só é a natureza. Há nele a natureza animal e a natureza espiritual, dizem-lhe os espíritos. E na pergunta 742 irá se aprofundar na questão, buscando, como sempre, novas informações, novos contornos e ilações que lhe permitam desvendar o enigma dos implusos e transtornos humanos. Indaga, então: "- Que é o que impele o homem à guerra?". E os Benfeitores respondem: "- Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões".

Prosseguindo os seus revolucionários estudos psicológicos, questiona no item 743: "- Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?". E naqueles dias primordiais da Codificação Espírita o médium escreve a resposta dos Imortais: "- Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos".

"Vou dançar em todas as galáxias", teria dito a Dra. Kübler-Ross, ao perceberm no Arizona, que se aproximava o momento do retorno ao Mundo Maior. Depois de uma vida de exemplo e estudo, provavelmente experimenta momentos de encantamento, após a morte, o morrer e o sobreviver, vivendo, ao lado do Mahatma Gandhi e de outros que superaram os impulsos da matéria, a ventura dos justos e dos que dedicaram a sua vida em benefício da humanidade.

domingo, 11 de abril de 2010

Sorria!



Reproduzo trechos do livro "Pense sobre isso..." de Jacob Melo o qual recomendo a leitura por trazer lições fantásticas para a vida e a felicidade.

"Sorrir da vida, para a vida, pela vida e com a vida, todos conjugados, retrata um sentido amadurecido do humor. Quem sorri da vida sorri de tudo o que lhe acontece não se permitindo ficar preso ao lado negativo das coisas. Quem sorri para a vida está a lhe dizer que guarda disposição, ânimo e fé ante tudo o que é, o que foi e o que virá por seus favores. Quem sorri pela vida vive satisfeito, transporta-se nos veículos da alegria e seu ponto de parada é sempre um porto de felicidade. E com sorri com a vida desfruta a leveza do otimismo, fazendo-se sentir no céu, mesmo quando situações infernais pareçam querer cruzar seu caminho.

O sorriso de uma criança, de uma mulher, dde um idoso, consegue remover o cimento da sisudez de quem anda triste tanto quanto os traços e vincos de quem sofre uma mágoa. Ilumina sem ferir a retinado iluminado, clareia sem ofuscar o brilho do vidente, realça o belo por sombrear maldade.

Tensões originárias de problemas econômicos, financeiros, familiares, escolares, profissionais, sociais , amorosos, de saúde - ou sua falta - e de muitas outras fontes vivem perseguindo as criaturas. Só que essa perseguição não se dá no sentido destrutivo ou aniquilador, mas sob a forma de testar resistências, fazer despertar a criatividade, ensejar reflexões, propiciar recomeços, indicar providências diversas enfim. Só que nem todos percebem tais ocorrências sob esse enfoque. Qual a causa? A resposta é direta: a falta de senso de humor.

Dentro da linhagem dessa análise, o humor é deveras fundamental para que não fiquemos presos nas celas do desespero, no calabouço da loucura. O humor apurado faz com que enxerguemos na bagunça uma lógica; na desordem, uma ordem implícita; na maldade, um equívoco; na lágrima, uma expressão de múltiplas expressões; na dor, uma lição; na dura prova, um teste de admissão à vida superior; no erro, uma possibilidade de acerto, e assim por diante.

O senso de humor é sempre sábio, criativo, leve e aberto. Elimina a hipótese da irreflexão, até porque ele precisa ser refletido. O humor não move apenas os músculos, plexos e estruturas do corpo físico, sua atuação é de maior profundidade, gerando repercussões na essência, no espírito."