Nova postagem no blog próximo sábado

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Indiferença...

   "O ódio é uma forma de amor que enlouqueceu, sendo que a morte do sentimento de amor, muito pior que o ódio, é a referida indiferença." Joanna de Angelis - O despertar do Espírito

   Vivemos uma época em que estamos absortos por dezenas de informações que ainda não estamos acostumados a processar. Envolvidos pela tecnologia e pela velocidade das informações, muitas inúteis, que nos tomam precioso tempo.

   Não paramos mais para pensar, não paramos para olhar para o lado, para estender a mão, temos pressa...

   Mas qual a pressa? Focados naquilo que o mundo material nos oferece, esquecemos os verdadeiros valores, os valores do espírito, este sim imortal, esta sim a verdadeira vida.

   Esquecemos de cultivar os verdadeiros valores e se esquecemos de nós mesmos, que dirá do próximo. Fechamos os olhos à violência, à dor alheia, à fome, à miséria, isso já se tornou normal...

   Identificamos centenas de culpados sem nos propormos a estender a mão, a doar o que muitas vezes não necessita de bens materiais, mas apenas de algumas palavras de consolo, de alguns minutos de nosso tempo.

   E permitimos que isso ocorra dentro dos nossos lares, com os nossos filhos, cônjuges, entes queridos. Perdemos horas em frente a televisão, ao computador, e muitas vezes colocamos nossos filhos em frente a essas máquinas para que não nos perturbem. E esquecemos de olhar para as necessidades daqueles que estão ao nosso lado, dividindo conosco suas jornadas, seu dia-a-dia. Deixamos pra depois o diálogo, o abraço, a conversa amiga...

   Quem odeia, sente raiva, amargura por alguém é porque ama, porque de alguma forma o sentimento adoeceu, transformou-se, mas ainda está ali, no recôndito do ser, aguardando o perdão. Já a indiferença é ausência do sentimento, é o vazio, o nada sentir...


"Deixamos pra depois uma conversa amiga
Que fosse para o bem, que fosse uma saí­da
Deixamos pra depois a troca de carinho
Deixamos que a rotina fosse nosso caminho
Deixamos pra depois a busca de abrigo
Deixamos de nos ver fazendo algum sentido
Amanhã ou depois, tanto faz se depois
For nunca mais... nunca mais
Deixamos de sentir o que a gente sentia
Que trazia cor ao nosso dia a dia
Deixamos de dizer o que a gente dizia
Deixamos de levar em conta a alegria
Deixamos escapar por entre nossos dedos
A chance de manter unidas as nossas vidas
Amanhã ou depois, tanto faz se depois
For nunca mais... nunca mais"  
Nenhum de Nós

Um comentário:

Cláudio disse...

"Ao conjugar o verbo “ia”, não só me torno uma vítima de mim mesmo como vitimo todos aqueles que nutrem expectativas a meu respeito: 'Eu ia visitar meu amigo que não vejo de longa data… Ventou, nublou, choveu ou fez calor, o sol escaldou e eu não fui; eu ia me reconciliar com o fulano, mas negligenciei todas as chances e o fulano se foi… Ou eu me fui; eu ia visitar o meu irmão doente, mas – e aqui adentro em máximas Cristãs – tive que socorrer minha ovelha que caiu na cova, ou meu filho casou ou tive que desatolar meu burro…' E assim, vou conjugando o verbo “ia” igualzinho, igualzinho a inércia." ABRAÇO FORTE DO Cláudio.