"Torna-se de alto significado, para um exitoso relacionamento social, que o indivíduo tenha a coragem de considerar a própria crueldade, os sentimentos ambíguos, os receios interiores, as inseguranças e a agressividade pessoal em uma análise honesta das dificuldades que lhe são peculiares, buscando superá-las a fim de que não haja transferência de responsabilidade para outrem, ou consciência de culpa quando qualquer insucesso se manifestar nos intercâmbios buscados.
Quando se é capaz de vencer as imperfeições, sem as direcionar para os outros, tem-se condição para convívios saudáveis, harmônicos, o que não impede a ocorrência de desajustes e incompreensões que podem ser discutidos e diluídos, tendo-se em mira o objetivo de construir uma boa sociedade." Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito
Para vivermos em sociedade, buscamos a aceitação dos determinados grupos sociais onde queremos nos inserir, e para que busquemos a aceitação desse grupo procuramos de todas as formas mostrar as nossas qualidades e mascarar nossas imperfeições.
Inicialmente a máscara, na maiorias das vezes, funciona e somos aceitos, porém o convívio diário ou constante nos impede de manter essa máscara o tempo todo, ela acaba por entortar-se, deslocar-se e até mesmo cair deixando à mostra as imperfeições que procurávamos disfarçar.
É muito fácil para cada um de nós apontarmos os defeitos daqueles que estão ao nosso lado, como Jesus mesmo nos explicou temos o hábito de "apontar o cisco no olho do próximo, mas não vemos a trave no nosso." Nesse jogo das máscaras, acabamos por iludir a nós mesmos, e nos tornarmos desconhecidos para nós mesmos, quando alguém nos aponta um defeito, como é difícil aceitá-lo, a primeira atitude é a negação absoluta. "Não, eu não sou assim!", alguns de nós posteriormente até fazemos uma reflexão a respeito perguntando-nos se realmente somos assim, mas acabamos sempre encontrando desculpas para esse comportamento ou acreditando que houve certo exagero no julgamento do outro.
Há pouco tempo, participando de um treinamento com um grupo de colegas com os quais não tenho muito contato, apenas em alguns cursos que fizemos, participamos de uma dinâmica na qual primeiramente escrevemos nosso nome em uma folha em branco e essa folha circulou entre os demais para que cada um escrevesse uma característica positiva da pessoa cujo nome estava escrito na folha, até aí tudo bem, é bom ver quais as qualidades que os outros vêem em você.
Num segundo momento a mesma folha circulou para que fosse apontado um defeito do nome constante na mesma. Quando a folha com meu nome retornou trouxe uma desagradável surpresa, 90% dos comentários apontavam como defeito "personalidade forte".
Parei para pensar em tudo que poderia implicar o termo "personalidade forte": agressividade, egoísmo, imperatividade dos opiniões, dificuldade de convivência.... Confesso, amigos leitores, que até o momento acredito que houve "certo exagero" e ainda estou procurando desculpas para mim mesma....
Como é difícil o exercício deste conselho de Joanna, transcrito no início desta mensagem, o autoconhecimento requer muita coragem, coragem de olhar para si mesmo sem medo de ver o nosso próprio lado obscuro, de verificar que o mal ainda existe sim, e dentro de cada um de nós.
Como é difícil o exercício deste conselho de Joanna, transcrito no início desta mensagem, o autoconhecimento requer muita coragem, coragem de olhar para si mesmo sem medo de ver o nosso próprio lado obscuro, de verificar que o mal ainda existe sim, e dentro de cada um de nós.
E você amigo leitor, quais são as suas máscaras??
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