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terça-feira, 9 de março de 2010

Sobre a Criança...



As nossas crianças, os filhos que nos chegam ao lar são como livros que possuem muitas páginas já escritas e nós iremos colaborar na escritura de uma nova página.

São espíritos que já tiveram muitas outras vidas e que nos são confiados por Deus para que os guiemos, os eduquemos para essa próxima experiência carnal que irão vivenciar. O lar será a primeira escola para a criança.

E a educação deve começar no período da gestação, pois o feto que está desenvolvendo já possui um espírito ligado a ele que capta as nossas vibrações, os nossos sentimentos. Por isso, antes do contato com o mundo já podemos ir trabalhando a alma do reencarnante através do carinho, do afeto, da tranqüilidade.

Nesse período é necessário cuidado com as rejeições do tipo “eu não queria um filho agora” ou “eu queria um menino e é uma menina”, pois o espírito registra esse sentimento e pode se sentir rejeitado.

Depois do nascimento devemos continuar a educação moral da criança, não devemos de forma alguma traumatizar a criança com violência ou com palavras, mas precisamos educá-las, não apenas com educação formal, mas com educação moral. Hoje vemos muitos jovens e crianças sem limites que não respeitam ninguém e que ainda tem o aval dos pais. Quantas vezes vemos professores que procuram corrigir as crianças, o que deveria ter sido feito em casa, e os pais vão tirar satisfação reforçando, muitas vezes, o mau caráter que o filho está apresentando.

Reforçamos que nunca, em hipótese alguma, há razão para agredir, porque assim só ensinaremos a violência, mas devemos dar limites: dizer sim e dizer NÃO. Não precisamos dizer não com crueldade, mas explicar o porquê do não com diálogo, o que não podemos é dizer sempre sim para nos livrarmos do problema.
Devemos dizer sim quando a nossa consciência mandar e dizer não todas as vezes que for necessário.

Algo muito comum e que devemos evitar é quando marido e mulher disputam na educação do filho. Quando um diz não e o outro diz sim para contrariar. Além de criarmos atrito com o cônjuge, desnecessariamente, estamos estragando a educação dos nossos filhos e o respeito que ele tem pela mãe ou pelo pai. Precisamos educar em parceria.

E não vamos nos preocupar se o nosso filho chorar porque lhe dissemos não. Mais tarde ele compreenderá e será grato por isso. É melhor que ele chore hoje no nosso lar do que mais tarde ele e nós choremos num presídio, num hospital ou num cemitério.

O diálogo é sempre o meio mais adequado. Devemos conversar com os nossos filhos com carinho autoridade. Necessitamos “arrumar tempo” para isso porque são os pais que devem educar as crianças e não a TV ou o computador.

Um dos erros que cometemos é quando dizemos: “Quero dar ao meu filho tudo o que eu não tive”, mas nós não tivemos porque era o contexto adequado a nossa necessidade evolutiva. Nossos filhos não somos nós e aquilo que não tivemos não nos fez falta, nos tornamos adultos, trabalhamos, construímos um lar, tivemos o que necessitávamos. Mas se quisermos dar aos nossos filhos tudo o que não tivemos vamos sufocá-los, temos que dar aos nossos filhos o que eles precisam e não o que não tivemos, senão seremos para eles um banco e não pai e mãe.
É importante que as crianças cresçam entendendo as dificuldades da família e que sejam parceiros quando a família passa por períodos de dificuldades financeiras.

Amar significa fazer o filho crescer e não apenas carregá-lo no colo.

As mães e pais devem chamar a criança para ajudar nos afazeres domésticos leves para ensinar a importância e a necessidade do trabalho e de ser útil.

Temos o hábito de dizer que educamos todos os filhos de forma igual e como podem ser tão diferentes? Cada filho é diferente e deve ser educado de forma diferente. Cada um tem as suas características próprias e a educação deve ser moldar a essas características.

Um outro ponto importante é quando queremos nos projetar nos nossos filhos, querer que eles sejam o que nós não pudemos ser, queremos nos realizar neles. Nossos filhos não somos nós, eles têm suas próprias inclinações que devem ser respeitadas. Se nós por diversos motivos (financeiros, falta de oportunidade) não pudemos ser o que realmente gostaríamos, nós podemos permitir que os nossos filhos decidam pelas suas vidas. Lógico que com a nossa orientação, não os largaremos para fazerem o que quiserem e como quiserem, vamos ouvi-los e orientá-los a seguir o caminho que eles escolheram. Não nos projetemos nos nossos filhos para que não se tornem pessoas frustradas por terem feito o que nós queríamos e não o que eles queriam. Deixemos que eles vivam os próprios sonhos e não os nossos.

A paternidade e a maternidade são uma missão. È colaborar com a obra de Deus e devemos assumir a responsabilidade de ensinar às crianças: responsabilidade, respeito, auto-respeito, compaixão, fraternidade...

Não devemos educá-los somente na parte material, mas é preciso uma educação espiritual. Ensinar aos nossos filhos que a felicidade não está nas coisas materiais.
Devemos realizar com eles o evangelho no lar e trazê-los para a evangelização.
A evangelização infantil beneficia o espírito dando diretrizes morais que irão auxiliá-los não só nesta existência, mas será como um farol iluminando suas vidas como espíritos imortais.
Nossa casa espírita oferecerá a partir de abril a evangelização para crianças a partir dos 5 anos de idade e que irá se realizar no mesmo horário desta reunião. Enquanto os pais assistem a exposição as crianças estarão lá em cima com as evangelizadoras. Em breve o DIJ nos trará mais informações, mas fica já o convite para que tragam suas crianças porque:

Se não dermos luzes aos nossos filhos, eles se intoxicaram nas sombras.

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