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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Amar, verbo intransitivo...

   "Dizia Mario de Andrade que amar é verbo intransitivo. Acho que é, também, defectivo, pois não tem passado - é só presente e futuro. Quem uma vez amou, continua amando, se é que é amor e não paixão." Hermínio de Miuranda - Nossos Filhos são Espíritos

   Achei belíssima e concordo plenamente com a colocação de Hermínio Miranda no livro Nossos Filhos são Espíritos.

   Como diria Mario de Andrade, amar é verbo intransitivo pois não necessita de nenhuma forma de complemento, não precisa dizer quem, o que, quando, onde, e muito menos por quê. Quem ama, ama simplesmente.
 
   Não existe, como se pensa, várias formas de amor. Amor é amor e ponto final. É o amor que nos ensinou Jesus e do qual ainda estamos tão longe, o amor universal.

   E a complementação de Hermínio foi providencial e genial. Amar é também verbo defectivo, pois não existe passado para o verbo amar, quem uma vez ama, amará para sempre, e se disser que amou, na verdade pode ter sentido qualquer outro sentimento, menos amor. 

   Conforme nos ensinou o apóstolo Paulo sobre a caridade e o mesmo se pode dizer sobre o amor que: "é benigno; não é invejoso; não trata com leviandade; não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".( Paulo, I Coríntios, cap. XIII, vers. 1 ao 13).

Um comentário:

blogdovelhinho disse...

Gosto deste: "não suspeita mal". Não me cabe questionar: O que o guardador fará com meus dois reais? Se é legítima sua condição de guardador? Se a sua condição de guardador é um 'disfarce'? Só preciso entender que ELE ESTÁ ME PRESTANDO UM SERVIÇO... Demais é 'suspeita má'! A caridade, aqui 'travestida' de amor, NÃO ACEITA MEIOS TERMOS. Abraço forte do Cláudio.