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sexta-feira, 12 de março de 2010

Inútes, Absurdos, Paradoxais



Era o filho único do casal.

Criado com amor, porém com férrea disciplina, muito criança ainda, já se queixavada falta dce liberdade.

Crescia, desse modo, revoltado, embora o constante carinho no lar.

Completando dezoito anos, fugiu de casa, abolindo as obrigações afetivas. Declarava-se tolhido e cansado.

- Vou viver a minha vida - afirmava.

E mudou-se para região muito distante, adotando até mesmo outro nome.

Os anos correram. Ele prosperou. Adquiriu maiores experiências. Ganhou abastança. Casou-se.

Conservava, no entanto, o velho e amargoso ressentimento contra os pais.

Ainda que desconhecesse qualquer notícia, perante a esposa dizia-se órfão.

Uma filha veio enriquecer-lhe a existência.

E, mais tarde, um filho também chegou...

Sentia-se feliz, realizado... Tudo fazia em favor dos filhos, amando-os com extremos de adoração.

Na idade madura, desencarnou, guardando ainda profunda mágoa para com os pais e cultivando profundo amor para com os filhos.

Ao chegar ao plano espiritual, entretanto, soube que os filhos eram seus próprios pais renascidos depois de haverem desencarnado em razão da dor incoercível a que se haviam entregue, diante da sua fuga...


São assim os rancores no coração humano: inúteis, absurdos, paradoxais...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Experiências



Do livro Bem-Aventurados os Simples de Waldo Vieira pelo espírito Valérium

O menino de olhar manso e roupa rasgada namora o bolo na vitrina do restaurante.
Cavalheiro bem vestido vai entrando e o pequenino roga-lhe um pedaço.
O homem afasta-o, irritado, e transpõe a porta, buscando refeição.
Passa jovem mulher com grande bolsa a bambolear-se e o garoto volta a pedir.
Mas, inutilmente.
A moça nega-lhe o pedaço de pão-de-ló, falando em vadios e malfeitores.

Nisso chega andrajoso mendigo e seu olhar cruza com o olhar do menino que nada lhe pede e continua contemplando o petisco.

O velhinho, condoído, procura algum dinheiro no paletó em frangalhos, compra um naco de bolo e, sorrindo, entrega a preciosidade à criança que, surpresa, agradece, somendo avidamente.


A justiça da reencarnação possibilita às almas o rodízio indispensável nas condições diversas da vida humana, para que os espíritos experimentem todos os tipos de aprendizedo; contudo, entendemos cojm mais segurança e nos predispomos a auxiliar com mais presteza o próximo, quando já passamos pelas mesmas dificuldades que o atormentam.

Bendigamos, assim, a provação que a Terra porventura nos apresente, porque apenas as duras experiências vividas nos ensinam a ajudar aos nossos irmãos em duras experiências, e somente auxiliando os outros é que seremos auxiliados.


Como diz o poeta inglês Robert Browning:

"Caminhei dez quilômetros com o prazer.

Ele tagarelou o tempo todo,

Falou muito, sem nada me ensinar.

Caminhei um quilômetro com a dor,

Ela não falou nada, não pronunciou uma palavra,

Mas quantas coisas aprendi

Quando a dor foi minha companheira!"

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mensagem de Chico Xavier - Jesus em Nós


Há um conceito antigo que assevera : Deus socorre a criatura pela própria criatura.

Então, vamos pensar, a Bondade Divina suscitou a inteligência humana para sanar o problema da distância e o problema da distância foi vencido pelo avião, pelo automóvel, vamos dizer, pelo motor.

A misericórdia de Deus inspirou a inteligência humana e o homem venceu uma peste como sendo a varíola através da vacina, e o homem se libertou da febre amarela, da peste bubônica, da varíola e de outras moléstias consideradas quase que irreversíveis ou fatais.

O homem suscitou necessidade de mais aproximação, uns com os outros, e a Bondade de Deus, através da inteligência humana, nos deu a onda hertziana, o rádio, a televisão e todo esse mundo de comunicações em que dentro de segundos o que acontece num hemisfério pode ser conhecido no outro lado do Planeta.

Então, nós vemos, por exemplo, o homem sentiu o flagelo e a fome, mas a Bondade de Deus suscitou à cabeça humana diversas formas de produção e, sobretudo, transpoorte rápido e o transporte rápido, se exercido fielmente, aniquila a fome.

A fome deixou de existir, mas a inteligência humana não foi capaz de eliminar o ódio criado por ela mesma, porque Deus não criou o homem para ter o destino de um robô, mas sim de ser um cooperador inteligente do próprio Deus na Criação.

Então, em matéria de sentimentos, Deus não podia violentar o homem.

A guerra se deve ao ódio entre os povos, ódio que ainda não foi vencido, porque Deus não é Pai de violência, mas, sim Pai de infinito Amor e deixa por conta dos seus filhos a solução das necessidades da confraternização geral entre todos, o amor entre todos, a simplicidade, a humildade, a bondade, a compreensão humana para que a violência seja banida da Terra.

Enquanto o homem odiar, enquanto houver ressentimento no coração de alguém, porque o ressentimento é um pedacinho da guerra, enquanto houver ressentimento, então, nós somos obrigados a considerar que devemos esse flagelo ao Homem, ao Homem, considerando aos homens e às senhoras do mundo, porque não é problema para que pudesse vir um auxilio exterior para ser exterminado, porque tudo que é perigo exterior Deus tem suscitado à ciência humana os recursos para que esses perigos sejam eliminados.

Então todas essas manifestações dolorosas de guerra, de separação, de violência, isso tudo, nós somos os responsáveis por elas, porque elas nascem do nosso sentimento.

Agora, as doenças, mesmo as que hoje são consideradas perigosas, como sendo a aids, por exemplo, e outras doenças, nós confiamos em Deus que a ciência vai descobrir meios de vacinação das criaturas, e todos os males físicos, como o câncer, serão debelados, porque também a tuberculose e a lepra foram debeladas.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sobre a Criança...



As nossas crianças, os filhos que nos chegam ao lar são como livros que possuem muitas páginas já escritas e nós iremos colaborar na escritura de uma nova página.

São espíritos que já tiveram muitas outras vidas e que nos são confiados por Deus para que os guiemos, os eduquemos para essa próxima experiência carnal que irão vivenciar. O lar será a primeira escola para a criança.

E a educação deve começar no período da gestação, pois o feto que está desenvolvendo já possui um espírito ligado a ele que capta as nossas vibrações, os nossos sentimentos. Por isso, antes do contato com o mundo já podemos ir trabalhando a alma do reencarnante através do carinho, do afeto, da tranqüilidade.

Nesse período é necessário cuidado com as rejeições do tipo “eu não queria um filho agora” ou “eu queria um menino e é uma menina”, pois o espírito registra esse sentimento e pode se sentir rejeitado.

Depois do nascimento devemos continuar a educação moral da criança, não devemos de forma alguma traumatizar a criança com violência ou com palavras, mas precisamos educá-las, não apenas com educação formal, mas com educação moral. Hoje vemos muitos jovens e crianças sem limites que não respeitam ninguém e que ainda tem o aval dos pais. Quantas vezes vemos professores que procuram corrigir as crianças, o que deveria ter sido feito em casa, e os pais vão tirar satisfação reforçando, muitas vezes, o mau caráter que o filho está apresentando.

Reforçamos que nunca, em hipótese alguma, há razão para agredir, porque assim só ensinaremos a violência, mas devemos dar limites: dizer sim e dizer NÃO. Não precisamos dizer não com crueldade, mas explicar o porquê do não com diálogo, o que não podemos é dizer sempre sim para nos livrarmos do problema.
Devemos dizer sim quando a nossa consciência mandar e dizer não todas as vezes que for necessário.

Algo muito comum e que devemos evitar é quando marido e mulher disputam na educação do filho. Quando um diz não e o outro diz sim para contrariar. Além de criarmos atrito com o cônjuge, desnecessariamente, estamos estragando a educação dos nossos filhos e o respeito que ele tem pela mãe ou pelo pai. Precisamos educar em parceria.

E não vamos nos preocupar se o nosso filho chorar porque lhe dissemos não. Mais tarde ele compreenderá e será grato por isso. É melhor que ele chore hoje no nosso lar do que mais tarde ele e nós choremos num presídio, num hospital ou num cemitério.

O diálogo é sempre o meio mais adequado. Devemos conversar com os nossos filhos com carinho autoridade. Necessitamos “arrumar tempo” para isso porque são os pais que devem educar as crianças e não a TV ou o computador.

Um dos erros que cometemos é quando dizemos: “Quero dar ao meu filho tudo o que eu não tive”, mas nós não tivemos porque era o contexto adequado a nossa necessidade evolutiva. Nossos filhos não somos nós e aquilo que não tivemos não nos fez falta, nos tornamos adultos, trabalhamos, construímos um lar, tivemos o que necessitávamos. Mas se quisermos dar aos nossos filhos tudo o que não tivemos vamos sufocá-los, temos que dar aos nossos filhos o que eles precisam e não o que não tivemos, senão seremos para eles um banco e não pai e mãe.
É importante que as crianças cresçam entendendo as dificuldades da família e que sejam parceiros quando a família passa por períodos de dificuldades financeiras.

Amar significa fazer o filho crescer e não apenas carregá-lo no colo.

As mães e pais devem chamar a criança para ajudar nos afazeres domésticos leves para ensinar a importância e a necessidade do trabalho e de ser útil.

Temos o hábito de dizer que educamos todos os filhos de forma igual e como podem ser tão diferentes? Cada filho é diferente e deve ser educado de forma diferente. Cada um tem as suas características próprias e a educação deve ser moldar a essas características.

Um outro ponto importante é quando queremos nos projetar nos nossos filhos, querer que eles sejam o que nós não pudemos ser, queremos nos realizar neles. Nossos filhos não somos nós, eles têm suas próprias inclinações que devem ser respeitadas. Se nós por diversos motivos (financeiros, falta de oportunidade) não pudemos ser o que realmente gostaríamos, nós podemos permitir que os nossos filhos decidam pelas suas vidas. Lógico que com a nossa orientação, não os largaremos para fazerem o que quiserem e como quiserem, vamos ouvi-los e orientá-los a seguir o caminho que eles escolheram. Não nos projetemos nos nossos filhos para que não se tornem pessoas frustradas por terem feito o que nós queríamos e não o que eles queriam. Deixemos que eles vivam os próprios sonhos e não os nossos.

A paternidade e a maternidade são uma missão. È colaborar com a obra de Deus e devemos assumir a responsabilidade de ensinar às crianças: responsabilidade, respeito, auto-respeito, compaixão, fraternidade...

Não devemos educá-los somente na parte material, mas é preciso uma educação espiritual. Ensinar aos nossos filhos que a felicidade não está nas coisas materiais.
Devemos realizar com eles o evangelho no lar e trazê-los para a evangelização.
A evangelização infantil beneficia o espírito dando diretrizes morais que irão auxiliá-los não só nesta existência, mas será como um farol iluminando suas vidas como espíritos imortais.
Nossa casa espírita oferecerá a partir de abril a evangelização para crianças a partir dos 5 anos de idade e que irá se realizar no mesmo horário desta reunião. Enquanto os pais assistem a exposição as crianças estarão lá em cima com as evangelizadoras. Em breve o DIJ nos trará mais informações, mas fica já o convite para que tragam suas crianças porque:

Se não dermos luzes aos nossos filhos, eles se intoxicaram nas sombras.