Nova postagem no blog próximo sábado

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dependência Química



Do Livro "Espiritismo, uma nova era" de Richard Sominetti:
Geralmente os fumantes, os alcoólatras, os toxicômanos alegam imensa dificuldade em reagir.

É verdade.

A dependência química é terrível.

E há, também, a influência espiritual.

A experiência demonstra que o vício gera condicionamentos perispirituais. O desencarnado continua domindao pelo vício. Por isso passa a assediar pessoas com as mesmas tendências, a fim de que, estabelecendo uma associação psíquica, possa satisfazer-se junto com o encarnado quando ele se satisfaz.

Então, enfrentando seus próprios condicionamentos, o dependente ainda é pressionado pelos desencarnados, igualmente ansiosos.

Fica difícil...

Mas ele não está inerme, nem entregue à própria dorte.

Em seu benefício há tratamentos de desintoxicação, medicamentos de contenção, orientação psicológica, ajuda espiritual, e há, sobretudo, a oração.

Se, a cada momento em que sentir a compulsão indesejável, o dependente implorar, do mais recôndito de sua consciência, com todas as forças de sua alma, a ajuda divina, haverá de resistir.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Compreensão



Do livro "Espiritismo, uma nova era" de Richard Simotti:
O plantonista do atendimento fraterno, no Centro Espírita, conversava com o assistido.

- Então, meu amigo, como tem passado? Melhorou o ânimo, superou as tensões?

O interpelado esboçou um sorriso.

- Bem, com os passes magnéticos semanais e a leitura diária do Evangelho, sinto-me mais animado. Mas os problemas permanencem do mesmo tamanho. Minha esposa, neurótica como sempre, atazana minha vida; os filhos, indisciplinados, conturbam o lar; os subordinados, na atividade profissional, são uns incompetentes, obrigando-me a redobrada vigilãncia. Tudo isso me aborrece muito... Precisaria receber pelo menos três passes diários para compensar os desgastes...

- Fardo pesado?...

- Nem me fale! Como dizia o filósofo, "o inferno são os outros!..."

- Tem orado?

- Sim, conforme sua recomendação, todas as noites, após a leitura do evangelho.

- E como faz?

- Dirijo-me a Jesus...

- Sim, mas o que pede?

- Que dê um jeito na minha vida, tornando minha mulher menos impertinente, meus filhos mais obedientes, minha saúde menos oscilantes, meus subordinados mais aplicados...

- Bem, sugiro uma mudança. Peça as bençãos divinas para a sua família, seus negócios, sua vida, sem detalhamentos. E centralize a oração num ponto fundamental: peça a Deus que lhe dê o dom da compreensão.

- Só isso?

- Sim.

- Será bem curta...

- Não é a extensão que faz a oração funcionar. Deus sabe de nossas necessidades. Deixe falar o coração...

Após algumas semanas o assistido retornou, expressão alegre, feliz...

- Então, como está?

- Ótimo! A oração que me ensinou é jóia! A esposa está numa fase boa, os filhos mais obedientes, os funcionários da empresa mais aplicados, a saúde melhor. Parece mágica! Mudou tudo!

O plantonista sorriu:

- Não há nenhuma magia, meu amigo. O que mudou foi a sua visão. a partir do momento em que deixou de pedir a Deus que desse um jeito naqueles que o cercam e pediu um jeito de enxergá-los melhor. Cultivando a compreensão aprendemos a respeitar a maneira de ser das pessoas, sem a pretensão de moldá-las às nossas conveniências.

- Curioso é que elas melhoram...

- Apenas respondem aos nossos estímulos, quando nos propomos a identificar seus valores positivos e relevar suas falhas. É como cuidar de plantas. Se nutrirmos espinhos teremos o espinheiro. Se irrigamos flores, formaremos um jardim. A compreensão o fez melhor e o mundo melhorou com você.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Reuniões Mediúnicas

Do Livro "Espiritismo, uma nova era" de Richard Simonetti


As reuniões mediúnicas organizadas sob os padrões da Doutrina Espírita, tendo por orientação O Livro dos Médiuns, revelam que há multidões de Espíritos desencarnados com dificuldades de adaptação à Vida Espiritual.

Trazem a mente conturbada, tão envolvida por interesses, pensamentos e sentimentos relacionados com a existência física, que sequer conseguem perceber sua condição.

Sonâmbulos que falam e ouvem, comportam-se como doentes mentais, alienados da realidade espiritual.

Não são necessariamente pessoas de má índole, criminosos, assassinos, viciados... Apenas estavam despreparados para a grande transição.

A reunião mediúnica funciona como um pronto-socorro.

Em contato com as energias do ambiente e dos médiuns, experimentam alguma lucidez, deixam por momentos a conturbação em que vivem; habilitam-se a conversar, a receber orientações e esclarecimentos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Mundo Espiritual


Trecho do livro Espiritismo, uma nova era de Richard Simonetti que trata da vida no mundo espiritual, o texto é muito interessante e gostaria de compartilhar:

Segundo a Doutrina Espírita, quando o espírito desencarna, deixa a dimensão física, onde ficou o corpo, a máquina que usava, e entra na dimensão espiritual, que se desdobra em vários níveis.

Os antigos diziam que há sete céus superpostos, acima da crosta terrestre, habitados pelos mortos, de conformidade com seus méritos.

Quanto maior o merecimento do falecido, mais alto vai viver, mais com´pleta a felicidade. Por isso, quando alguém é muito feliz costuma-se dizer que está "no sétimo céu", uma espécie de cobertura de luxo no edifício celeste.

Nossos ancestrais intuíram a verdade, embora não tivessem uma visão ampla sobre o assunto.

Imaginemos a Terra como uma imensa cebola.

Na primeira camada interior estaria a crosta, onde vivemos.

Nas demais, as regiões espirituais.

A densidade subordina-se à altura.

Nas mais altas estariam os espíritos depurados (mais puros)

Nas mais baixas, espíritos comprometidos com a vida terrestre.

Quando desencarnamos estamos de imediato na primeira camada, muito densa, uma projeção do plano físico.

O que vai definir quanto tempo ficaremos por aqui é a condição de nosso perispírito, o corpo celeste, a que se refere Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios.

Quanto mais envolvido o indivíduo com a vida material, seus vícios e paixões, maior a densidade perispiritual.

Pessoas assim, ao desencarnarem permanecem em convivência com os homens, geralmente sem consciência de sua nova condição, por absoluto despreparo para a vida além-túmulo.

Não raro, atormentadas e perplexas, perturbam os familiares, procurando socorro.

Com o passar do tempo, desfazendo-se as vibrações mais grosseiras, o espírito terá uma densidade perispiritual menor, como um balão que reduz o lastro que o prende à Terra.

Poderíamos situar as regiões próximas à Terra, que o Espírito André Luiz denomina Umbral, como purgatoriais.

Nelas os desencarnados fazem estágios depuradores para perder lastro.

...



Os espíritos em regiões purgatoriais tendem a se reunir, de conformidade com a natureza de suas mazelas e crimes. Constituem grupos afins, os avarentos, os assassinos, os assaltantes, os maledicentes, os invejosos, os viciosos, os pervertidos.

Destaque especial, nas informações espíritas, para os suicidas, que se situam em regiões específicas, de sofrimentos inenarráveis, sem similar na Terra.

São os chamados vales dos suicidas.

...

O estágio do Espírito em regiões umbralinas não é um castigo de Deus, nem implica o pagamento de suas dívidas, que deverão ser ressarcidas em novas existências na carne.

Está ali porque sua densidade perispiritual impede o acesso aos planos mais altos.

E ali ficará até que reconheça sua miséria moral e deseje sinceramente, do fundo do seu coração, modificar-se. Isso o libertará dos lastros da rebeldia e da revolta, habilitando-o a ser atendido em organizações assitenciais, em pleno umbral, verdadeiros oásis em meio à aridez do deserto.