Temos por hábito cultuar ídolos, sejam na vida profissional, pessoal ou em qualquer área de nossa vida, talvez pela nossa carência de heróis procuramos no outro o ser perfeito, na referência, a meta a atingir, aquilo que gostaríamos de ser ou parecer.
Mas quando passamos a conviver, por exemplo, trabalhar com nosso ídolo passamos a perceber sua imperfeição. Imperfeição que nos é comum a todos dado o grau evolutivo em que nos encontramos.
Se você vê um profissional exemplar, eficiente, você poderá perceber que ao desenvolver estas características o indivíduo deixou para trás sua evolução como ser humano, como indivíduo, como espírito em busca da evolução.
O indivíduo ao realizar-se como profissional de sucesso pode tornar-se ser humano de difícil convivência, ao perceber-se intelectualmente superior deixa a soberba, a arrogância, o egocentrismo dominar sua vida e passa a tratar os demais como inferiores.
Isso não é regra, não estou querendo dizer que todos aqueles que investem em seus estudos, em seus metrados, doutorados e pós docs tornar-se-ão péssimos seres humanos. Apenas faço uma reflexão sobre quais são os ídolos que estamos cultuando.
Todos os nossos ídolos na Terra são de barro, imperfeitos como nós, e quebráveis a qualquer tombo.
Aquele que foi o maior de todos, o símbolo da perfeição e a meta a atingirmos não possuía graduação, pós graduação, mestrado ou doutorado e nunca julgou ninguém como superior ou inferior, ele não fazia diferenças entre ninguém.
Foi simples carpinteiro para nos mostrar a importância do trabalho honesto, vestia sandálias, uma única túnica e não tinha sequer uma pedra onde descansar a cabeça, para nos mostrar a necessidade do desapego aos bens materiais. Fez-se carne como qualquer um de nós, socorria os caídos e dizia que veio para os doentes e não para os sãos, perdoava, amava, a todos recebia com uma sorriso indefinível para nos mostrar que não existem diferenças, que precisamos uns dos outros, e que somos iguais em desgraça, em dores e em necessidades provacionais. Se assim não o fosse não estaríamos mais nesse planeta de provas e expiações.
"Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo? Jesus" (Questão 625 Livro dos Espíritos)
Um comentário:
Amar uma pessoa à distância, é muito fácil. Ser gentil com um estranho passa uma 'imagem boa'. Como digo a meus filhos: Vai morar junto com ele!... Que dívidas - que eu não sei - eu poderei ter com ele!? É no contato que as dificuldades aparecem... Quando penso que minha velhinha convive comigo faz 43 anos, acho-a uma heroína. Valeu, obrigado!
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