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domingo, 20 de novembro de 2011

Melhoria para Todos

Cada um de nós, para que possamos evoluir, passamos por muitas reencarnações, nosso objetivo final é a perfeição, que só pode ser atingida através do nosso amadurecimento moral durante as vidas sucessivas.



No LE questão 132 Kardec pergunta aos espíritos: “Qual o objetivo da encarnação dos espíritos? Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.”



Antes de cada uma das nossas reencarnações, ainda no mundo espiritual, somos auxiliados pela espiritualidade superior para efetuarmos a nossa programação reencarnatória.



E quando lá estamos, com um pouco mais de consciência dos nossos erros passados e ansiosos por repará-los, escolhemos nossas provas e também as expiações pelas quais passaremos para resgatar os débitos e evoluirmos. E, por diversas vezes, os amigos espirituais nos podam nas dificuldades que escolhemos, amenizando-as, pois em nossa ansiedade muitas vezes escolhemos provas que nos seriam muito difíceis de enfrentar. Preocupados com isso, eles nos propõe provas mais amenas, que tenhamos mais calma, pois muitas serão as oportunidades de resgate. E assim, com uma programação mais amena, compatível com as nossas forças, retornamos à vida física.



Mas quando aqui chegamos, esquecidos dos nossos erros passados e também das nossas próprias solicitações de dificuldades e percalços, reclamamos e nos revoltamos contra Deus, acreditando que ele está nos punindo injustamente com fardos maiores do que podemos carregar.



Falta-nos o exercício de uma virtude muito importante: a resignação, a aceitação de nossas dificuldades. Mas não falamos de uma aceitação passiva, de uma acomodação, mas de uma forma otimista de ver as dificuldades. Lutando e enfrentando os problemas com paciência, com alegria e fé que estamos sendo auxiliados em todos os momentos de nossas vidas, por mais difíceis que eles possam parecer. E que tudo o que nos acontece tem uma razão de ser, se não a encontramos nesta vida, certamente a razão do sofrimento está no nosso passado mais distante.



Deus, sendo infinitamente justo e bom, nunca nos dá um fardo maior do que podemos carregar, nunca nos dá dificuldades maiores do que podemos enfrentar. Tanto que nos concede o auxilio da espiritualidade superior na programação de nossa encarnação, bem como, nos concede o auxilio durante toda a nossa vida de um espírito amigo, o nosso guia, nosso guardião, que nos auxilia com os seus conselhos, mas muitas vezes envolvidos com os problemas do dia-a-dia não nos sintonizamos com ele, nos afastamos dele e de Deus, revoltados e queixosos.



No Evangelho em Matheus cap VII v. 7 a 11 nos diz: “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porque todo aquele que pede recebe, quem procura acha. Qual é o homem entre vós que dá uma pedra ao filho quando lhe pede pão? Se, pois, sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, como quanto mais forte razão vosso Pai, que está nos céus, dará os verdadeiros bens àqueles que lhes pedem.”



Quando somos pais, muitas vezes nossos filhos poderão nos pedir coisas como: ir aquela festa que não sabemos onde é e nem com quem, ou sabemos e julgamos não ser um bom local para irem; ou nos pedem para deixar de ir à escola porque não gostam de estudar, e o que fazemos nessa situação? Dizemos que não! Precisamos muitas vezes dizer não aos nossos filhos para o bem deles, porque sabemos que isso não será bom para eles.



Deus age da mesma forma conosco, quantas vezes pedimos a Deus aquilo que não será bom para nós. Pedimos o descanso ao invés de pedir o trabalho no bem, pedimos que modifique o parente difícil ao invés de pedirmos paciência para uma convivência harmoniosa com ele, e pedimos, quase sempre que nos livre dos nossos problemas quando deveríamos pedir força e coragem para enfrentá-los.



No ESE cap. XXIV item 19 Jesus nos diz: “Aquele que quer me seguir carregue a sua cruz.”



E carregarmos a nossa cruz não é nos acomodarmos com os problemas e achar que eles não têm solução, é enfrentá-los sem revolta com a nossa programação reencarnatória, que é necessária ao nosso progresso como espíritos imortais. É entendermos a nossa reencarnação atual como uma oportunidade impar de melhoria para todos, para que cada um de nós possamos voltar à nossa Pátria Espiritual melhores do que éramos, mais redimidos de nossos erros, mais experientes, mais próximos do amor universal ensinado por Jesus.



No livro Amor Sempre Amor Richard Simonetti nos conta a história de um homem muito esperto:

“Reclamando que o peso da cruz o incomodava, cortou um pedaço da base, ficou mais leve.
Após algum tempo de caminhada, começou a pesar novamente.
Não teve dúvida, cortou outro pedaço e seguiu tranqüilo.
Ao chegar ao fim da jornada, verificou algo que o deixou estarrecido: o acesso às regiões celestiais passava por um abismo profundo, com a largura de dois metros e meio, pouco menos que o cumprimento da cruz original, que deveria ser usada como ponte.
Ao reduzi-la, ficou sem acesso.”



A cruz dos nossos dissabores é sempre proporcional às nossas forças e sempre bem menor do que a que merecemos.



Se não nos parece ser assim é porque carregamos com os ombros nus e o atrito da madeira com a nossa pele vai nos ferindo e provocando grandes dores.



Ficará bem melhor se colocarmos sob os ombros algumas almofadinhas. Mas que almofadinhas seriam essas? As almofadinhas da compreensão, da paciência, da fé, da prece não apenas nos momentos difíceis, mas em todos os momentos de nossas vidas cmo uma ponte de acesso entre nós e a espiritualidade superior, a almofada do Evangelho no lar que protege a nossa família sintonizando o nosso lar com os amigos espirituais que nos guiarão e auxiliarão.

Mas principalmente a almofada do trabalho no bem, da caridade, do amor ao próximo. Já nos dizia o apóstolo Paulo que “O amor cobre a multidão dos pecados”.



Todo o bem que fazemos aos outros é um bem muito maior à nos mesmos, pois vamos abatendo os nossos erros, reparando-os através do amor e não da dor.



Certamente, utilizando essas almofadas, seguindo os ensinamentos do nosso Mestre Jesus, aceitando as dificuldades sem desânimo, sempre buscando a nossa felicidade, enfrentaremos a vida terrena e as dificuldades com mais alegria. E será mais fácil o caminho para cumprirmos nossa programação reencarnatória que deve ser de melhoria para todos.



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