"O índice de suicídios nos países civilizados é espantoso, porque a cultura é materialista, vivendo no inconformismo, e o prazer é o único motivo do significado existencial." Joanna de Angelis - Psicologia da Gratidão
Vivemos numa sociedade consumista, arraigada aos bens materiais e às conquistas materiais. Os indivíduos são diariamente bombardeados pela necessidade do ter e ter cada vez mais. Pouco se valoriza o ser, o individuo é valorizado pela aparência, por suas conquistas materiais. Não importam seus valores, crenças, atitudes, importa o exterior.
Não lhe perguntam quem é, mas o que é? Os valores morais estão cada vez mais sufocados pela busca do prazer desenfreado. valoriza-se o dinheiro muito mais do que o caráter.
E quem não consegue chegar a estes patamares de conquistas materiais? Ficam segregados a bolsões de misérias e anonimatos, como se sequer existissem dentro da sociedade, buscando na violência e na marginalidade o seu status o seu "ter".
Acaba-se por gerar indivíduos de ambos os lados em busca de um prazer inalcançável, pois buscado nos lugar errado. Busca-se o prazer e o bem-estar no exterior quando ele deve ser procurado dentro do indivíduo, na sua convivência com o próximo.
Convivência esta que deve ser pautada no doar-se ao outro e não em extrair dele o máximo de benefícios para si próprio. Não em utilizá-lo, mas aprender com ele, dividir-se com ele.
Essa busca desenfreada só acarreta desilusão e solidão. Indivíduos cada vez mais fechados em seu egoísmo. Surge a dor como correção, a dor da solidão, a depressão.
E esta encontra o indivíduo vazio de valores, vazio de fé, as idéias materialista do nada além da vida acabam levando-o a buscar no auto extermínio o fim do seu sofrimento. Sem saber que encontrar-se-á com sofrimento ainda maior ocasionado por sua escolha equivocada.
Encontrar-se-á com os frutos de sua irresponsabilidade desvalorização da vida, que é dádiva divina, oportunidade de crescimento.
"Mas aquele que não crê na
eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto
e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha
muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.
A incredulidade, a simples
dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, em uma palavra, são os
maiores incentivadores do suicídio:
elas produzem a frouxidão moral.
A propagação das idéias materialistas é, portanto, o veneno que inocula
em muitos a ideia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma
terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais
permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga
indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a
paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a ideia do suicídio.
Daí, numa palavra, a coragem moral." (ESE Cap. V Itens 15 e 16)
2 comentários:
"A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a 'frouxidão' moral"... Pois é, minha amiga, fazemos 'das tripas coração'para elevá-la, apertá-la, estreitá-la. Não é mole! Um abraço.
Muito bem Fernanda, venho tendo esse tipo de questionamento no dia a dia, pessoas cada vez mais vazias do "ser" e cada vez mais preocupadas e focadas no "ter". Está chegando o tempo dos olhos serem abertos à realidade, ao que realmente importa. Abraço.
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