Nova postagem no blog próximo sábado

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ANOTEMOS - Chico Xavier


Os ensinamentos de Jesus estão nas linhas da natureza.


Quanto menos perseverança na enxada, mais ferrugem a difiultar-lhe o serviço.


Quanto mais suor no arado, mais bençãos na sementeira.


Quanto menos repouso à fonte, mais limpidez na corrente.


Quanto mais descanso ao poço, mais estagnação enfermiça nas águas.


Quanto menos trato às plantas dos pomar, mais ampla invasão da erva daninha.


Quanto mais poda nas árvores benfeitoras, mais valiosa se lhe faz a produção.


Assim também na vida.


Quanto menos esforço, mais intensa excursão na ociosidade.


Quanto mais diligência, mais crédito na ação.


Quanto menos fé, mais névoa da incerteza.


Quanto mais serviço apresentado, suprimento mais alto.


Quanto menos bondade, mais pessimismo.


Quanto mais amizade, alegria mais pura.


Quanto mais desprendimento no amparo, simpatia maior.


Quanto menos perdão, mais sombra de ressentimento.


Quanto mais amor, mais luz no caminho.


Quanto menos brandura, mais inquietação.


Quanto mais humildade, mais compreensão.


Por isso mesmo, nós, armados de vontade e discernimento, somos livres para estabelecer na vida o clima de sofrimento que nos segregue ou para construir o nosso caminho de felicidade, facilitando-nos a ascensão para a grande luz.
Convivência - Emmanuel

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Poder do Afeto - Chico Xavier



Estava lendo um livrinho e encontrei essa mensagem do Chico, achei interessante compartilhar.

A falta de tato para resolver conflitos e tratar de assuntos com pessoas que têm idéias opostas, tem sido responsável por muitos desentendimentos e dissabores nos relacionamentos.
Por vezes, um problema que poderia ser facilmente resolvido, cria sérios rompimentos por causa da falta de jeito dos antagonistas.
O afeto, usado com sabedoria é uma ferramenta poderosa, mas pouco usada pela maioria dos indivíduos.
O mais comum tem sido a violência, a agressividade, a intolerância.
Existem pessoas que não gostam de mostrar sua intimidade e se escondem sob um véu de sisudez, com ares de poucos amigos, na tentativa de evitar aproximações que deixem expostas suas fragilidades.
São como os caramujos, os tatus, as tartarugas e outros semelhantes.
Ao se sentirem ameaçados, escondem-se em suas carapaças naturais, e não deixam à mostra nenhuma de suas partes vulneráveis.
A propósito, você já tentou alguma vez retirar, à força, de seu esconderijo, um desses animaizinhos?
Seria uma tentativa fracassada, a menos que você não se importe em dilacerar o corpo do seu oponente.
No caso da tartaruga, por exemplo, quanto mais você tentar, com violência, retirá-la do casco, mais ela irá se encolher para sobreviver.
Mas, se você a colocar num lugar aconchegante, caloroso, que inspire confiança, ela sairá naturalmente.
Assim também acontece com os seres humanos. Se em vez da força se usar o afeto, o aconchego, a ternura, a pessoa naturalmente de desarma e se deixa envolver.
Às vezes a pessoa chega prevenida contra tudo e contra todos e se desarma ao simples contato com um sorriso franco ou um abraço afetuoso.
Mas, se ao invés disso encontra pessoas também predispostas à agressão, ao conflito, as coisas ficam ainda piores.
Como a convivência com outros indivíduos é uma realidade da qual não podemos fugir, precisamos aprender a lidar uns com os outros com sabedoria e sem desgastes.
A força nunca foi e nunca será a melhor alternativa, além de causar sérios prejuízos à vida de relação.
Portanto, criar relacionamentos harmônicos é uma arte que precisa ser cultivada e levada a sério.
Mas para isso é preciso que pelo menos uma das partes o queira e o faça.
E se uma das partes quiser, por mais que a outra esteja revestida de uma proteção semelhante à de um porco-espinho, ninguém sairá ferido e o relacionamento terá êxito.
Basta lembrar dessa regra bem simples, mas eficaz: em vez da força, o afeto.
E tudo se resolve sem desgastes.

***

De tudo o que fazemos na vida ficam apenas algumas lições:
A certeza de que estamos todos em processo de aprendizagem...
A convicção de que precisamos uns dos outros...
A certeza de que não podemos deter o passo...
A confiança no poder de renovação do ser humano.
Portanto, devemos aproveitar as adversidades para cultivar virtudes.
Fazer dos tropeços um passo de dança.
Do medo um desafio.
Dos opositores, amigos.
E retirar, de todas as circunstâncias, lições para ser feliz.