Ontem a noite lendo "Saúde Mental à Luz do Evangelho do Dr. Inácio Ferreira, deparei-me com um capítulo que vinha perfeitamente ao encontro da postagem que fiz ontem sobre a reunião de preces e irradiações e sobre como muitas vezes nos afastamos do Pai e deixamos de receber os benefícios que essa relação mais próxima nos proporciona. Transcrevo na íntegra o capítulo e aconselho aos interessados a leitura do livro que trata de crônicas diversas sobre alguns trechos do Evangelho:
Correu para Ele:
"E, levantando-se, foi para se pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou o beijou." - Lucas , cap. 15 v. 20
Emocionante, este trecho da parábola do Filho Pródigo... O filho deliberou levantar-se e ir para o pai, mas o pai, ao ver seu esforço, não permaneceu imóvel: correu para ele!
É assim que Deus age conosco: ao perceber, em nós, a menor disposição para reconsiderar atitudes equivocadas, corre ao nosso encontro, fortalecendo-nos a vontade ainda débil.
Todos os dias, o Criador deve permanecer na expectativa da criatura que vem caminhando de volta para Ele...
Como, por exemplo a mão que, a todo momento abre a porta da casa na esperança de ver o filho ausente chegando de longa viagem, nosso Pai de olhos fitos na extensa planície que liga o Céu à Terra, anseia pelo nosso retorno ao seu Divino Regaço.
Deus não permanece estático, incapaz de dar um passo sequer na direção do espírito arrependido...
Todavia, para que Ele se movimente em nosso favor, precisamos tomar a iniciativa de nos levantarmos e caminhar!
No contexto da Parábola, fica subentendido que o pai, depois de abraçar e beijar o filho, que ainda vinha longe, o aliviou de todo o cansaço da jornada e, mesmo, sustentou-o em seus braços, no trecho que faltava percorrer.
E, ouvindo as confissões do filho em torno dos deslizes que reconhecia ter cometido, sequer os comentou e não lhe teve uma única palavra de repreensão.
Em sua grande alegria, limitou-se a recomendar aos servos: 'Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés...'
Obrigada Pai pela sua infinita misericórdia, de sempre nos carregar nos braços, quando pródigos, arrependidos e maltratados pelos nossos próprios descaminhos, te batemos a porta."
Um comentário:
Retornamos à Casa do Pai, no caso, assumimos a Casa Espírita devido à nossa prodigalidade... Na maioria das vezes é assim: Retornamos depois que a 'fortuna' termina e os 'infortúnios' aparecem. Obrigado e um abraço!
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