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terça-feira, 29 de maio de 2012

Espírita, eu?

   "O que nos caracteriza como espíritas não é termos conquistado o bem, mas o fato de estarmos cansados do mal. Somos espíritos que erramos muito no passado, nos saturamos em nossas dores e dificuldades morais e desejamos ardorosamente o bem, encontrando na fé raciocinada o estímulo ideal de desenvolvimento que nos fala à alma e ao coração." Andrei Moreira - Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal.

   Muitas vezes escuto ao revelar minha crença na Doutrina espírita frases como: 'Sério? Mas não pareces espírita?' Isso me chateia bastante...

   Não sei ao certo qual a visão que as pessoas em geral tem dos espíritas, certamente, lembram-se do Chico e sua doçura, sua sabedoria, sua serenidade, sua bondade... Deve ser isso.

   Mas nós espíritas, acredito que não apenas eu, mas todos nós, estamos infinitamente distantes das virtudes do nobre representante da doutrina. Esse sim, soube fazer do Evangelho do Cristo não apenas teoria, mas prática diária, soube amar o próximo como a si mesmo, e talvez até muito mais. 

   Mas nós que encontramos em algum momento de nossa caminhada a Doutrina Espírita somos todos comprometidos, altamente comprometidos com nossos erros do passado, e estamos através dela procurando resgatá-los, reconhecer em nós mesmos as marcas de nossas mazelas, nossos desvios de conduta e a passos lentos, muito lentos mesmos, através do trabalho pelo bem do próximo,como instrumento dos amigos espirituais, pois são eles os verdadeiros responsáveis pelo trabalho, somos apenas instrumentos, resgatar nossa bagagem de erros e desvios, procurando transformá-los em virtudes.

   Somos espíritas, mas não perfeitos, ou nem estaríamos mais aqui. Somos espíritas, mas erramos, tropeçamos, caímos, somos ainda egoístas, vaidosos, orgulhosos... como qualquer espírito comum em nosso planeta. Apenas tateamos por um caminho cuja luz avistamos muito, muito ao longe. 

   Mas isso não nos impede de continuar, se ao voltarmos a cair em erros passados, desanimarmos e estagnarmos, não chegaremos a lugar algum. Ao cair, ao deixarmo-nos dominar por nossos homem velho, cabe-nos recomeçar, reconhecer o erro e procurar acertar da próxima vez. É o velho método da tentativa e erro.

   Felizmente, a misericórdia infinta do Pai não nos abandona, os trabalhadores da última hora, que somente agora saímos da inércia e abraçamos a reforma íntima.

   Espírita eu? Claro que sim!!! 

   "Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral,  e pelos esforços que faz para  domar suas más inclinações." ESE Cap. XVII item 4

Um comentário:

blogdovelhinho disse...

Mascates do bem e do mal em trânsito por todos os tempos e em todos os lugares; intérpretes de scripts evolutivos diferenciados... Aí quando chegamos a 'ser espíritas', estufamos o peito e dizemos: Não! Ests coisas aconteceram comigo em outras eras; hoje sou espírita... Sou 'quase santo'... É mole? Obrigado e um abraço!