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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Não precisa ter Conta Sangüínea


“Família é quem você escolhe pra viver,
Família é quem você escolhe pra você,
Não precisa ter conta sanguínea

É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia” (O Rappa)


Hoje pela manhã dirigindo para o trabalho ouvia no rádio essa música e sempre que ouço esse trecho reflito sobre o Cap. XIV de o ESE:
“Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo entre parentes próximos, são, o mais freqüentemente, Espíritos simpáticos, unidos por relacionamentos anteriores, que se traduzem por sua afeição durante a vida terrestre; mas pode ocorrer também que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns aos outros, divididos por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem da mesma forma por seu antagonismo na Terra, para lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consangüinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e após a sua encarnação. De onde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes, podem ser mais irmãos pelo Espírito do que se o fossem pelo sangue; podem se atrair, se procurar, dar-se bem juntos, enquanto que dois irmãos consangüíneos podem se repelir, como se vê todos os dias”

         Quantas vezes vemos e até sentimos dentro da nossa família aqueles que, mesmo contendo os laços consangüíneos e dividindo o mesmo lar, não possuem afinidades e algumas vezes até possuem certa antipatia gratuita, aparentemente sem razão de ser.

         Dizemos aparentemente, pois o conhecimento da doutrina nos mostra que essa antipatia deriva de adversidades e situações vividas em encarnações anteriores e que devem ser reparadas nesta.

         Outras vezes vemos pessoas que não possuem nenhum laço de consangüinidade, viverem uma relação extremante fraterna, como se verdadeiramente irmão fossem.

         É aquela sensação de conversarmos pela primeira vez com alguém e termos a sensação de que já nos conhecemos há muito tempo. Quem já não passou por isso?

        Daí a relação entre família corporal e família espiritual, a família corporal nos une para que aprendamos a nos amarmos, acertemos as contas passadas e a transformemos em família espiritual, muitas vezes um desafio ao espírito, por isso vemos tantas tragédias em família, irmãos contra irmãos, pais contra filhos e vice-versa.

         Já a família espiritual são aqueles que já amamos, já convivemos em outras vidas, já estamos em sintonia. São aqueles amigos queridos que dividem conosco momentos reconfortantes de nossas vidas, recarregam nossas baterias para seguirmos nossas provas e expiações.


         Leva-me a refletir também sobre o tema adoção, muitos possuem certo preconceito com relação a ela. Alegam que adotar uma criança desconhecida seria uma risco, pois como saber qual a carga genética, quais a propensões que essa criança traz consigo?

         Mas a Doutrina espírita também nos explica neste mesmo capítulo  do ESE que "o corpo deriva do corpo, mas o espírito não procede do espírito”, portanto, certamente não teremos como saber quais as doenças físicas que essa criança poderá desenvolver no futuro, mas podemos fazer uma acompanhamento médico que amenizará qualquer conseqüência.

     Quanto à personalidade, caráter, sentimentos, esses o espírito traz consigo, não herda dos pais biológicos, é inerente ao seu espírito, à bagagem que traz de suas vidas anteriores. E mais, quem garante que este filho, não consangüíneo hoje, não nos é um espírito querido, há muito procurado, que retorna agora aos braços da família que um dia foi sua e que ainda o é pelos laços do espírito... pensemos sobre isso...


Um comentário:

Anônimo disse...

Precisamos amar. Modesta Cravo, no livro Quem sabe pode Muito. Quem ama pode Mais (Chico Xavier),Fala ao José Mario, que "A vida íntima é como um novelo de vivências nas quais nos aprisionamos sem ter consciência onde se encontra o fio de meada de nossos sentimentos." "E quando o amor sobe para a cabeça, produz o mecanismo de idealização, alimentando sentimentos que são verdadeiras algemas do relacionamento, quais sejam: a cobrança, a desconfiança, a expectativa, o ciúme e a inveja."
Então, necessário se faz, procurarmos vivenciar a família, para que os laços possam, ser levados para o mundo espiritual, de uma forma mais equilibrada, homogenea, vivenciando, a paz, hormonia, verdade, justiça,caridade, e o verdadeiro amor.
Família, se constitui, no amor.