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segunda-feira, 4 de março de 2013

Quando eu me encontrei...

     "Duas pessoas igualmente inteligentes, estudando determinada matéria, não a assimilarão da mesma forma; uma alcançar-lhe-á à primeira vista os menores elementos, outra só a custa de um trabalho lento e de uma aplicação porfiada conseguirá penetrá-la. É que uma já tem conhecimento dessa matéria e só precisa recordá-la, ao passo que a outra se encontra pela primeira vez dentro de tais questões. O mesmo se dá com certas pessoas que facilmente aceitam tal verdade, tal principio, tal ponto de uma doutrina política ou religiosa, ao passo que outras só com o tempo e à força de argumentos se convencem ou deixam de convencer-se. Para umas é coisa familiar ao seu espírito, e estranha para outras." Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

     Apenas através da lei da reencarnação é possível explicar de forma convincente questões como crianças que nunca tiveram contato com um determinado instrumento, de repente mostram-se músicos habilidosos, ou aquelas que trazem inteligência matemática avançadíssima, sem nunca terem contato com a matéria antes, outras demonstram extrema facilidade com línguas estrangeiras...certamente trazem em sua bagagem espiritual de outras vidas esse conhecimento que desperta porque lhe será útil de alguma forma.

     Sempre gostei muito de ler, desde criança, e para isso não tive nenhum tipo de incentivo de meus pais ou professores além do que normalmente se cobra das crianças a esse respeito. Aos 12 anos já havia lido praticamente toda a série de Machado de Assis, José de Alencar entre outros. Gostava igualmente de escrever, lembro de ter uma agenda na qual escrevia textos sobre assuntos diversos, normalmente relacionados aos meus sentimentos. Lembro que isso me ajudou muito na adolescência. Provavelmente isso seja algo que eu trouxe em minha bagagem, nas minhas andanças por esse planeta de provas e expiações.

     Igualmente, sempre busquei uma religião, uma filosofia que me atendesse a mente inquieta, precisava de explicações, de respostas aos meus questionamentos... de onde viemos, para onde vamos, por que estamos aqui? Muitas me apresentaram respostas prontas, textos decorados e um Deus arrogante, cruel e autoritário que poderia satisfazer a muitos, mas que não se encaixava no meu conceito de Deus, no meu conceito de Pai. Pois graças a Deus tive um pai companheiro, amigo, que procurava o diálogo e o carinho em lugar da autoridade e da imposição... e Deus deveria, no mínimo, ser tão compreensivo e amigo quanto o meu pai terreno.

     O gosto pela leitura acabou me levando até um romance espírita, esse romance citava um tal Livro dos Espíritos. Na época não havia a facilidade da internet, mas revirei livrarias atrás do tal livro. E finalmente o encontrei, ou talvez foi ele quem me encontrou... 

     Dentro dele descobri conceitos que de alguma forma já estavam inscritos em algum lugar dentro de minha memória... ele respondia muitas perguntas, ele respondia muitas das minhas perguntas e de forma raciocinada, de forma que me mostrava o Deus Pai, o Deus amigo, infinitamente bom e Justo que eu procurava, que eu pressentia.

     Eu encontrei a Doutrina Espírita, eu me encontrei na Doutrina Espírita, mas algo me diz que não foi a primeira vez que os nossos caminhos se cruzaram... talvez muitos de seus postulados já teriam me sido apresentados em andanças anteriores... o que faz com que eu me pergunte de que lado eu estava naquele momento? Como nos encontramos? Mas isso é assunto pra outra hora.

    Lembro que depois disso procurei uma casa espírita, comecei primeiramente em uma casa localizada próxima ao meu trabalho e que era grande e tinha muitos frequentadores, fiquei lá por pouco tempo... até que um dia fui apresentada a uma pequena casa no bairro onde tinha morado era o Recanto de Luz.

    Lá encontrei alguns rostos conhecidos da escola onde havia estudado, algumas professoras pelas quais tinha grande admiração. Foi estranho o quanto essas pessoas conquistaram minha simpatia e meu carinho em tão curto espaço de tempo, pois uma outra questão importante da minha personalidade (e que provavelmente também tenha eu trazido de minhas andanças) é a dificuldade de relacionamento, não sou uma pessoa muito sociável, na verdade não sou nada sociável.... 

     Mas ali eu me sinto em casa, somos uma grande família, e essa família certamente não começou naquele dia em que cruzei aquela porta pela primeira vez, essa família (incluo aqui encarnados e desencarnados) está em minha vida desde tempos que não posso recordar-me. São meu porto seguro, as mãos que seguram as minhas nos momentos difíceis, são as luzes que iluminam meu caminho e que me puxam de volta quando tropega me desvio da rota certa.

     Obrigada Doutrina Espirita por ser tanta luz em minha vida, obrigada Recanto de Luz por ser meu recanto de paz, meu farol, minha direção!
      Parabéns Recanto de Luz pelos 12 anos irradiando amor completos no próximo dia 12/03!!

Um comentário:

Unknown disse...

Que lindo Fernanda! Me identifico com a tua história, pois também me encontrei na Doutrina Espírita e embora não tenha mediunidade ostensiva e por hora não frequente nehuma Casa Espírita, com certeza já fui apresentada ao espiritismo em outras existências também!Parabéns ao seu Recanto de Luz pelos 12 anos distribuindo amor e conhecimento! Abraços fraternos!