"O médico é o pior paciente".
Sempre procurei entender está frase, mas não via sentido...
Hoje compreendo perfeitamente, é extremamente difícil para quem está acostumado a socorrer, a amparar, a auxiliar, a ser instrumento de cura, passar para o outro lado.
E não é por orgulho, vaidade ou impaciência, é a sensação das mãos ociosas.
Mãos habituadas ao trabalho no bem, ao socorro, se vêem de repente impedidas, mesmo que temporariamente, não é nada fácil lidar com a angústia e a tristeza que se instalam sorrateiras...
E isso não vale apenas para o médico do corpo, mas também ao médico da alma, àqueles que está habituado a socorrer os caídos, se vê caído. Não sente vergonha disso, pois todos somos necessitados, mas sente falta do trabalho no bem. É um estranho no ninho...
Resta o exercício da paciência e da cura o mais breve possível para retornar renovado e apto ao trabalho.
Um comentário:
Lendo 'A imensidão dos sentidos' me deparo com um grande paradoxo: Somos 'perfectíveis', ou temos o germem da pefeição, mas, também, somos falíveis... É isso aí minha amiga, os católicos possuem, no ritual de suas missas, uma parte que diz bem isso: Somos um povo santo e pecador... Médicos e pacientes. Vamo que vamo; bola prá frente que o Flu tá aí... Abraço! Cláudio.
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