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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Viver em Paz



Hoje dia 02 de abril de 2010 é o centenário de Chico Xavier, para fazer uma singela homenagem transcrevo uma das inúmeras mensagens psicografada por ele e ditada por Emmanuel:


"... Vivei em Paz..." - Paulo (Gálatas, II Coríntios, 13:11)

Mantém-te em paz.

É provável que os outros te guerreiem, gratuitamente, hostilizando-te a maneira de viver; entretanto, podes avançar em teu roteiro, sem guerrear a ninguém.

Para isso, contudo - para que a tranquilidade banhe-te o pensamento -, é necessário que a compaixão e a bondade sigam-te todos os passos.

Assume contigo mesmo o compromisso de evitar a exasperação.

Junto da serenidade, poderás analisar cada acontecimento e cada pessoa, no lugar, e, naposição que lhes dizem respeito.

Repara, carinhosamente, os que te procuram no caminho...

Todos os que surgem, alitos ou desesperados, coléricos ou desabridos, trazem chagas ou ilusões. Prisioneiros da vaidade ou da ignorância, não souberam tolerar a luz da verdade e clamam irritadiços... Unge-te de piedade e penetra-lhes is recessos do ser, e identificarás em todos eles crianças espirituais que se sentem ultrajadas ou contundidas.

Uns acusam, outros choram.

Ajuda-os, enquanto podes.

Pacificando-lhes a alma, harmonizarás, ainda mais, a tua vida.

Aprendamos a compreender cada mente em seu problema.

Recorda-te de que a Natureza, sempre divina em seus fundamentos, respeita a lei do equilíbrio e conserva-a sem cessar.

Ainda mesmo quando os homens mostram-se desvairados, nos conflitos abertos, a Terra é sempre firme e o Sol fulgura sempre.

Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz consigo mesmo é serviço de poucos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pais e Filhos



Reportagem da RIE "Pais e Filhos" de Octávio Caúmo Serrano:

"... Segundo aprendemos pela mensagem dos espíritos, o nascimento de alguém é objeto de amplo, sério e cuidadoso planejamento. Quando o interessado está em condições, parricipa da programação que terá de enfrentar na sua volta ao mundo material. Quando sua contribuição é ainda inútil, pela incapacidade de discernimento, os encarregados planificam, com base no passado espiritual, a nova jornada planetária que o espírito viverá. Isto está claro na questão 231 de O Livro dos Espíritos. E mais claro ainda na questão 331. A pergunta foi: "Todos os espíritos se preocupam com a sua reencarnação?" Os Superiores responderam: "Há os que nunca pensam nela, que nem mesmo a compreendem. Depende de sua natureza mais ou menos adiantada..." Isso se assemelha ao que ensinam as religiões de vida única para as quais a reencarnação não passa de ficção ou fantasia.

Neste momento, cabe analisar e perguntar: "Quem são os nossos filhos?"

Poderíamos responder com simplicidade e segurança: "Nossos filhos são os nossos filhos. São espíritos que adotamos por um pequeno tempo, quando lhe oferecemos um novo corpo para servir de abrigo, como quem cede um epsaço na pousada do seu coração.

Percebam que usamos o verbo adotamos, porque na verdade é o que são os filhos; Espíritos adotados pelos pais. Portanto, não são propriedade deles. Cabe-lhes apenas a tutela, orientação, educação e provimento para as suas necessidades. Trata-se de uma convivência fraterna para que todos se ajudem e retornem à espiritualidade, acrescentados de uma carga de bons sentimentos maior do que quando aqui chegaram. Se ficar claro que os filhos nada herdam dos pais a não ser a matéria, a adoção de órfãos será mais facilitada e menos preconceituosa quando tentamos imaginarque o filho pode ser semelhante ao pai que desconhecemos. O mesmo se daria no estupro, quando o estuprador nada passaria para o espírito que irá reencarnar porque, apesar do ato violento, ele tem sua própria história. Por isso, é comum haver mães felizes com o carinho de seus filhos adotados ou nascidos de estupro, mais do que com os "legítimos".

Para os que gostam de estudo, podem consultar o capítulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 9, que fala da Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família. O Mensageiro é o lúcido Santo Agostinho, em mensagem de 1862.

Nessa orientação, além de analisar a ingratidão, mostra aos pais como lidar com os filhos, por mais rebeldes e ingratos que sejam. Os pais não devem esperar retribuição dos filhos, porque o maior prêmio pelo bem que fizeram aos espíritos que Deus lhes confiou virá do próprio Criador. Não desista de ajudar, educar e orientar o seu filho, apenas porque ele não lhe dá prazeres e o contraria.

Quando bem compreendido que os Espíritos do pai e do filho são individualidades e trazem um passado espiritual próprio que lhes determina o atual caráter e as respectivas vocações, os pais e os filhos se respeitarão mais, aceitando um ao outro, procurando ensinar mais com exemplos que com palavras, mais com conselhos que com pancadas, porque, inclusive, desconhecem o relacionamento que tiveram, eventualmente, em vidas anteriores.

Em o Livro dos Espíritos, encontramos nas questões 258 e seguintes, As Escolhas das Provas, claras explicações quanto às necessidades que cada um tem de passar por diferentes provas e expiações para limpar seu caráter e livrá-lo de manchas que enfeiam a sua alma. Se o espírito já tem entendimento, quando está na espiritualidade prefere ter dificuldades no mundo material para vencê-las e progredir.

Na lúcida questão 385, que trata mais especificamente da criança, foi perguntado aos Orientadores Espirituais "de onde vem a mudança que se opera no caráter numa certa idade, e particularmente no final da adolescência?" É o espírito que se modifica?"

A resposta deixa claro o passado espiritual da criatura: "É o espírito que retoma sua natureza e se mostra tal qual era."

Logo a seguir vem uma extraordinária explicação dada pelos Espíritos que pais e filhos deveriam ler atentamente e meditar para compreender a razão do desentendimento entre eles.

Quando vimos a resposta anterior, "É o Espírito que retoma sua natureza e se mostra tal qual era", podemos imaginar que os pais deixaram de orientar para modificar o caráter da criança, no momento certo. Não podemos deixar o filho crescer para depois imaginar que podemos educá-lo.

Na explicação acima referida, há uma descrição sobre a utilidade da infância para o aprimoramento do espírito. Observem que nos animais a infância é bem curta e pouco tempo após nascer o filhote já sabe cuidar-se, defendendo-se, alimentando-se, abrigando-se, o que não acontece com os humanos, justamente para que os pais aproveitem a fragilidade da idade tenra quando ficamos mais flexíveis e suscetíveis de ser aperfeiçoados.

Pelas orientações espíritas, veremos que até o esquecimento do passado é básico para que, no presente, construamos o futuro. Para nós, nosso filho é sempre o melhor e arranjamos desculpas para qualquer deslize que ele cometa. Diz o vulgo, em tom de blague, que o filho dos outros é mal educado, mas o nosso é extrovertido. É preciso ter cuidado para não mimá-los demais e desculpá-los no que não devem ser desculpados. Não façam abatimento no campo da educação porque se do que damos já sobra tão pouco, que restará se ainda fizermos descontos.

O relacionamento e a tolerância que deve haver entre os Espíritos é um dos muitos ensinamentos importantes que a Doutrina Espírita nos oferece. Mas é dessa harmoniosa convivência que poderá nascer a reforma do mundo, já que a passagem da Terra de lugar de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração deverá contar, e muito, com a nossa participação.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Filho Excepcional



Do livro "Filhos, como educá-los" de Roque Jacinto


Jesus, em conhecendo os corações maternais mais repletos de amor, convoca-os, vez por outra, para que contribuam na recuperação dos filhos de Deus, que se deixaram aprisionar nos campos da dor, adulterando a própria mente.


Eis a mãe e a criança excepcional.


Esse filho, que lhe vem aos braços, em momento de quase angústia, é um verdadeiro, tesouro espiritual que o Pai celestial lhe confia.


Lembre-se, portanto, que por ser esse espírito alguém repleto de dívidas morais, necessitará de internação no lar em que haja paciência, muito amor e um enorme potencial de renúncia e sacrifício.


Reeduque, o quanto possível, a esse que buscou o berço em seu lar, em condição tão precária, guardando a certeza íntima de que ele se alimentará mais do seu amor do que daquilo que lhe entre pela boca.


Sinta-se ditosa, também, por você estar a reordenar a vida com a assistência direta dos Planos Mais Altos da espiritualidade.


Você nesse quadro é uma obreira do Senhor!


Quando possível, leve esse seu precioso fardo ao encontro de instituições que lhe dêem instrução especial, depertando o seu potencial adormecido, para que ele se supere no que seja possível.


Lembre-se, contudo, que estas instituições não poderão substituir o esforço de seu coração amigo e amoroso, no reajuste dessa alma querida.


Não esconda esse filho!


Não há razão justa de envergonhar-se de tê-lo!


Pessoas equivocadas, em passado não distante, queriam atribuir-se o desajuste, afirmando que decorria do desajuste e dos pecados dos próprios pais, como se eles fossem criaturas atípicas que simbolizam pecados incomuns.


Esse falso juizo é doloroso erro!


Todos nós, que renascemos na Terra, somos almas em reajuste e libertação espiritual, trazendo erros e acertos pessoais, decorrentes de nossos próprios equívocos.


Passe, pois, a vê-lo como o devedor que lhe volta às portas do coração, buscando perdão e reconciliação.


Ame-o com ternura, sem exageros.


Desaloje de seu coração a sensação angustiante refletida na indagação: "Quem errou: ele ou eu?!"


Vivencie, acima dessa inquietação da alma, a certeza de que o Pai Celestial os reuniu, porque é no coração, escrínio de ternura, que estará a estação do refazimento necessário.

Seja dócil, mas disciplinadora e enérgica.

Nas suas orações maternais, espíritos Angelicais lhe darão o siuporte necessário, para você não desfalecer, diante dos grandes desafios e, assim, você ajudará a redenção de uma alma extremamente compromissada.

Você, diante desse filho, torna-se o braço de Deus.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Afeição e Amizade

Do livro "Filhos, como educá-los" de Roque Jacinto:

Afeição é amizade exprimindo amor.

Em geral a afeição se manifesta pelos laços de simpatia, enquanto que a não afeição se exprime pela antipatia explícita.

Considere, contudo, que simpatia ou antipatia se contém no espírito reencarnado, como a manifestação de fluídos próprios de cada alma.

São sensações que nascem com o espírito reecarnante, quase sempre originárias de um passado nebuloso da própria alma, em choque aberto com aqueles que não lhe são simpáticos.

Lutemos, contudo, para mudar esse quadro de desconforto entre os filhos recém-natos e seus pais e parentes próximos, já que devemos reverter a antipatia e dar-lhe o lugar da simpatia, para refinar nossos próprios sentimentos.

Amizade sincera, por outro lado, é a maior expressão de amor fraternal, entre os membros da família humana.

A amizade santifica os sentimentos, notadamente quando estamos entre as lutas mais dolorosas de nossa existência e, por isso, a amizade é o orvalho do amor em nosso amanhecer espiritual.

Assim, faça-se um amigo real daqueles que convivem e participam do mesmo barco de nossas vidas, para que haja ventura e paz em todos os seus.

Se assim você proceder, o seu lar se transformará da penumbra pra a luz, sob os auspícios de Jesus, o Mestre do amor imorredouro.

A simpatia tornando-se uma ventura comum, no âmbito familiar, levará você e toda a sua casa a beneficiar-se das radiações dos Espíritos Sublimados.

Amizade é o coração que ama, reeduca, esclarece, suporta, tolera, renucia a seu próprio programe e sua vida, para ajudar com ternura a todos os carentesde mais luzes e de mais compreensão.

Afeição e amizade são prenúncios de paz e consolação em tempo integral e, por isso, são luzes sobre os sentimentos obscuros dos rebentos do lar.

domingo, 28 de março de 2010

Oração diante do Berço



Do livro "Filhos, como educá-los" de Roque Jacinto:

Você que renasceu nessa lar, seja abençoado entre nós que o recebemos, no limiar de uma nova vida e que Jesus receba a nossa gratidão por ter-nos confiado a sua tutela.

Este filho é um depósito divino que nos é confiado por Jesus e pelo qual sabemos que responderemos ao longo de nossa vida.

Se este que nos buscou o lar faz parte da geração dos bons espíritos que povoarão a Terra, agradecemos-lhe, ó Jesus, pela manifestação de sua misericórdia!

Se ele, contudo, é uma alma imperfeita, aceitamos que seja o nosso dever maternas e paternal ajudá-lo a crescer espiritualmente, tomando desde já o caminho do Bem, através de nossos exemplos pessoais.

Se ele, contudo, enredar-se com o mal, por culpa nossa, por nossa indiferença ou ausência de educação, sabemos que seremos os responsáveis e que não teremnos cumprido com nossas obrigações.

Suplicamos, por isso, Senhor Jesus, que nos ampare através de seus Divinos Mensageiros, dando-nos força e vontade para realizar a missão que o Senhor nos destinou.

Ampare, pois, as nossas tarefas, Jesus, dando-nos força e vontade para realizar todas as nossas obrigações maternais e paternais e, se porventura, este filho deve ser motivo de provações para este nosso lar, que seja feita a sua vontade e não a nossa.

Suplicamos, também, a vocês, bons espíritos que vieram organizar e realizar este nascimento, que acompanhem este nosso filho durante a sua existência sem nos abandonar de suas inspirações sublimes.

Liberte nosso filho da influência de espíritos compromissados com o mal, dando-lhe forças, ao longo de sua existência, para resistir às tentações e para que tenha coragem de sofrer com paciência e resignação as provas que o esperam no limiar e ao longo de sua existência.

Esclareça-nos, Senhor Jesus, a fim de que possamos distinguir, na hora certa, as tendências deste nosso novo filho, que deveremos preparar para vivenciar o amor e o bem ao infinito.