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sábado, 19 de maio de 2012

Acalma meu Passo Senhor...

   Não gosto de preces feitas, mas esta reflete tudo o que estou sentindo nesse momento, que fique como uma poesia, bela, suave...

Acalma  meu passo, Senhor!
Desacelera as batidas do meu coração,
acalmando minha mente.
Diminua meu ritmo apressado
com uma visão da eternidade do tempo.
Em meio às confusões do dia a dia,
dê-me a tranqüilidade das montanhas.
Retira a tensão dos meus músculos e nervos
com a música tranqüilizante dos rios de águas constantes
que vivem em minhas lembranças.
Ajuda-me a conhecer
o poder mágico e reparador do sono.
Ensina-me a arte de tirar pequenas férias:
reduzir o meu ritmo para contemplar uma flor,
papear com um amigo,
 afagar uma criança,
 ler um poema,
ouvir uma música preferida.
Acalma meu passo, Senhor,
para que eu possa perceber
no meio do incessante labor cotidiano
 dos ruídos, lutas, alegrias,
 cansaços ou desalentos,
 a Tua presença constante no meu coração.
 Acalma meu passo, Senhor,
para que eu possa entoar
 o cântico da esperança,
 sorrir para o meu próximo
 e calar-me para escutar a Tua voz.
Acalma meu passo, Senhor,
e inspira-me a enterrar minhas raízes
no solo dos valores duradouros da vida,
para que eu possa crescer
até as estrelas do meu destino maior.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sobre a Prece

   "A prece é uma conversa com Deus, e conversa não precisa de fórmulas, ritos ou posturas especiais. O tom da conversa está sempre relacionados com o grau de intimidade com a pessoa a qual você se dirige. Com Deus, o relacionamento se caracteriza como da maior intimidade. Quem melhor do que ele para nos conhecer, saber de nossas mazelas, necessidades e potencialidades." Hermínio Miranda - Nossos Filhos são Espíritos

   Ontem conversávamos no grupo de estudos sobre a prece: sia importância, sua necessidade e como deve ser realizada.

   Falávamos do quanto ainda estamos mais próximos das vibrações inferiores do que das superiores, por isso a importância da recomendação de Jesus sobre "orai e vigiai". Ao sairmos da casa espírita, em boa vibrações, temos grande dificuldade em retê-las por muito tempo, pois a qualquer contratempo, nossa tendência é à irritação e logo baixamos a s vibrações.

   Vigiar os pensamentos, quando um pensamento ruim nos assalta, devemos estar atentos e reconhecê-lo. Ainda não podemos impedi-los, mas podemos reconhecê-los e a partir daí transformá-los, não alimentando-os. Mudando a sintonia, procurando pensar em outra coisa mais agradável.

   E esta sintonia pode ser mudada através da prece. Ao reconhecer um pensamento negativo, procurar força na prece para buscar a sintonia com os nossos Benfeitores Espirituais.

   Mas como deve ser a prece?

   A verdadeira prece não é uma série de repetições de palavras mágicas que nos levarão ao alcance de determinado objetivo. A verdadeira prece é uma conversa íntima com Deus, onde abrimos nossos coração a um pai, a um amigo que nos ama acima dos nossos erros, que nos conhece profundamente.

   Ela precisa vir do nossos coração, precisa estar impregnada de sentimentos, conter tudo aquilo que estamos sentindo naquele momento. E então, ela no mínimo nos trará calma e energia para visualizar melhor as situações de nossas vidas e então poderemos ver melhor os caminhos, as soluções, sintonizados com aqueles que nos querem bem e que nos auxiliam na jornada.

   "Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa." ESE Cap. XXVII item 1

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sobre a Família (3)

   " Crianças que foram desamadas ou que vivenciaram um grupo familiar agressivo, de constituição grosseira  ou vulgar, permanecem assinaladas pelos atritos emocionais e desajustes a que se viram submetidas, cerrando-se ao sentimento, por transferirem para a sociedade aquilo que lhes era comum na intimidade doméstica." Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito

   Vivemos em um mundo de provas e expiações onde ainda existem famílias desestruturadas, formadas de indivíduos que não sabem amar, não conseguem demonstrar sentimentos, utilizam os filhos como forma de descontar suas mágoas, ressentimentos, recalques e frustrações.

   Sofrem essas crianças todo tipo de agressão física e verbal, acumulando sentimentos de mágoa e rancor contra aqueles que deveria amar, pois deveriam exercer o papel de guias de protetores, mas não o fazem.

   Sabemos que dentro da lei de causa e efeito, tudo tem uma razão de ser. Se o espírito renasceu numa família como esta certamente trazia necessidades e resgates de vidas anteriores que de certa forma lhe impuseram este tipo de família.

   Porém isso não retira a responsabilidade do pai ou da mãe que falhou em sua missão, que era a de amar, guiar e proteger. Certamente terá que prestar conta de seus erros e será co-responsável pelos traumas que as suas ações gerarem no filho que não soube amar.

   Dependendo da personalidade do indivíduo e de sua bagagem espiritual ele reagirá de formas muito diferentes a isso: poderá devolver à sociedade a falta de amor que recebeu, através de agressão; poderá fechar-se em seus ressentimentos, cultivando suas mágoas e passar a encarnação cheio de traumas; poderá, se um pouco mais lúcido, procurar ajuda e uma forma de compreender seja através da doutrina espirita ou de alguma outra o porquê dessa provação; e em último caso, sendo um espírito de grande elevação moral, poderá compreender as dificuldades daqueles pai ou daquela mão, seu grau evolutivo ainda muito primitivo, e perdoar, devolvendo a agressão em forma de amor e benção (casos raros).

   "Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é necessário que sucedam escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo." Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.VIII item 11


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sobre a Missão dos Pais

   "Nossos filhos, tanto quanto nós mesmos, são seres humanos que já viveram antes. Trazem em si todo um passado mais ou menos longo de experiências, equívocos, conquistas, realizações e, consequentemente, um programa a executar na vida que reiniciam junto de nós." Hermínio Miranda - Nossos Filhos são Espíritos.

   Nossa tarefa como pais é algo que devemos rever constantemente, rever conceitos, rever atitudes, repensar os métodos.

   O amor que cultivamos pelos nossos entes queridos, principalmente nossos filhos, ainda é um amor egoísta, focado no apego e na propriedade do outro. Nossos filhos a nosso ver são nossos. Mas eles são, antes de tudo filhos de Deus.

   Filhos de Deus, espíritos imortais, que já viveram outras vidas, que trazem necessidades evolutivas, provas, expiações que eles mesmos escolheram para si.

   Cabe-nos, e esta é a nossa função perante eles e aquilo que de nós espera a espiritualidade amiga, guiar, orientar, procurar corrigir características que identificamos e que são prejudiciais. mas não nos cabe escolher por eles, decidir por eles.

   Cada um sabe o caminho a seguir, as suas necessidades evolutivas são trazidas no íntimo de cada um. Podemos orientar, mostrar que o caminho a  seguir pode ser muito difícil, que outros caminhos levarão à evolução de forma mais tranquila, podemos auxiliar a remover algumas pedras de seus caminhos,  mas jamais fazer isso no lugar deles.

   Auxiliar, guiar, orientar, interferir jamais. Respeitar as escolhas daqueles que nos chegam ao regaço é de fundamental importância. 

   Porém não nos cabe sermos omissos, acobertarmos erros, mesmo daqueles que mais amamos no mundo. Se algo errado foi feito por ele, ele deve arcar com as consequências de seus atos. Ensiná-los a corrigir seus erros não é uma forma de punir, mas é um ato de amor.

   Quando acobertamos os erros de nossos filhos, não estamos cumprindo nosso papel de educadores, de guias, pelo contrário, a superproteção poderá gerar falta de limites, sensação de que tudo podem, de que não necessitam respeitar o próximo, os direitos, o espaço do outro. Nos comprometemos profundamente com a espiritualidade que confiou em nós quando tomamos esse tipo de atitude com os nossos filhos. Não estamos sendo pais, mas cúmplices do erro.

   "Pode-se considerar a paternidade como uma missão?

   — É, sem contradita, uma missão. E ao mesmo tempo um dever muito grande, que implica, mais do que o homem pensa, sua responsabilidade para o futuro. Deus põe a criança sob a tutela dos pais para que estes a dirijam no caminho do bem. E lhes facilitou a tarefa dando à criança uma organização débil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões.  Mas há os que mais se ocupam de endireitar as árvores do pomar e de fazê-las carregar de bons frutos do que endireitar o caráter do filho. Se este sucumbir por sua culpa, terão de sofre a pena, e os sofrimentos da criança na vida futura recairão sobre eles, porque não fizeram o que lhes competia para o seu adiantamento nas vias do bem." Livro dos Espíritos - questão 582


   Pensemos sobre isso...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Na Casa Espírita

   "Na casa espírita cabem todos os que estiverem de coração aberto para aprender a servir. É a casa de Jesus, onde se reúnem doentes do corpo e da alma em busca de amparo, saúde e cura para as suas necessidades mais profundas." Andreí Moreira - Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal.

   A casa espírita é a casa de Jesus, o médico sublime, está aberta a todos os enfermos da alma e do corpo. Nela ninguém pergunta qual sua idade, sua religião, sua opção sexual, etc, apenas acolhe-se aqueles que necessitam de um amparo, de um socorro para o corpo e para o espírito.

   Muitos chegam enfermos a procura de socorro, recebem a palavra amiga, a palestra doutrinária, o passe, a água fluidificada ou outro tratamento necessário. Curados de suas dores não mais retornam, outros encantados com a doutrina e preparados para ela, engajam-se nos grupos de estudos.

   Posteriormente passam a trabalhar na casa, devolvendo em forma de trabalho e de amor ao próximo aquilo que receberam quando necessitavam e ainda necessitam. São os trabalhadores da última hora, cansados de muito caminhar a esmo buscam seguir os passos do Mestre (de maneira bem ínfima) consolando, acolhendo, doutrinando. 

   Somos todos enfermos auxiliando enfermos, espíritos na mesma caminhada em busca da perfeição. Todos iguais, com as mesmas dores com os mesmas angústias, apenas alguns já mais cientes da doutrina procuram auxiliar, manter as mãos e a mente ocupadas no trabalho no bem.

   Portanto se você estiver pensando em procurar auxílio numa casa espírita, ou se está chegando agora numa casa espírita, não se constranja, ali você não encontrará nenhum anjo, ou criatura superior em evolução. Somos todos iguais, irmãos auxiliando irmãos na caminhada. Lá você será auxiliado, ninguém lhe perguntará nada que não queira falar, ninguém lhe cobrará nada em troca do bem recebido. Absolutamente nada!

   "O Centro Espírita é o prosseguimento dos trabalhos iniciados pelos apóstolos em Jerusalém, a casa do caminho, onde era atendido todo tipo de necessitado com amor, respeito sem nada cobrar. É a estalagem onde se abrigam os assaltados nas estradas da vida, é o portal de luz para os viajores perdidos na escuridão da ignorância e dos sentimentos, é hospital para os adoentados nos valores reais, é escola para os analfabetos da nobreza e dos sentimentos, é esclarecimento para os iludidos com a matéria, é templo sagrado onde se busca Deus com sinceridade, humildade e fervor no coração, é seara bendita para os que procuram dar de si para que a terra atinja os propósitos Divino e seja um mundo de seres felizes." Maria de Lourdes - Presidente da Associação Espirita Allan Kardec/SP


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pediu sim!! Escolheu sim!! Aceitou sim!!

   "Os nobres benfeitores levam os candidatos à reencarnação e reflexões sérias, profundas, a respeito das suas próprias necessidades. Conseguem concluir, com clareza, quanto aos tipos de existência terrena a que fazem jus. Avaliam os modos de vida que lhes propiciarão liberação rápida ou lenta, verificam suas condições para suportar uma ou outra vereda provacional - expiatória, e estabelecem, desde então, com que tipo de indivíduos deverão se encontrar, a fim de melhor aproveitar a ensancha no mundo." Raul Teixeira - Desafios da Vida Familiar.

   A nossa atual encarnação, a vida que levamos, é aquela que cada um de nós escolheu para si. 

   Mais do que isso, quando no mundo espiritual, na condição de espíritos desencarnados e habilitados à reencarnação, recebemos ajuda para programarmos nossa atual encarnação. Benfeitores, amigos espirituais, com melhores condições de avaliação que nós nos auxiliaram nessa empreitada.

   Os sábios amigos conosco analisaram nossa necessidades de aprendizagem, as provas que necessitávamos passar para resgatarmos débitos do passado ou para evoluirmos em direção à perfeição. Isso nos foi certamente de grande ajuda, pois ainda não temos condições de avaliar sozinhos nossas necessidades e mais, nossas capacidades.

   Os benfeitores, muitas vezes, precisam nos frear os desejos no sentido de apressar o progresso, pois no mundo espiritual, mais conscientes de nossos erros passados, pedimos provas que poderiam ser maiores que nossas forças para suportá-las e superá-las. Mas os queridos mestres nos auxiliam recomendando a paciência e o parcelamento da dívida.

   Logo, tudo aquilo que sofremos hoje, foi devidamente pesado e está de acordo com as nossas forças.  Deus, todos amor e todo bondade, nunca nos dá fardo mais pesados que a força de nossos ombros para carregá-los.

   Quase todos aqueles que encontramos nessa encarnação são ligados a nós através dos laços de vidas anteriores. Estes laços poderão ser de afeto, de carinho, de amor, ou laços de rancor, de mágoa e de ódio. Mas ali estão caminhando conosco, os primeiros para nos auxiliar e nos dar a mão na jornada, e os segundos, para que aprendamos juntos a transformar laços negativos em laços de amor. Todos acordamos este encontro para reajustarmos nossas consciências. Todos, de comum acordo escolhemos estar juntos e ajudarmo-nos mutuamente, refazendo esses laços.

   Caiu por terra a velha frase que muitos temos por hábito dizer: 'Eu não pedi para nascer'. Pediu sim e muito!! E participou do planejamento de cada detalhe, nada do que lhe aconteça deve ser motivo de espanto ou surpresa, tudo foi escolha ou necessidade nossa.


   "Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena? 
Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.” Livro dos espíritos questão 258