"O Pai visita os filhos necessitados através dos filhos que procuram compreendê-lo" André Luiz - Os Mensageiros.
Toda oportunidade de auxiliar a quem necessita é um forma de ligação com a espiritualidade maior, é um oportunidade de estar em sintonia com o Pai e com o Mestre Jesus atendendo aos que ele chamou de os mais pequeninos.
O Mestre ensinou através do exemplo, a todos acolhia e socorria sem jamais julgar, apenas aconselhava a todos a se manterem num caminho melhor quando recomendava: 'Vai e não peques mais'.
No Cap. XV item 1 do Evangelho segundo o espiritismo, Jesus, ensinando através das suas parábolas presenteou-nos com o seguinte ensinamento:
"Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? - Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? - E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? - O Rei lhes responderá: Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes."
Toda vez que estendemos as mãos aos que necessitam, toda vez que oramos pelos que sofrem, toda vez que estendemos não apenas o pão do corpo, mas também o da alma através da palavra amiga ou do abraço fraterno, toda vez que visitamos o enfermo solitário, que dedicamos alguns momentos, alguns minutos de nosso dia para ouvir aqueles que estão aflitos e temos para com eles uma palavra de ânimo e de carinho, estamos atendendo ao ensinamento do mestre e estamos sendo a mão dele a levantar os caídos.
O bem que fazemos ao próximo sempre reverte em bem a nós mesmos, amenizando nossas próprias dores e nos dando a compreensão de que aqui estamos para evoluirmos juntos, auxiliando-nos uns aos outros.
Da mesma forma, toda vez que desviamos do caminho do mal estamos igualmente dando um passo na senda do progresso abraçados à charrua divina, toda vez que desculpamos uma falta do próximo, ou que sequer permitimos nos sentir ofendidos por ela, toda vez que não damos guarita à mágoa, ao rancor, à raiva, paixões ainda tão presentes em nossa realidade espiritual, estamos aprendendo, estamos caminhando e estamos igualmente auxiliando ao próximo. Naquele momento em que fazendo uso do silêncio não entramos na sintonia e não agravamos as dores do outro estamos amando o próximo, estamos socorrendo, estamos através da compreensão da dificuldade do outro sendo a mão do Mestre a levantar os caídos.
Amenizar a dor do próximo, não entrar na sintonia da raiva e do mal, é um bem ao próximo e a nós mesmos, é estar de mãos postas na seara do Cristo, é aceitarmos o seu jugo leve e seu fardo suave abandonando os fardos pesados da dor e do egoísmo que por tanto tempo estamos carregando.