Nova postagem no blog próximo sábado

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Calculando as 100 pombas...

    "Se vosso irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o entre ti e ele somente; se te ouvir, ganhado terás a teu irmão. Então, chegando-se Pedro a ele, perguntou: Senhor, quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe? Será até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes." ESE Cap. X item 3

   Caríssima amiga Maria Lúcia, professora de matemática, sempre apaixonada pelos números, diz-me seguidamente que na vida tudo é uma perfeita matemática, que a matemática está em tudo.

   E lendo o evangelho deparei-me com essa operação aparentemente simples, ensinada pelo sábio e sublime Mestre, repare bem, meu amigo, eu digo aparentemente simples...

   Era costume da época que se perdoasse ao próximo sete vezes, Pedro logo inquiriu ao Mestre sobre o costume e se o mesmo deveria ser seguido, obtendo a resposta do Mestre de que o perdão deveria ser muito maior do que sete vezes, deveria ser aplicado em grau infinito.

   Logo, setenta vezes sete é diferente de 490, pois a equação tende ao infinito... perdoem-me as professoras de matemática...

   Percebemos que a equação não é assim tão simples, o que me faz lembrar de uma charada que meu pai fazia conosco e que até hoje não descobrimos a resposta, lembro-me que começava com "Adeus minhas 100 pombas... lembro de passar tardes de lápis e borracha em punho tentando calcular as pombas... nunca cheguei a uma solução concreta!

   E quanto a equação do Mestre? Quantas vezes o amigo leitor já se pegou de lápis e borracha em punho tentando resolvê-la, confesso que meu lápis já está no toco de tanto ser apontado e a borracha está bem gasta, logo precisarei trocá-los, mas confesso que ainda não consegui chegar a uma unidade que seja dessa equação...

   Mas não desistirei jamais, não desista também meu amigo, o Pai infinitamente justo e bom tem a solução da equação e portanto a aplica o tempo todos conosco nos concedendo sempre mais uma oportunidade e mais uma e mais uma, essa equação também tende ao infinito...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Primeira Pedra

   "Condenaremos no próximo as dificuldades que trazemos dentro de nós, muitas vezes em níveis inconscientes." Andrei Moreira

   Já havia escrito em postagem mais antiga denominada "juízes da consciência alheia" o quanto temos o hábito de apontar o erro do outro.

   Basta que uma notícia circule em jornais, mídias, redes sociais para que imediatamente emitamos nossa opinião a respeito, normalmente condenando de maneira implacável aquele que como muitos de nós cometeu um erro.

   Somos implacáveis!!! Juízes supremos.... esquecemos aquela voz suave, melodiosa, doce, pura, mas também vibrante e enérgica que um dia em um desses nossos momentos de poderosos juízes nos convidou a que atirasse a primeira pedra aquele que nunca houvesse pecado... lentamente nos retiramos um a um envergonhados de nós mesmos.

   Mas passado algum tempo, esquecidos da lição, voltamos às velhas práticas...

   Julgamos o colega de trabalho preguiçoso, quando também temos nossos momentos de desleixo...

   Julgamos as agressões físicas e agredimos aqueles nos cercam com palavras duras e até mesmo com a nossa indiferença...

   Julgamos o motorista que nos fecha no trânsito ou que provoca um acidente, mas pegamos nosso carro depois de um copinho de cerveja, poque somos experientes e só um copinho não altera os nossos reflexos, mas somos os primeiros a desconfiar da embriaguez do motorista do acidente...

   Quando aprenderemos tuas lições Pai? Quantas vezes voltaremos a atirar a primeira pedra? Já se passaram mais de 2000 anos... e ainda engatinhamos....

   E com a mesma ferocidade com que julgamos, um dia seremos julgados pela nossa própria consciência, e que a misericórdia divina se compadeça de todos nós...