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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bonzinhos ou porcos-espinhos?

   No nosso estudo de hoje conversávamos sobre o tema Terra - planeta de provas e expiações e dentre as dúvidas que surgiram no decorrer do assunto, uma delas achei que seria interessante abordar aqui no blog.

   Trata-se da convivência com desafetos, conversávamos sobre quando a convivência começa a tornar-se muito difícil entre os seres, sejam eles, pais e filhos, irmãos, cônjuges ou qualquer outro grau de parentesco. E  falávamos sobre a submissão, quando um dos dois para não se incomodar simplesmente vai "aturando" o outro. E verificamos vários equívocos nessa postura: 

1º Aturar não é amar e convivemos para aprendermos a nos amarmos; 
2º Em certos casos o afastamento, o rompimento da relação é melhor para ambas as partes, para aquela que agride, pois ainda não encontra-se preparada para melhorar a convivência e para aquela que "atura" para que possa refazer suas energias, quando ambas estiverem preparadas a relação é retomada, seja nessa ou numa próxima encarnação;
3º A postura daquele que "atura" pode muitas vezes ser a vaidade disfarçada de resignação, pois o ser acaba sentindo-se superior ou outro, pois tem a paciência, faz o favor de aguentar  o outro, coloca-se sempre na posição de vítima do outro;
4º Aquele que "atura" está apenas acumulando mágoas, alimentando uma doença grave para  futuro, é comprovado que as mágoas que vamos guardando no espírito ao longo do tempo, os sentimentos represados, acabam por gerar naquele que os abriga doenças graves, como câncer.
5º Não estamos sendo bonzinhos quando aturamos o próximo, estamos nos maltratando e impedindo o outro de crescer.

Concluindo, em qualquer relação, é muito mais saudável, sentar e dialogar, colocar as diferenças em pratos limpos, e se a convivência estiver prejudicando alguma das partes é melhor que a separação ocorra, para que não suceda futuramente algo pior. Quando ambos estiverem maduros espiritualmente e preparados a reconciliação se dará com naturalidade e a chance será novamente dada para que o amor nasça entre os seres.

Está lá no Evangelho quando trata do assunto divórcio, e aqui entenda-se não somente o divórcio entre cônjuges, mas entre todos aqueles que tenham relacionamento seja de parentesco, de amizade, ou qualquer outro tipo, cap. XXII item 5: "o divórcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato; não é contrária à lei de Deus, uma vez que não reforma senão o que os homens fizeram e não é aplicável senão nos casos em que nãos e levou em conta a lei divina."
Separar aquilo que de fato já está, é porque a lei de amor não está sendo respeitada, não estamos procurando nos amarmos uns aos outros como Jesus nos amou.

No livro que estou lendo "Enquanto Temos Tempo" de Forni ele conta uma pequena fábula que encaixa-se perfeitamente a este assunto:
"Numa já remota era glacial, os porcos-espinhos sentiram-se ameaçados de destruição pelo frio que reinava em toda parte. Por instinto, uniram-se e conseguiram sobreviver em razão do calor que irradiavam. Não obstante, pelo fato de estarem muito próximos, uns dos outros, passaram a ferir-se mutuamente, provocando reações inesperadas, quais o afastamento de alguns deles. Como conseqüência da decisão, todos aqueles que se encontravam distantes passaram a morrer por falta de calor. Os sobreviventes, percebendo o que acontecia, reaproximaram-se, agora, porém, conhecedores dos cuidados que deveriam ter, a fim de não se magoarem reciprocamente."

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