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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Perigosa Ilusão

Cap. 31 do livro : O Jugo Leve pelo espírito Inácio Ferreira

   “Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.” – (Lucas, Cap. 5 – v. 16)
   Após ter efetuado a cura de um leproso, Jesus lhe recomenda discrição, ordenando-lhe “que a ninguém  o dissesse”, exceto que, conforme prescrevia a lei, fosse mostrar-se ao sacerdote.
   No entanto os seus feitos extraordinários cada vez mais de difundiam e, segundo Lucas, “grandes multidões afluíam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades”.
   Por que será, contudo, que o Senhor sempre se retirava para lugares solitários , pondo-se em oração? 
   Qual seria o seu receio?
   Com certeza, o Mestre sabia o perigo que representa a idolatria para qualquer que se encontre sob o jugo da carne.
   Ele fugia ao incenso humano, infelizmente, tão a gosto dos que estimam ser grandemente elogiados por bagatelas.
   Notemos que Jesus, tendo vindo à Terra para divulgar, através da palavra e da ação, o Reino de Deus entre os homens, solicitava silêncio em torno de certas atitudes que o colocavam em destaque.
   E “se retirava para lugares solitários e orava”, com o evidente propósito de não cair na tentação da vaidade, que demonstrava temer.
   Ora, se tal acontecia ao Cristo, o que não pode suceder a nós, espíritos ainda tão vulneráveis a qualquer espécie de bajulação?
   Quantas vezes apreciamos ser aplaudidos, quando o que fizemos nada mais foi que cumprir com a nossa obrigação?
   Chico Xavier, não raro, sendo espontaneamente aplaudido em suas aparições públicas, costumava dizer: - “Vocês estão aplaudindo um cadáver...”.
   O curioso é que muita gente desavisada, não conhecendo o risco espiritual a que se expõe, costuma, inclusive, provocar elogios a si, iludindo-se perigosamente a respeito de seus próprios méritos.