"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu." Nietzsche
Sempre vi as pontes como a melhor forma de representar nossas vidas. É a meu ver a construção mais perfeita, por que une ao invés de separar, liga, relaciona.
Em alguns períodos de nossas vidas acreditamos que devemos construir ao nosso redor muros e paredes e nos isolamos do mundo, nos fechamos no nosso individualismo e até no nosso egoísmo.
Na verdade aqui estamos para construir pontes, pontes que atravessem os obstáculos de nossas vidas, pontes que nos ligue à grande família universal, pontes que nos liguem à "inteligência primeira, causa primaria de todas as coisas": Deus.
Pontes nos levam ao futuro, ao progresso, muros nos estagnam, nos fecham em nós mesmos, nos separam do mundo real, o mundo de relação com a sociedade que é uma lei divina.
Não falamos aqui de pontes de concreto, mas pontes de afeto, pontes de afinidade. E essas somente nós podemos construir. A responsabilidade é unicamente nossa, algumas vezes surgem aqueles que nos auxiliaram em determinado trecho, outros nos inspirarão determinada direção, mas cabe a cada um de nós, ao nosso livre-arbítrio derrubar os muros e construir as pontes.
Estamos na era do mundo digital, dos relacionamentos virtuais, cuidemos para que este não construa muros ao nosso redor. Não deixemos de lado os relacionamentos reais, nossas pontes de relação, o amigo ao nosso lado, o familiar, o filho, o marido, a esposa que nos merecem o carinho, o diálogo, a atenção e o afeto.
Um comentário:
Enviei, recentemente, à RIE, matéria intitulada: “O ÚLTIMO DOS SERVENTES” NA CORTE DO ORGULHO, que se refere à Q. 559; um trechinho: 'Nas cercanias do castelo de meu orgulho – num ‘ladeirão’ – há um vilarejo onde moram personagens humildes e fraternos; meu o orgulho não se relaciona muito bem com essa ‘estranha’ vizinhança...'Relacionando-o ao teu artigo, Orgulho=muros; personagens humildes e fraternos=pontes. Obrigado e um abraço!
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