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sábado, 26 de outubro de 2013

Médiuns de Toda Parte

   Exposição baseada no capítulo assim intitulado do Livro da Esperança, pelo espírito Emannuel, psicografia de Chico Xavier.

   No Livro dos Médiuns Cap. XIV item 159 explicam os espíritos benfeitores que: “Toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é mediu. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.”

   Podemos concluir desse ensinamento que todos nós possuímos mediunidade em maior ou menor grau e se pararmos para pensar várias situações que ocorreram em diversos momentos de nossas vidas comprovam isto.

   Quantas vezes estávamos preocupados com determinado problema cuja solução parecia muito difícil e através de um sonho, de uma ideia que surge como que do nada lá está a solução e então nos perguntamos como não pensamos nisso antes. É a inspiração da espiritualidade maior que nos ampara e protege.

   Outras vezes algo nos diz que não devemos tomar o caminho que sempre tomamos de volta para casa, que dessa vez tomemos outro caminho e por via das dúvidas seguimos este pensamento que nos chega, após o fato ficamos sabendo que naquele caminho que seria o nosso e que desviamos ocorreu um acidente ou outro fato ruim que nos poderia ter atingido.

   Estamos cercados por uma multidão de espíritos que habitam o plano espiritual, plano este que não está a parte do nosso plano material, mas que interage com ele e esta multidão nos influencia os atos e pensamentos e da mesma forma é influenciada por nós.

   Está no Livro dos Espíritos na questão 459: “Influem os espíritos "Influem os Espíritos em nossos pensamentos e nossos atos? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem."

   Preciso se faz seguir a orientação de Jesus: Orar e Vigiar, pois esta multidão que nos cerca não é apenas composta dos bons espíritos, dos benfeitores espirituais, mas de espíritos de toda ordem. Quando morremos permanecemos os mesmos que éramos quando vivos, da mesma forma que existem homens maus, zombeteiros, desocupados e viciosos, também existem espíritos com as mesmas qualidades e também aqueles que de alguma forma se sentem prejudicados por nós nesta ou em outras vidas e que podem querer o nosso mal.

   Com a nossa vibração, com nossos pensamentos atrairemos para perto de nós aqueles que vibrarem na mesma sintonia. Se estivermos repletos de bons pensamentos, de paz e com a nossa consciência empenhada no trabalho no bem atrairemos o carinho e a proteção dos bons espíritos, mas se abrirmos as brechas do rancor, do ódio, do desejo de vingança, dos maus pensamentos, atrairemos para perto de nós espíritos que trazem também estes pensamentos e que podem querer o nosso mal.

   Da mesma forma, quando nos entregamos a qualquer tipo de vicio, seja do cigarro, do álcool ou drogas químicas atraímos para perto de nós espíritos com estes mesmo vícios que aproximam-se nós em busca da sensação proporcionada pelo vicio e que por isso nos estimulam ainda mais o consumo e o mergulho no vício.

   E assim vamos sendo influenciados pois somos todos médiuns mesmo sem o sabermos, importante portanto a prudência e o cultivo do bem pregado pelo Mestre para a nossa proteção.

   Outros possuem a mediunidade mais aflorada, demonstram características diferenciadas que os colocam em contato com o mundo espiritual.

   Nos diz José Raul Teixeira no Livro Quando a Vida Responde que: “ Os contatos entre os dois mundo existem desde que o mundo visível existe, uma vez que o dos espíritos preexiste o material. Falar com os espíritos, seja de que modo for, significa manter contato com a nossa realidade daqui a pouco, quando deixarmos o corpo físico e adentrarmos o Mundo Invisível. A mediunidade faculta-nos saber que a morte não mata a vida apenas nos retira o corpo carnal, pois sairemos dos corpos quantas vezes isso se fizer necessário, sem que saiamos da vida jamais.”

   A mediunidade como vimos no inicio de nossa exposição não é um privilégio, é mais um sentido que alguns possuem em maior grau, pois isso lhes representa uma necessidade, necessidade de progredir, de evoluir através da utilização adequada desse sentido.

   No diz Emannuel no Livro da Esperança que: “Situar a mediunidade na formação do bem de todos ou gastar-lhe os talentos em movimentações infelizes é escolha de cada um.”

   A medida que a humanidade evoluir este sentido será comum  a todos, o contato com  o mundo espiritual se tornará cada vez mais comum e normal, como hoje conseguimos nos comunicar com os homens do outro lado do planeta numa fração de segundos.

   Mas este sentido como nos aconselha Emannuel deve ser utilizado em prol do bem, do auxílio ao semelhante. É o que chamamos na Doutrina Espírita de Mediunidade com Jesus, aquela que visa auxiliar aos espíritos em sofrimento encarnados ou desencarnados.

   A mediunidade bem exercida proporcionará ao médium a cooperação no trabalho de reconforto, a autoeducação dos próprios sentimentos, a construção de afeições no plano espiritual derivadas da gratidão pelo auxilio prestado com amor e proporcionará aos espíritos sofredores o consolo e a compreensão de sua situação, a renovação de suas atitudes e o auxilio para prosseguir sua escalada evolutiva.

   A mediunidade não deve ser exercida de forma profissional, somente por amor e por caridade. Os maiores médiuns conseguiram conciliar suas tarefas profissionais e sociais com o exercício da mediunidade gratuito e responsável. Chico Xavier vivia de sua aposentadoria de servidor público e jamais utilizou-se da renda de seus livros ou cobrou pelo conforto e auxilio que estendia àqueles que o procuravam.

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