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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nossos Conceitos de Paz





Reportagem retirada do Jornal O Clarim de Octávio Caúmo Serrano. Segue na íntegra:




Não conseguimos, ainda, atingir o estado de serenidade que objetivamos porque nos equivocamos nos conceitos e nas ações para a construção de um mundo melhor, mais fraterno, maos justo.


A paz, para nós, é um estado de inércia, de ausência de lutas e conflitos, quando todos pensarão da mesma maneira, terão os mesmos recursos e serão igualmente felizes.


Se mais bem conhecêssemos as leis de Deus, compreenderíamos que essa situação é impossível porque cada um está num estágio de entendimento e para cada um os valores são diferentes. Logo, é impossível falarmos todos a mesma linguagem sem nos chocar ou conflitar com a opinião do outro.


A paz nada mai é que o reflexo da consciencia tranquila. De nada adianta a ausência de guerras exteriores se os homens estão em seus íntimos fervendo como vulcões prestes a entrar em erupção.


Para nós a paz se assemelha à situação de um cadáver. Despreocupado, improdutivo, deitado e sem metas a atingir. A paz dos inanimados.


Mas essa paz não nos convém porque desejamos crescer e realizar nossas vontades. Para muitos, vontade de ter coisas. Para alguns, vontade de ser melhor.


Porque reencarnamos se não for para progredir? Somos um espírito eterno, mas a perfeição é construída parte a parte, ponto a ponto, dia a dia. E em cada reencarnação aumentamos um pouco nosso tamanho espiritual.


Nas caminhadas pela paz, se vista de branco por fora e por dentro. Nas passeatas, não incomode o semelhante, não grite em desrespeito à sociedade, nem atravanque as ruas tumultuando a vidada sua cidade. Não pense que o mundo deve parar para assistir ao seu desfile da paz, quando você age como um dos mais belicosos seres do planeta.


"A paz do mundo começa em mim", já diz o concioneiro pernambucano Nando Cordel. Mas ele completa ainda na primeira estrofe: "Se eu tenho amor, com certeza sou feliz. Se eu faço o bem ao meu irmão, tenho a grandeza dentro do meu coração. Chegou a hora de a gente construir a paz; ninguém suporta mais o desamor."


Essa é a receita para a pazno mundo. Entendimento e fraternidade entre as pessoas, respeitando a forma de ser de cada um. Suas preferências, suas tendências e vocações porque cada um de nós é uma individualidade e não formamos uma boiada que, sem vontade própria, é conduzida pelo tropeiro.


Construamos primeiro a paz dentro de nós. Aí teremos o que oferecer. Caso contrário, não seremos cristãos e tudo será apenas festa e demagogia.

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