Nova postagem no blog próximo sábado

sexta-feira, 26 de março de 2010

Casamento



Do Livro "Filhos, como educá-los" de Roque Jacinto:


O casamento não se realiza ao acaso.

Almas compromissadas por múltiplas falhas e por quedas espetaculares, ao longo de múltiplas reencarnações, têm, no casamento, um novo encontro, sempre com a consequência de resoluções tomadas na vida vida espiritual.

Enquanto não disponham, porém, de educação espiritual necessária, sarão os Mentores Espirituais que definirão as linhas e a orientação do casamento necessário com a alma que mais lhe convém.

São eles, portanto, os patronos do casamento.

Aproximam, assim, via reencarnação, um novo mergulho no esquecimento da carne aos que necessitam de reencontrar-se sob o mesmo teto.

Levam os parceiros a se buscarem, no palco da Terra, para resgatarem suas dívidas de amor e, ao mesmo tempo, providenciam aquelas outras almas que irão compor a escola familiar de que são absolutamente carentes.

Amiúde, o reencontro com o parceiro ou a parceira de vidas anteriores, faz parte de suas experiências necessárias, notadamente quando há dívidas de afeto entre si e, por isso, esse casamento é quase um mergulhonecessário em provações expiatórias.

Se, no entanto, o enlace é de almas que se purificam, temos, no casamento, almas que se unem para tarefas ou missões regenerativas ou santificantes.

Não há, pois, casamento ao acaso.

Os que se unem pelo casamento realizam o que haviam aceito ou traçado para a sua atual romangem terrena, sob o amparoe vigilância de seus Mentores ou patronos espirituais.

As uniões são, portanto, felizes ou infelizes de acordo com o nível espiritual dos que se aproximaram para a formação do lar.

O lar é um cadinho de purificação.

Se houver, ali, conflitos decorrentes de nossa imaturidade espiritual, lembremo-nos de que um dia deveremos compreender-nos e tolerar-nos e quanto mais cedo isso se realizar, mais cedo teremos liquidado débitos na contabilidade da vida.

Utilizemos, pois, a oportunidade presente para o ajuste necessário, a fim de não transferir para um amanhã desconhecido os reajustes afetivos a que fomos convocados nesta hora.

Os conflitos entre casais denunciam, pois, acima de tudo, apenas ausência do Evangelho no Lar.

O Evangelho nos dará tolerância e um sentido mais amplo de compreensão, de renúncia, de piedade, caridade e fraternidade legítimas.

Se Jesus nos convida a perdoar os nossos inimigos, fazendo o Bem a quem nos faça o mal, com isso Ele nos investe nos deveres do perdão incondicional dentro do lar.

Aceite que não somos tão virtuosos.

Assim, compreenderemos que, nos eventuais desencontros dentro do casamento, todos temos parcelas de culpa e ninguém é inocente por inteiro.

Perdoemo-nos mutuamente.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Tempo...



Transcrevo trecho de Reportagem da RIE agosto de 2007 intitulada "Índices Precursores" de Doris Madeira Gandres:

Haverá sempre alguém a quem possamos ajudar e queira ajudar-nos; haverá sempre uma oportunidade de aprender e também de ensinar; haverá sempre uma lágrima a partilhar e um sorriso a transmitir mitigando a solidão e a dor de alguém; haverá sempre um animalzinho a alimentar, uma plantinha para cuidar...

Só não haverá mais desculpa para a omissão, a passividade, a lamentação inoperantes, o "deixa pra depois", o "deixa pra amanhã" - porque muito em breve não haverá mais tempo , pois o tempos é agora, hoje; o amanhã é sempre um tempo à frente, que nunca alcançamos; o amanhã jamais será o presente; o amanhã, nesse caso, poderá ser muito tarde para os que ficarmos à margem...

quarta-feira, 24 de março de 2010

O Amor de Plantão



Transcrevo reportagem da RIE (Revista Internacional do Espiritismo) de agosto de 2007 intitulada o Amor de plantão por Ricardo Orestes Forni:


"Oh! Espíritas, percebei o grande papel da humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir. Cumpri os vossos deveres e empregai o vosso amor em aproximar essa almade Deus. Essa é a missão que vos foi conferida e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente. Os vossos cuidados e a educação que lhe derdes a ajudarão no seu aperfeiçoamento e bem-estar futuros. Pensai que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: Que fizestes da criança que te confiei? Se permanecer atrasada por culpa vossa, ser-vos-á castigo o vê-la entre os espíritos sofredores, quando dependia de vós que fosse feliz." - Santo Agostinho, Paris, 1862 - ESE.

A Revista Veja, edição 2014, de 27 de junho de 2007, páginas 103 a 106, traz uma reportagem sobre as mães que têm seus filhos recolhidos por períodos longos em UTI dos hospitais. Vejamos uma pequena amostra: "No dia em que completou cinco meses de vida, A. foi levada às pressas para o pronto-socorro. Além de apresentar febre alta, a menina repirava com muita dificuldade. Da emergência, ela passou à unidade de terapia intensiva (UTI). No dia seguinte, estava entubada. Um mês depois, os médicos a submeteram a uma traqueostomia. No domingo retrasado, A. completou oito anos. Vítima de uma doença muscular, a garota perdeu todos os movimentos do corpo. Atualmente presa a um leito da unidade de terapiasemi-intensiva, comunica-se apenas com o olhar."

Continua ainda a mesma reportagem: "R. pertence a um universo invisível para quem está só de passagem por um hospital - o das mães de UTI. São aquelas mukheres que saem pela porta dos fundos das maternidades, sem o filho recém-nascido nos braços. Ou aquelas que, como R., se vêem obrigadas a devolver suas crianças aos cuidados da medicina. De uma hora para outra, elas são arrancadas de seu cotidiano familiar. Planos são interrompidos. A vida é suspensa pelas ameaças permanentes que pairam sobre os filhos. Não bastasse toda essa situação, ainda convivem com a culpa. Inconscientemente, responsabilizam-se pelo fato de o filho não ter nascido saudável, diz a psicóloga Daniela, da Faculdade de Saúde Pública da USP."

Ficamos a imaginar quanto sofrimento o conhecimento do espiritismo poderia evitar a esses pais que nesse momento de intensa amargura muitas vezes são levados a se perguntarem o porquê de tanto sofrimento já no início de uma existência, se pudessem ter acesso aos ensinamentos do ESE, item 6: "Que dizer enfim dessas crianças que morrem em tenra idade e que só conheceram amarguras na vida? Problamas são esses que nenhuma filosofia resolveu ainda, anomalias que religião alguma soube justificar, e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, na hipótese de haver sido a alma criada simultaneamente com o corpo e de que o seu destino se extinguisse irrevogavelmente depois de uma estada de alguns intantes na Terra." Somente a anterioridade do Espírito consegue uma explicação lógica, sem dogmas e que, portanto, consola diante desses quadros. Recordemos Kardec na questão de nº 199 do LE: "Não é racional, aliás, considerar a infância como um estado normal de inocência. Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos em idade na qual a educação não pôde , ainda, exercer a sua influência? Algumas não há que parecem trazer no berço a astúcia, a felonia, a perfídia, o instinto mesmo para o roubo e o homicídio, não obstante os bons exemplos dadospelos que com ela convivem? Mas de onde podem provir esses instintos tão diferentes em crianças da mesma idade, educadas nas mesmas condições e submetidas às mesmas influências? As que são viciadas é porque seu espírito progrediu menos e, então, sofrem as consequências, não por seus atos de crianças, mas por aqueles de suas experiências anteriores. É assim que a lei é a mesma para todos e a justiça de Deus alcança todo mundo."

Enquanto a lei de causa e efeito distribui a cada um o fruto de sua livre semeadura, a misericórdia da Providência se faz presente através do amor das mães. De plantão nas unidades de terapia intensiva, nas enfermarias dos hospitais, ao lado dos leitos pobres desprovidos de maiores recursos, nos lugares mais longínquos onde o eco responde ao gemido de tantos sofredores, entre os injustiçados, entre os jovens desorientados pelas ilusões das drogas, ao lado das mães solteiras abandonadas, ao lado de fora das penitenciárias, nas mais econdidas das lágrimas e na mais intensa das dores, o amor materno está de plantão rogando ao Amor maior que tenha compaixão do filho que não sabe o que faz. E a resposta silenciosa se faz através do renovar das oportunidades para que cada filho pródigo ao Lar retorne.

terça-feira, 23 de março de 2010

Viva!!



Transcrevo mais um trecho do livro "Não é preciso dizer adeus" de Allison DuBois:

Em julho de 2001, vi no programa Oprah um homem que quase morreu em um acidente de avião uns vinte anos antes. Ele decidiu que, se sobrevivesse, viveria o mais plenamente possível e se esforçaria para fazer o bem. Como esse homem me estimulou!

Ele fez uma lista de cem coisas que queria realizar antes de morrer, e até a época do programa já havia realizado uns setenta itens. Fiz minha própria lista e sugiro veementemente que você faça a sua. A propósito, você está lendo um dos dez primeiros objetos da minha lista de realizações: um livro escrito por mim!

Experiências de quase morte parecem inspirar as pessoas a viverem mais intensamente. Mas você não precisa ter uma experiência desse tipo para optar por uma vida plena. Aprenda com os outros e viva! Apesar de haver momentos que parecem eternos, a vida é como um raio - passa rápido. Extraia alegria dos acontecimentos e compartilhe seus dons especiais com os outros. Ajude uma criança a desenvolver-se, doe seu tempo e dinheiro a uma causa válida, destine seus órgãos para doação! Confie em mim, você não vai precisar dos rins ou do fígado no outro lado e não há melhor presente do que dar uma vida nova a alguém. Não importa o que você escolher, contanto que seja algo que cause emoção e entusiasmo, algo que o toque bem fundo.

Sempre me comunico com a criança que permanece intacta dentro de mim para não perder as dádivas simples da vida. Crescer não deveria significar abrir mão delas. Por que será que olhamos encantados para as crianças com sua inocência e sua descoberta maravilhada da vida? Fazemos isso porque reconhecemos essas características em nós e sentimos saudades delas.

Você se lembra quando não conseguia entender por que existiam no mundo pessoas com fome? Lembro-me de minha mãe dizer que essas pessoas adorariam comer a comida que eu deixava no prato. Com a espontaneidade de uma criança, sugeri que ela a colocasse num envelope para enviar-lhes.

Hoje em dia, tento transpor a generosidade de minha infância para a viuda adulta. Todos os anos, no dia de Ação de Graças e no Natal, faço uma contribuição para a ceia dos desabrigados. Sei que é um gesto mínimo ante a imensidão da fome do mundo, mas é o que está ao meu alcance, e isso me faz bem. O contrário seria acomodar-me ante a impossibilidade de resolver o problema e esquecer-me dele.

Sinto que é necessário manter vivo o sonho de um mundo mais justo. Se cada um fizer uma pequena parte que seja, teremos um avanço. Mas, se deixarmos de nos conectar com os outros, acabaremos isolados e egoístas. Parece mais fácil fechar-se do que solidarizar-se com os necessitados, mas, quando nos isolamos, estamos sufocando o que há de melhor e mais essencial em nós.

Olhe em sua volta, veja quem precisa de ajuda e o que você pode fazer.

Há muitas maneiras de praticar o bem, e estender a mão é o primeiro passo. Às vezes chego a ma sentir egoísta quando me dou aos outros, pois isso me deixa quase eufórica. A ajuda que damos gera uma energia positiva que volta para nós.

Escrevi este capítulo para as pessoas que sentem um vazio interior, para as que estão procurando um objetivo ou simplesmente querem se sentir bem. É bom parar um instante para fazer-se algumas perguntas. Você se sente realizado? Ou percebe que há em você um potencial a ser concretizado? Quais são suas motivações? Está aberto para as necessidades dos outros? Tem gestos concretos de solidariedade e compaixão ante o sofrimento de alguém? Não faço essas perguntas para despertar culpa, até porque a culpa nos paralisa e não leva a nada. Faço-as porque sei que existe em você, em cada um de nós, um desejo de doação que, quando se realiza, faz nossa felicidade."

segunda-feira, 22 de março de 2010

Deus



Transcrevo um trecho de um livros não-espírita, mas espiritualista, onde a autora faz uma conceituação muito interessante sobre Deus. O Livro chama-se "Não é preciso dizer adeus" de Allison DuBois:


"Enquanto eu assistia às torres caírem (referência ao 11 de setembro), tive uma visão. Vi uma mulher usando saia e blazer, encolhida no chão de sua mesa. Estava aterrorizava e rezava, enquanto o prédio desmoronava à sua volta. Fiquei com ódio por ela ter que morrer dessa forma. Nesse momento, vi uma luz dourada fortíssima e reconfortante descer do teto em direção a ela e, à medida que descia, tomar a forma de uma mão. Nesse breve gesto de amor, o medo da mulher foi dissipado e ela soube que não estava mais só.

Há médiuns que não escrevem sobre esses temas por acharem que há uma ligação com religião. Eu não me importo, mesmo porque a mão não estava usando um símbolo religioso. Ela pertencia a um deus cheio de compaixão. A mão dessa força superior cobriu pessoas e ajudou outras a correrem, protegendo-as da morte certa. Talvez não compreendamos por que alguns vivem e outros morrem, mas isso não significa que não haja um plano que está além de nós. (ou do qual não nos lembramos enquanto encarnados, mas que certamente participamos ao escolher as provas para nossa encarnação).