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domingo, 17 de junho de 2012

Verdadeira Pureza


Exposição realizada no sábado dia 16/06 baseada no Cap. VIII ESE


            No item 6 do ESE nos dizem os benfeitores espirituais que:

            “A verdadeira pureza não está somente nos atos, mas também no pensamento, porque aquele que tem o coração puro não pensa mesmo no mal.”

Pensamos a cada instante, durante todo o dia, a cada segundo estamos pensando e muitas vezes não nos damos conta dos nossos pensamentos, não prestamos atenção a eles, deixamos que fluam livremente. Como respirar, só nos damos conta que respiramos, quando paramos para observar, o mesmo se dá com nossos pensamentos.

            Mas necessário se faz que estejamos atentos àquilo que pensamos, pois os nossos pensamentos irão definir as energias e companhias sejam elas encarnadas ou desencarnadas que atrairemos para perto de nós.

         Se tivermos somente bons pensamentos: de paz, amor, paciência, compreensão atrairemos essas energias e aqueles que pensam dessa forma, mas se tivermos pensamentos angustiosos, tristes, de raiva, de ódio serão estas energias e companhias que atrairemos.

            No livro Conviver e Melhorar o espírito Lourdes Catherine nos diz que:
        “O momento ideal para impedir que uma ideia ou uma crença negativa se lhe instale na engrenagem da mente é quando ela surge. Crie um saneador eternamente vigilante, analise tudo e só permita a entrada de pensamentos construtivos e capazes de produzir equilíbrio e progresso.”

        Jesus nos recomendava o Orai e Vigiai, não apenas nossas atitudes, mas também nossos pensamentos, pois são eles que revelam o que existe em nosso âmago, o que cada um de nós realmente é, nossas verdadeiras características, sentimentos.

            A pureza não deve ser apenas aparente, deve ser interior, nossos pensamentos devem estar puros de maus sentimentos para que realmente vivamos a verdadeira pureza.

            Richard Simonetti no Livro Amor Sempre Amor nos afirma:
      “No atual estágio evolutivo o pensamento é como um potro rebelde que se recusa a permanecer nos limites da pastagem. A solução para domar o pensamento é o treinamento, a insistência, a perseverança.”

            No nosso estagio evolutivo ainda não conseguimos dominar nossos pensamentos, os maus pensamento nos chegam ainda em função de nossas imperfeições, mas podemos aprender a identificá-los, e quando surgirem procurar modificá-los, procurando pensamentos mais positivos.

            Usemos o orai e vigiai, vigiemos o mau pensamento e quando ele surgir, oremos buscando a sintonia com os amigos espirituais. Outro meio de impedi-los é procurando ocupar nossa mente e nossas mãos nos trabalho de bem. O trabalho no bem, o fazer algo em prol do outro, o exercício do amor ao próximo nos ocupa a mente, as mãos e o coração e quando assim estamos os maus pensamentos não conseguem proximidade conosco, pois estamos em outra sintonia, em sintonia mais elevada.

            Mas não nos culpemos quando eles ocorrerem, procuremos transformá-los e de forma alguma colocá-los em prática. O fato de pensarmos o mal, mas não passarmos adiante, não colocarmos em prática, já é uma evolução.

            No item 7 do capitulo que estamos estudando do evangelho nos respondem os espíritos amigos:
            “Sofrem-se as consequências de um pensamento mau não seguido de efeito?
         Há aqui uma importante distinção a se fazer. À medida que a alma, empenhada no mau caminho, avança na vida espiritual, se esclarece e se despoja, pouco a pouco de suas imperfeições, segundo a maior ou menor boa vontade que emprega em virtude de seu livre arbítrio. Todo mau pensamento, pois, resulta da imperfeição da alma; mas de acordo com o desejo que concebeu de se depurar, mesmo esse mau pensamento torna-se para ela uma ocasião de adiantamento, porque o repele com energia; é o indício de uma mancha que se esforça por apagar; e não cederá se se apresentar ocasião para satisfazer um mau desejo; e depois que tiver resistido, sentir-se-á mais forte e alegre com a sua vitória.”

            Não temos ainda o poder de impedir nossos maus desejos e pensamentos, mas o mérito, a verdadeira pureza está em transformá-los em boas ações, em não colocá-los em prática, em resistir a eles caso nos surja oportunidade.

            Está no item 10: “Não basta pois ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza do coração.”

            Não basta que aparentemos ser boa pessoas para aqueles que não nos conhecem a fundo, se dentro do nosso lar, com aqueles que conosco convivem somos tiranos. É necessário que tenhamos a consciência tranquila. Aí a verdadeira pureza.

            No livro Saúde Mental nos diz o espírito Dr. Inácio Ferreira:
     “O que fazemos sem ninguém nos observar é o que, realmente, nos caracteriza a personalidade. Sobre o palco, o ator sempre se confunde com o personagem que representa – no camarim, longe da plateia, ele tira a maquiagem e se mostra sem subterfúgios”

            Vivemos num mundo onde as facilidades para que exercitemos o mau são muitas, os caminhos da porta larga são muitos, nosso mundo está carente de ética e valores morais.

            A verdadeira pureza está em resistir a essas tentações, em resistir às nossas más tendências, não apenas na aparência, mas no nosso íntimo, para nós mesmos, mantendo nossa consciência limpa e em paz.

            Ao deixarmos a Terra de retorno à verdadeira Pátria, que é a espiritual, o único julgamento que sofreremos será o da nossa própria consciência. Procuremos exercitar nossa mudança, nossa reforma íntima para que quando lá chegarmos de nada possa nos acusar a nossa consciência, que o nosso saldo seja positivo, que tenhamos praticado muito mais o bem e que mesmo tendo ainda imperfeições e maus pensamentos possamos ter a certeza de ter resistido a maioria deles, de termos ocupado boa parte de nosso tempo ocioso colocando nossas mãos e nossas forças a serviço do próximo.

Receita da alegria - Paz na consciência (Momento Espírita)
Não há receita melhor para vivermos alegres do que a paz na consciência.
Como conquistar essa alegria? Não fazendo aos outros aquilo que não gostaríamos que fizessem para nós.
Busquemos agir com paciência, tolerância, indulgência, misericórdia para com o próximo. Respeitemos a forma de pensar e agir dos outros, não criticando nem julgando, tampouco querendo impor nossas idéias e conceitos.
Se não tivermos algo de bom e construtivo a dizer, melhor nos calarmos.
Quando falamos e agimos de modo impulsivo é provável que venhamos a nos arrependermos mais tarde.
Não é agradável descobrirmos que com nossas palavras e atitudes causamos tristeza, mágoa e dor em alguém.
Todo o mal que produzirmos para os outros, fatalmente se refletirá em nós, pois nossa consciência nos acusará, tirando nosso sossego, alegria e bem estar.
Assim, evitemos todo mal, procurando agir sempre voltados para o bem, ainda que sejamos os verdadeiros ofendidos.
Confiemos sempre na Divina Providência. 
Jesus vela por nós, especialmente quando trabalhamos pelo bem.
Agindo com amor só teremos motivos para alegria.
Paz na consciência é receita de alegria!!!

Um comentário:

blogdovelhinho disse...

"O trabalho no bem... nos ocupa a mente, as mãos e o coração..." Desde ontem estou com algo parecido para postar (continuamos afinados). Há, ainda L. Catherine, que nos recita um 'anti-vírus'; Jesus nos recomendda vigiar e orar; IF nos diz que importante é como estamos no camarim, sem maquiagem; e Simonetti nos receita 'perseverança'... Mas é difícil... Procuro sempre começar em casa. OBRIGADÃO e PARABÉNS!