Nova postagem no blog próximo sábado

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Como estão seus pensamentos?

   "A mente é geradora de energias compatíveis com o tipo de aspiração que acalenta, movimentando-as através da corrente sanguínea que vitaliza o corpo físico. Nesse mesmo conduto as micropartículas constitutivas do perispírito conduzem as vibrações que irão produzir nas células reações correspondentes ao tipo de onda mental que seja distribuída pelo organismo e procedente do Espírito.
O fluxo constante, portanto, de pensamentos e aspirações carregados de energia saudável ou enfermiça, irá contribuir poderosamente para a estabilidade ou desajuste das estruturas celulares, abrindo espaço para a instalação e conservação da saúde ou para o surgimento e proliferação de infecções, de disfunções variadas, de alterações do metabolismo, de bem ou mal-estar." O Despertar do Espírito - Joanna de Angelis

   Muitas vezes já ouvimos dizer que somos aquilo que comemos, mas também é verdade e a ciência vem estudando que também somos aquilo que pensamos. 

   Já é conhecido e comprovado o fato de que nossos sentimentos interferem na nossa saúde orgânica, são as doenças psicossomáticas, nossa mente, nossos pensamentos, nos medos e angústias acumulados vão criando estados de stress ou depressivos que acarretam no surgimento de doenças diversas que se manifestam sem nenhuma causa aparentemente física.

   Precisamos estar atentos para que tipo de energias estamos emitindo através dos nossos pensamentos, pois seremos, certamente, os primeiros ou talvez os únicos atingidos por elas. Essas energias se salutares, repletas de confiança, fé, otimismo mantém ou nos devolvem a saúde orgânica. Quantos casos não vemos de pessoas que passam por doenças consideradas graves de forma menos sofrida, com bom ânimo, cuja recuperação surpreende os médicos.

   E outras vezes verificamos pessoas aparentemente saudáveis que impregnadas de energias negativas emitidas por elas mesmas desenvolvem doenças e estados depressivos que minam sua saúde física, algumas vezes levando-as ao desencarne.

   É necessário atenção com o nosso estado mental e espiritual, pois eles influenciam de forma decisiva sobre o nosso estado físico e são de responsabilidade exclusivamente nossa. 

   Muitas vezes reclamamos, nós espíritas, das influencias de espíritos obsessores, que nos perturbam a paz, mas esquecemos que somos os únicos responsáveis pela aproximação desse irmãos igualmente doentes, somos nós que os atraímos com nossos pensamentos enfermiços... mas isso já é assunto para uma próxima postagem...

   Pensemos sobre isso...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Teu Advogado

   "Embora todos sonhemos com um paraíso na Terra, poucos estão conscientes de que a maravilha que esperamos ver materializada por fora precisa ter começo, manutenção e nutrição no mundo interior de cada indivíduo. Desse modo, o futuro do planeta está em nossas mãos, depende de nós, indubitavelmente." Quando a Vida Responde - Raul Teixeira

   Reclamamos e esperamos sempre que alguém faça algo pelos que necessitam, é o governo, é a polícia, é o vizinho do lado, apontamos sempre quem deveria fazer o que. Mas e nós? Quando arregaçamos as mangas? Quando colocamos a mão na massa?

   Auxiliar a quem necessita, por menor que seja o gesto, uma palavra amiga, um conforto a uma mãe preocupada com o bem-estar dos filhos, é sempre um bem muito maior a nós mesmos. Um simples sorriso de gratidão pode valer pelo trabalho de anos, é reconfortante, uma injeção de estímulo. Que tal experimentar?

   "Em verdade vos digo: quantas vezes o fizestes em relação a um destes de meus irmãos pequeninos , foi a mim mesmo que o fizestes" Jesus - ESE Cap. XV item 1

   "O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte." Chico Xavier

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Arte de Envelhecer

   "A arte de envelhecer, de ceder o passo, de amparar as gerações novas, é valiosa conquista da maturidade psicológica e da saúde mental, que caracterizam aqueles que se fazem amar e que permanecem na memória de todos após o seu momento.
   É uma conquista da sabedoria poder-se distinguir o momento quando se deve ceder o trono, sem perder a compostura, de forma que fiquem as lições valiosas das realizações, continuando-se em paz interior a alegria por constatar que a obra realizada não se acabará quando cessar o período daquele que a executou." O Despertar do Espírito - Joanna de Angelis

   A sociedade em que vivemos baseada em valores frívolos e vaidades vem perdendo a arte de envelhecer. O que mais vemos são criaturas desesperadas em busca da manutenção da beleza física, conforme considerada como padrão, que o tempo vai-lhes roubando. São cirurgias plásticas, implantes, sessões disso e daquilo tudo em nome da manutenção de uma beleza efêmera.
   
   Não estou condenando a busca da saúde física, do bem-estar, do exercício físico, a manutenção de uma beleza possível natural, que talvez não tenha nada a ver com os padrões atualmente estabelecidos, mas que é uma beleza real.

   Vemos mulheres cheias de cirurgias buscando competir com filhas e netas pra saber quem está mais "sarada". Homens cinquentões implantando silicone para fingir músculos inexistentes e passando vergonha fazendo pinta de garotões. Estava agora lembrando da propaganda da sukita.

   O que parece é que os atores estão perdendo o 'time' do sair de cena. O momento de ceder o passo, de buscar sim uma qualidade de vida, uma tranquilidade, serenidade e sabedoria que somente a melhor idade oferece.

   E a mídia instiga isso, mostrando senhoras com mais de 70 anos deformadas de tanto repuxar o rosto, com fotoshop saindo na playboy sem nenhuma marca, como se ter celulite fosse um crime.

   Eu quero a serenidade do saber envelhecer, como meus queridos velhinhos, que os vejo tão sorridentes, em seus rostos as marcas da vida e dos anos passados, mas a serenidade do dever cumprido. As rugas das preocupações que vida lhes trouxe, mas a confiança de que o trabalho foi bem feito e de que ainda há muito a fazer. 

   Quero ter ao meu lado o meu velhinho que comigo também envelheceu, e que consegue me olhar e ver a vida toda que passamos juntos e tudo o que construímos, e não o que o tempo fez comigo.

   Eu quero olhar no espelho e ver a beleza dos anos que se passaram e que trouxeram maturidade e sabedoria, a arte de viver. Espero ter maturidade suficiente pra isso...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Mas, e o conto de fadas?

   "Há casais que são formados no Invisível, com o auxílio ou sugestão de Embaixadores do Bem, em razão de compromissos sérios que deverão assumir na Terra, seja no campo da libertação individual, seja na esfera de realizações de cunho mais amplo na lida social. Porém, é exagerado pensar que cada par encontrado no planeta já tenha sido plasmado assim, desde a Pátria Espiritual, tendo cada um encontrado o outro, como se cada qual levasse chips de registro ou de identificação do outro.
   Para cada alma no mundo encarnada, há diversas outras em grau evolutivo tal que lhe permitiria atender à programação que a enviou ao Planeta.
   Não há nos planos de Deus para os filhos da terra determinações conjugais fechadas, ou almas gêmeas em caráter absoluto, salvo em casos especiais que não são poucos, mas que não são a regra para o nível de provas e expiações em que o nosso mundo se encontra.
   As incríveis semelhanças de gostos e pendores, de desgostos e pavores, em termos materiais ou em termos morais, estão calcadas nas pujantes leis que regulam as afinidades entre os seres, sem que, obrigatoriamente, já tenham experimentado os mesmos laços em vida anterior, ou que tenham, sequer, vivido juntos no pretérito. Na Terra, não obstante as diferenças individuais, todos são, em linhas gerais, muito semelhantes." Desafios da Vida Familiar - Raul Teixeira

   Confesso que a primeira vez que li no Livro dos Espíritos a questão de "nº 298 - As almas que devem unir-se estão predestinadas a essa união desde a origem e cada um de nós tem, em alguma parte do universo, sua metade a qual um dia fatalmente se unirá? Não. Não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre todos os espíritos, mas em diferentes graus, de acordo com a categoria que ocupam, ou seja, de acordo com a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos mais unidos", como se diz aqui no sul me caíram os butiás do bolso. Como toda mulher entre a adolescência e a fase adulta eu queria acreditar que as almas gêmeas existissem. 

   Mas, com o passar do tempo você percebe que por mais que você compre um óculos com lentes coloridas, o mundo não é cor-de-rosa e nem por isso deixa de ser um fantástico mundo ou um país das maravilhas, isso só vai depender da forma como o encararmos.

   Percebe que os relacionamentos não são perfeitos como nos contos de fada, mas isso não impede que sejam felizes desde que o diálogo, a compreensão e o respeito norteiem o dia-a-dia.

   E o felizes para sempre? Não existe da forma como imaginamos, mergulhado num mar de rosas onde inexistem problemas. Até porque isso os tornaria monótonos e chatos. Felizes? Sim. Para sempre? Quem sabe. Vai depender da poda das arestas, do acerto das diferenças, da tolerância, paciência e compreensão do outro e principalmente do respeito às diferenças e individualidades de cada um. Impossível? Certamente não.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Simpatia...


"Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida de acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. 
Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. 
Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo." (A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak)

Li outro dia no Livro "A Menina que Roubava Livros" esse trecho e me identifiquei muito. Todos nós temos nossas qualidades que certamente são inúmeras, já comentei sobre isso em um post anterior... Mas também temos nossas imperfeições e qualidades que ainda não conseguimos desenvolver que dificultam nossa convivência, e em alguns momentos, situações, ocasiões de nossas vidas isso fica explícito. Não adianta procurar uma desculpa, uma razão externa, o cerne da questão está dentro de cada um de nós...

Temos aí mais uma tarefa árdua, mais uma virtude a desenvolver, só me pergunto quantas vidas serão necessárias? Por enquanto não me exijo aquilo de que ainda não sou capaz... porque, definitivamente, simpatia não tem nada a ver comigo...

Plantando Dá


   Todos nós queremos ser felizes, ninguém se ergue da cama pela manhã na intenção de ser infeliz, muito pelo contrário, buscamos o bem-estar, a alegria de viver.


   Na antiguidade o filósofo Sócrates afirmava que somos escravos do hábito, ficamos presos aos comportamentos que praticamos repetidamente


   E nós criamos alguns hábitos que impedem a felicidade que buscamos. Nos habituamos a lamentar os mínimos problemas e desafios que a vida nos apresenta, e essa repetição negativa passa a ser nosso comportamento padrão, a nossa marca pessoal e sem perceber nos tornamos pessoas mau humoradas, difíceis de tratar e de conviver.


   Argumentamos que reclamamos para desabafar os problemas, mas se observarmos nosso estado emocional, verificamos que nada mudou, não nos sentimos melhor com isso, e o pior contaminamos o ambiente e as pessoas ao nosso redor com as nossas energias pesadas.


   Divulgar o mal, as nossas queixas é como voltar a revivê-las e voltar a sofrer, como se tirássemos as cascas de uma ferida que dizemos querer ver sarar.


   No Livro Nosso Lar o Benfeitor Clarêncio que atendia André Luiz assim se expressa quando o socorrido começa a lamentar a sua situação de sofrimentos morais, as saudades da esposa, dos filhos e do lar que haviam ficado na Terra. Primeiro ele indaga a André se ele desejava de fato a cura espiritual. A um gesto afirmativo, assim se pronuncia Clarêncio: ‘Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os lábios.’


   Cada espírito encarnado encontra-se no melhor local e na melhor situação para enfrentar seus problemas, fomos nós mesmos que com a ajuda dos amigos espirituais escolhemos as provas e expiações que deveríamos passar aqui na Terra para que possamos evoluir.


   Não podemos nos esquecer da infinita misericórdia de Deus que nos proporciona vivenciarmos os períodos de acertos de contas no momento certo, quando estamos realmente preparados, em plenas condições de passarmos pelo que precisamos passar, garantindo, assim, que tenhamos forças para sermos vitoriosos.


   Se entendêssemos o ensinamento de Jesus no ESE cap. V item 18 “Deus não coloca fardos pesados em ombros fracos; o fardo é proporcional às forças”, com certeza evitaríamos muitos dissabores que são provocados pela nossa inconformação e por jogarmos a culpa de nossas dores nos outros, que nada tem com isso.


   Nossos problemas não serão resolvidos com a nossa indignação, com raiva, com reclamações, pelo contrário, isso só faz com que tomem dimensões maiores, aumentando nossas dores.


   Muitas vezes, reagimos aos problemas dizendo que não aguentamos mais a vida, porém, o que não aguentamos mais não é a vida, mas nossa postura diante dela.


   Outro ponto importante é o que diz a questão 459 do LE: “os espíritos influem em nossos pensamentos e atos muito mais do que imaginamos, a tal ponto que, de ordinário, são eles que nos dirigem.”


   Sabendo disso, e também da lei de sintonia em que os iguais atraem-se, ficarmos cultivando pensamentos tristes e queixas, atrairá para perto de nós aqueles que também estão tristes e queixosos, o que aumentará nosso estado de angústia.


   Romper esse hábito depois de instalado em nós é difícil e leva tempo, o melhor é não permitirmos que ele se instale, mas uma vez verificado esse hábito, comecemos a mudança lentamente, analisando se o que vamos dizer é realmente útil, se reclamar vai resolver o problema, senão, melhor calarmos a reclamação e utilizar a terapia anti-queixa.


   A melhor terapia anti-queixa é a resignação e o trabalho.


   É resignado quem não lamenta a sua sorte, não se revolta contra Deus, pois reconhece justiça nas suas aflições, porque entende que se não existem causas atuais para elas, certamente existem causas anteriores. Procura resolver os problemas, sim, mas com serenidade, com fé e confiança de que Deus nunca nos desampara, de que os amigos espirituais estão sempre conosco, nos mostrando o caminho, basta que nos sintonizemos com eles.


   O Dr. Inácio Ferreira médico psiquiatra quando encarnado, após desencarnar continuou sua tarefa no plano espiritual e ao atender pacientes tanto num como noutro plano receitava aos mais queixosos uma terapia eficientíssima que denominava terapia da vassoura, colocava o paciente para trabalhar em prol do próximo. E como ele identificava a eficiência dessa técnica? Visitando os pacientes ao passar certo tempo, perguntava como andava, se os problemas continuavam e a resposta que mais ouvia era a de que os problemas haviam desaparecidos ou tornado-se mínimos frente aos problemas daqueles aos quais os antigos queixosos estavam agora auxiliando. Mãos operosos, mente ocupada!


   O trabalho no bem auxiliando aqueles que necessitam, mesmo que através de pequenos gestos como uma conversa amiga, um conselho, nos leva a perceber que as nossas dores não são nem as únicas, nem as maiores do mundo, que talvez o próximo carregue dores muito mais atrozes sem lamúrias e queixas.
Aliviar a cruz do próximo suaviza o peso da nossa, o bem que fazemos é um bem muito maior a nós mesmos, nos torna menos egoístas e, conseqüentemente, mais felizes. 


   No Livro Nascer e Renascer Emmanuel nos diz: “Bem-aventurados os aflitos – disse Jesus. Os aflitos bem-aventurados, porém, não são simplesmente aqueles que choram e sofrem, deitando críticas e queixumes, e sim aqueles que recebem as tribulações e dores transitórias da vida, por benditas e honrosas oportunidades de servir com o Cristo, agindo com bondade operosa e paciência incansável na vitória do bem.”


   Podemos dividir nossas dores com o ombro amigo do Mestre através da prece, ele certamente não carregará a nossa cruz por nós, mas nos dará serenidade para entendê-la, aliviando o peso mesmo que seja por alguns momentos.


   Agindo dessa maneira, entenderemos que os problemas têm uma causa e uma finalidade, a evolução, e cultivaremos no campo da nossa existência as sementes da alegria de viver, valorizando as pessoas ao nosso redor e cada momento como um momento especial, colheremos otimismo, gratidão, esperança, basta semear, porque plantando dá...


   Para finalizarmos trouxemos uma pequena estorinha:


“Há muito tempo havia um rei que não acreditava na bondade de Deus. Havia, porém, um súdito que em toda situação dizia:
- Meu rei, não desanime, porque tudo que Deus faz é perfeito. Ele não erra.
Um dia foram caçar e uma fera atacou o rei. O súdito conseguiu salvá-lo, mas não pôde evitar que ele perdesse um dedo da mão.
Queixoso, furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o rei disse:
- Deus é bom? Se ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido um dedo.
O servo apenas respondeu:
- Meu rei, apesar de tudo só posso lhe dizer que Deus é bom e que mesmo perdendo o dedo, foi para o seu bem. O que Deus faz é perfeito, ele nunca erra!
Indignado com a resposta, o rei mandou prender o súdito.
Tempos depois saiu o rei para outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos.
Já no altar, pronto para o sacrifício, os selvagens percebem que lhe faltava um dedo. Então, soltam-no pois ele não era perfeito e não poderia ser oferecido aos deuses.
Ao voltar para o palácio, o rei mandou soltar o súdito e o recebeu carinhosamente.
- Meu caro, Deus foi realmente bom comigo. Escapei de ser sacrificado justamente por não ter um dedo. Mas tenho uma dúvida: Se Deus é realmente bom, por que permitiu que você, que tanto O defende, fosse preso?
- Meu rei, se eu não estivesse preso, iria com o senhor para a caçada e como não me falta dedo algum teria sido sacrificado. Tudo o que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra. Muitas vezes nos queixamos da vida e das coisas ruins que nos acontecem. Esquecemos que tudo tem um propósito.”