“Eu continuo aqui,
Com meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer.
Vai com os anjos! vai em paz.
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez.
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais”
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer.
Vai com os anjos! vai em paz.
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez.
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais”
(Legião Urbana – Os bons morrem jovens)
Toda
vez que escuto essa música do legião fico com os olhos marejados. E me pergunto
por que? Por que aqueles que amamos precisam ir pra longe de nós? É uma
pergunta automática, da qual sei a resposta, mas a qual não consigo evitar mentalmente
fazer.
Apesar
do conhecimento da doutrina, por que ainda é tão difícil lidar com a perda?
Mesmo sabendo que não é uma perda, que a separação é temporária, apenas alguns
viajam antes, para nos preparar o lugar para a volta ao lar, o verdadeiro, o
espiritual.
Mas
mesmo assim ainda não conseguimos aceitar, verdadeiramente, ainda mais quando
alguém muito querido se vai, mesmo que muitos anos se passem, o que parece é
que a ausência está sempre ali presente. É uma ausência presente ou a presença
da ausência, contraditório, mas real.
Desapego...
Ainda estamos longe de exercitá-lo, nos apegamos aos bens da terra, ao
dinheiro, às posses, e principalmente às pessoas, como se posse nossa fossem.
Esquecemos que cada um tem o seu tempo e terminado ele retornam ao Pai.
E
ficamos martelando a saudade, que às vezes nos traz alegrias e outras nos traz
a presença da ausência. Ficam no ar as perguntas de onde estarão? Como estarão?
É preciso
confiar na bondade e misericórdia do Pai que acolhe os que amamos com um
carinho e amor muito, muito maior que o nosso, confiar que os estamos
entregando em boas mãos, na verdade nas melhores que existem. Dizer de coração:
“Vai com os anjos! vai em paz... Até a próxima vez.”
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