"No recesso da família renascem os sentimentos de afinidade ou de rechaço que os Espíritos preservam de outros relacionamentos felizes ou desventurados em reencarnações transatas, refluindo consciente ou inconscientemente como necessidade de liberação dos conflitos, quando forem dessa natureza, ou intensificação da afetividade, que predispõe às manifestações mais significativas do amor além da esfera doméstica." Joanna de Angelis
Que outra explicação poderíamos utilizar, além da reencarnação, para os inúmeros casos de conflitos familiares bastante sérios que assistimos diariamente nos noticiários?
São inúmeros casos de pais abandonando, matando, agredindo filhos, ou filhos igualmente assassinando, agredindo, abandonando pais, irmãos, e outros entes que deveriam ser queridos.
Estes são os casos extremos, mas dentro dos nossos lares em grau muito menos intenso vemos as diferenças existentes entre pais e filhos, entre irmãos, que vivem o conflito da necessidade do amor que os laços sanguíneos pressupõe e rechaços e diferenças, sentimentos de repulsa e desconfiança que somos incapazes de explicar de onde vem e por que vem.
Somente a reencarnação é capaz de nos mostrar as causas, os motivos desses contraditórios sentimentos. Já vivemos outras vidas e mais do que isso, já convivemos em outras vidas com aqueles que conosco hoje dividem o lar.
Já fomos amigos e nos fizemos o bem e hoje trazemos sentimentos puros de carinho e de afeto uns pelos outros, mas com outros já fomos inimigos, desafetos, já fizemos o mal uns aos outros, já nos ferimos, nos magoamos e por isso hoje trazemos no íntimo do ser esse sentimento de dúvida, de desconfiança e até de repulsa em relação ao outro ao qual deveríamos amar.
Os laços de sangue dentro da família nos servem para que essas diferenças sejam desfeitas, ou ao menos amenizadas e o amor floresça ou apenas brote para florescer numa próxima oportunidade
Nos nos culpemos se ainda temos sentimentos contraditórios, inexplicáveis, procuremos amenizá-los apenas, buscando a convivência pacífica, sem agressões físicas ou verbais, um relacionamento baseado na compreensão, na tolerância, no entendimento de somos todos diferentes, e que alguns de nós ainda não estamos preparados para compreender o que outros já compreendem e esperemos que amor surja, um dia, naturalmente, sem pressão, sem cobranças.
"Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser." Chico Xavier
Um comentário:
Como é 'sutil' nosso Pai na promoção de Seus 'encontros/reencontros'. Em nem me refiro aos consangüíneos, porém aos demais. Hoje encontrei um pessoal de Santa Maria em 'minha' praia: Guria, parece que nos conhecíamos há anos. Já era 12:30 e o pessoal não me deixava vir embora. Te juro que o episódio me deixou 'meditativo'. Parabéns e um abraço! Cláudio.
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