Nova postagem no blog próximo sábado

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Eu Procusto, tu Procusto, ele Procusto...

   "Há na Mitologia grega, a figura de Procusto que possuía em casa um leito de ferro do seu tamanho e tinha por hábito punir suas vítimas colocando-as nesse leito e adequando-as à sua medida. Se a pessoa fosse maior que o leito, tinha um pedaço do corpo decepado, se fosse menor, era esticada. Procusto tornou-se símbolo de rigidez e estreiteza de pensamento.
Os homens (e mulheres) procustos escondem-se de si mesmos atacando os diferentes, tentando uniformizar a vida aos seus padrões e perdendo, assim, a maravilhosa oportunidade de crescimento que a riqueza da diversidade oferece." Andrei Moreira - Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal

   Quanto de nós não nos fazemos em diversos momentos da vida e até por toda ela verdadeiros Procustos. tentamos a todo custo adequar o outro aos nossos valores, ao que acreditamos ser o certo, ao nosso julgamento, à forma como imaginamos e gostaríamos que o outro fosse.

   É assim dentro das nossas famílias com irmãos, cônjuges e principalmente filhos, queremos muitas vezes traçar-lhes o destino que julgamos ser o mais adequado, o correto e que certamente nãos erá aquele que o outro escolherá e isso nos decepciona. Nos decepcionamos porque o outro não seguiu nossos conselhos, nossa autoridade até, mas o outro tem suas próprias necessidades, sua história como espírito imortal.

   Cada um de nós traz uma bagagem de experiências vividas em encarnações anteriores que lhe é própria e única. Assim, traz consigo na consciências os caminhos a seguir para sua própria evolução, as dores que terá de enfrentar e as dificuldades a vencer.

   Nos cabe aconselhar, guiar se esta é a nossa responsabilidade, mas nunca interferir no livre-arbítrio do outro.

   E assim ocorre também com os nossos preconceito, temos pré-conceito do que é certo e errado, no nosso estreito ponto de vista e a partir daí julgamos, apontamos os erros alheios como juízes duros e até cruéis.; Causamos traumas, fobias, medos no outro que não é aceto, que é diferente, que não se encaixa nos nossos valores.

   Mas quem somos nós para julgar? Se o maior que esteve entre nós nunca julgou ninguém, sempre acolheu a todos que lhe buscavam com carinho, com palavras de compreensão e de fé, nunca com reprovação. Seu ensinamento sobre isso: "Aquele que não tiver pecados atires a primeira pedra". 

   Quanto mal já geramos por queremos encaixar o outro nos nossos valores: inquisições, holocaustos e em pequeno grau dentro de nosso pequeno campo social, como estamos agindo? Compreendendo e amparando como o mestre? Ou somos pequenos Hitles, Torquemadas e tantos outros, juízes implacáveis da vida alheia?

  Não percamos a oportunidade de compreender e aprender com quem é diferente, pois todos somos diferentes uns dos outros, somos individualidades únicas, progredindo e aprendendo umas com as outras.

Um comentário:

Cláudio disse...

As coisas que vejo são exatamente do tamanho e da cor de meus olhos... Se não enxergá-los com os olhos do coração - a percepção - ficarei muito limitado. Procusto, heim?! Do fundo do baú. Abraço e obrigado!