Ontem assistimos a um filme "Os Agentes do Destino" onde o personagem principal descobria a existência de uma equipe, coordenada por um ser denominado O Presidente, responsável por interferir em seu destino e de todos os humanos a fim de que o destino traçado para cada um fosse cumprido, para que não houvessem desvios de rota.
Isso nos fez refletir sobre a imensa misericórdia do Pai que, apesar dos nossos inúmeros e persistentes erros, nos concede o livre-arbítrio para que possamos aprender com os erros e evoluir.
Quando ainda no plano espiritual somos nós, auxiliados pela espiritualidade amiga, quem temos a responsabilidade de traçar o nosso destino escolhendo as provas e expiações pelas quais necessitamos passar rumo à evolução. Escolhemos sim, mas apenas o tema principal das provas, os detalhes e percalços ficarão por conta do ambiente, das circunstâncias e oportunidades.
Podemos programar, combinar, acordar quais espíritos que conosco dividirão a vida terrestre, aqueles que encontraremos ao longo da jornada ou dentro do lar, seja com a finalidade do resgate das faltas passadas cometidas contra um ou outro ou por afinidade, para aprendermos a nos amarmos ou para amadurecer um amor já existente.
E as interferências existem?
Claro que sim, mas não da forma como mostrada na ficção acima citada. Elas podem ser benéficas, realizadas pela espiritualidade amiga com o intuito de nos auxiliar, mas estes apenas nos inspiram, nos intuem, sem jamais interferir diretamente, respeitando nosso livre arbítrio.
Entretanto, as interferências negativas igualmente ocorrem, realizadas por inimigos de existências anteriores ou espíritos oportunistas ligados a nós por afinidade, por possuírem os mesmos vícios que nós. Contudo, estas interferências só poderão ocorrer com a nossa permissão seja ela consciente ou inconsciente. Dependerá da nossa sintonia a permissão para estas atuações nefastas.
E os desvios de rota existem?
O tempo todo, como dissemos não existem um destino previamente traçado em seus mínimos detalhes, como muitos de nós acreditamos, nós programamos o principal, os acessórios são consequências de nossas escolhas.
E para cada desvio de rota, um plano B é traçado, e não necessariamente nos levará a rota inicial, mas a uma nova rota que nos trará igualmente experiências e conhecimentos.
Cabe salientar, porém, que os compromissos assumidos com outros espíritos e não cumpridos, ficarão apenas temporariamente suspensos e deverão ser retomados numa próxima oportunidade, numa próxima existência.
Imaginemos que se houvesse alguém interferindo o tempo todo para que não nos desviássemos da rota, não ocorreria o maior de todos os desvios que é a fuga através do suicídio.
E se não houvesse um plano B a cada vez que uma de nossas decisões nos levasse a um desvio da rota, se não houvessem outras rotas, como ficaria o destino daqueles que estavam ligados ou se ligariam futuramente ao daquele infeliz que decidiu abortar a viagem?
Deus é a inteligência suprema capaz de permitir que pelo nosso livre-arbítrio modifiquemos o nosso destino.
Nós somos os únicos responsáveis por nosso destino, nós traçamos, alteramos, mudamos a rota, construímos e reconstruímos o tempo todo, o que realmente importa é o objetivo final: a evolução. O caminho até ela é por nossa conta, alguns mais longos, outros mais curtos; alguns mais tranquilos, outros cheios de percalços. E tudo isso em função de nossas próprias escolhas.
” Embora ninguém possa voltar atrás e
fazer um novo começo, qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim “. Chico Xavier