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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Nossos ídolos são de barro

   Temos por hábito cultuar ídolos, sejam na vida profissional, pessoal ou em qualquer área de nossa vida, talvez pela nossa carência de heróis procuramos no outro o ser perfeito, na referência, a meta a atingir, aquilo que gostaríamos de ser ou parecer.

   Mas quando passamos a conviver, por exemplo, trabalhar com nosso ídolo passamos a perceber sua imperfeição. Imperfeição que nos é comum a todos dado o grau evolutivo em que nos encontramos.

   Se você vê um profissional exemplar, eficiente, você poderá perceber que ao desenvolver estas características o indivíduo deixou para trás sua evolução como ser humano, como indivíduo, como espírito em busca da evolução. 

   O indivíduo ao realizar-se como profissional de sucesso pode tornar-se ser humano de difícil convivência, ao perceber-se intelectualmente superior deixa a soberba, a arrogância, o egocentrismo dominar sua vida e passa a tratar os demais como inferiores.

   Isso não é regra, não estou querendo dizer que todos aqueles que investem em seus estudos, em seus metrados, doutorados e pós docs tornar-se-ão péssimos seres humanos. Apenas faço uma reflexão sobre quais são os ídolos que estamos cultuando.

   Todos os nossos ídolos na Terra são de barro, imperfeitos como nós, e quebráveis a qualquer tombo. 

   Aquele que foi o maior de todos, o símbolo da perfeição e a meta a atingirmos não possuía graduação, pós graduação, mestrado ou doutorado e nunca julgou ninguém como superior ou inferior, ele não fazia diferenças entre ninguém.

   Foi simples carpinteiro para nos mostrar a importância do trabalho honesto, vestia sandálias, uma única túnica e não tinha sequer uma pedra onde descansar a cabeça, para nos mostrar a necessidade do desapego aos bens materiais. Fez-se carne como qualquer um de nós, socorria os caídos e dizia que veio para os doentes e não para os sãos, perdoava, amava, a todos recebia com uma sorriso indefinível para nos mostrar que não existem diferenças, que precisamos uns dos outros, e que somos iguais em desgraça, em dores e em necessidades provacionais. Se assim não o fosse não estaríamos mais nesse planeta de provas e expiações.

   "Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo? Jesus" (Questão 625 Livro dos Espíritos)

Um comentário:

blogdovelhinho disse...

Amar uma pessoa à distância, é muito fácil. Ser gentil com um estranho passa uma 'imagem boa'. Como digo a meus filhos: Vai morar junto com ele!... Que dívidas - que eu não sei - eu poderei ter com ele!? É no contato que as dificuldades aparecem... Quando penso que minha velhinha convive comigo faz 43 anos, acho-a uma heroína. Valeu, obrigado!