" Crianças que foram desamadas ou que vivenciaram um grupo familiar agressivo, de constituição grosseira ou vulgar, permanecem assinaladas pelos atritos emocionais e desajustes a que se viram submetidas, cerrando-se ao sentimento, por transferirem para a sociedade aquilo que lhes era comum na intimidade doméstica." Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito
Vivemos em um mundo de provas e expiações onde ainda existem famílias desestruturadas, formadas de indivíduos que não sabem amar, não conseguem demonstrar sentimentos, utilizam os filhos como forma de descontar suas mágoas, ressentimentos, recalques e frustrações.
Sofrem essas crianças todo tipo de agressão física e verbal, acumulando sentimentos de mágoa e rancor contra aqueles que deveria amar, pois deveriam exercer o papel de guias de protetores, mas não o fazem.
Sabemos que dentro da lei de causa e efeito, tudo tem uma razão de ser. Se o espírito renasceu numa família como esta certamente trazia necessidades e resgates de vidas anteriores que de certa forma lhe impuseram este tipo de família.
Porém isso não retira a responsabilidade do pai ou da mãe que falhou em sua missão, que era a de amar, guiar e proteger. Certamente terá que prestar conta de seus erros e será co-responsável pelos traumas que as suas ações gerarem no filho que não soube amar.
Dependendo da personalidade do indivíduo e de sua bagagem espiritual ele reagirá de formas muito diferentes a isso: poderá devolver à sociedade a falta de amor que recebeu, através de agressão; poderá fechar-se em seus ressentimentos, cultivando suas mágoas e passar a encarnação cheio de traumas; poderá, se um pouco mais lúcido, procurar ajuda e uma forma de compreender seja através da doutrina espirita ou de alguma outra o porquê dessa provação; e em último caso, sendo um espírito de grande elevação moral, poderá compreender as dificuldades daqueles pai ou daquela mão, seu grau evolutivo ainda muito primitivo, e perdoar, devolvendo a agressão em forma de amor e benção (casos raros).
Um comentário:
O termo "assinaladas" de Joana de Angelis é o mais apropriado... Todos são marcados, de alguma forma: Uns com muito carinho, outros com distância e indiferença e outros, e infelizmente aí me incluo com verdadeiro ferro e fogo... Ainda bem que, no meio da estrada aparecem anjos: Os meus começaram a aparecer aos 10 anos incompletos. Valeu; obrigado!
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