Exposição baseada no capítulo assim intitulado do Livro da Esperança, pelo espírito Emannuel, psicografia de Chico Xavier.
No
Livro dos Médiuns Cap. XIV item 159 explicam os espíritos benfeitores que: “Toda pessoa que sente a influência dos
espíritos, em qualquer grau de intensidade, é mediu. Essa faculdade é inerente
ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que
não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos
são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica
somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se
traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma
organização mais ou menos sensitiva.”
Podemos concluir desse ensinamento
que todos nós possuímos mediunidade em maior ou menor grau e se pararmos para
pensar várias situações que ocorreram em diversos momentos de nossas vidas
comprovam isto.
Quantas vezes estávamos preocupados
com determinado problema cuja solução parecia muito difícil e através de um
sonho, de uma ideia que surge como que do nada lá está a solução e então nos
perguntamos como não pensamos nisso antes. É a inspiração da espiritualidade
maior que nos ampara e protege.
Outras vezes algo nos diz que não
devemos tomar o caminho que sempre tomamos de volta para casa, que dessa vez
tomemos outro caminho e por via das dúvidas seguimos este pensamento que nos
chega, após o fato ficamos sabendo que naquele caminho que seria o nosso e que
desviamos ocorreu um acidente ou outro fato ruim que nos poderia ter atingido.
Estamos cercados por uma multidão de
espíritos que habitam o plano espiritual, plano este que não está a parte do
nosso plano material, mas que interage com ele e esta multidão nos influencia
os atos e pensamentos e da mesma forma é influenciada por nós.
Está
no Livro dos Espíritos na questão 459: “Influem os espíritos "Influem
os Espíritos em nossos pensamentos e nossos atos? Muito mais do que
imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos
dirigem."
Preciso se faz seguir a orientação de
Jesus: Orar e Vigiar, pois esta multidão que nos cerca não é apenas composta
dos bons espíritos, dos benfeitores espirituais, mas de espíritos de toda
ordem. Quando morremos permanecemos os mesmos que éramos quando vivos, da mesma
forma que existem homens maus, zombeteiros, desocupados e viciosos, também
existem espíritos com as mesmas qualidades e também aqueles que de alguma forma
se sentem prejudicados por nós nesta ou em outras vidas e que podem querer o
nosso mal.
Com a nossa vibração, com nossos pensamentos
atrairemos para perto de nós aqueles que vibrarem na mesma sintonia. Se
estivermos repletos de bons pensamentos, de paz e com a nossa consciência
empenhada no trabalho no bem atrairemos o carinho e a proteção dos bons
espíritos, mas se abrirmos as brechas do rancor, do ódio, do desejo de
vingança, dos maus pensamentos, atrairemos para perto de nós espíritos que
trazem também estes pensamentos e que podem querer o nosso mal.
Da mesma forma, quando nos
entregamos a qualquer tipo de vicio, seja do cigarro, do álcool ou drogas
químicas atraímos para perto de nós espíritos com estes mesmo vícios que
aproximam-se nós em busca da sensação proporcionada pelo vicio e que por isso
nos estimulam ainda mais o consumo e o mergulho no vício.
E assim vamos sendo influenciados
pois somos todos médiuns mesmo sem o sabermos, importante portanto a prudência
e o cultivo do bem pregado pelo Mestre para a nossa proteção.
Outros possuem a mediunidade mais
aflorada, demonstram características diferenciadas que os colocam em contato
com o mundo espiritual.
Nos
diz José Raul Teixeira no Livro Quando a Vida Responde que: “ Os contatos entre
os dois mundo existem desde que o mundo visível existe, uma vez que o dos
espíritos preexiste o material. Falar com os espíritos, seja de que modo for,
significa manter contato com a nossa realidade daqui a pouco, quando deixarmos
o corpo físico e adentrarmos o Mundo Invisível. A mediunidade faculta-nos saber
que a morte não mata a vida apenas nos retira o corpo carnal, pois sairemos dos
corpos quantas vezes isso se fizer necessário, sem que saiamos da vida jamais.”
A mediunidade como vimos no inicio
de nossa exposição não é um privilégio, é mais um sentido que alguns possuem em
maior grau, pois isso lhes representa uma necessidade, necessidade de
progredir, de evoluir através da utilização adequada desse sentido.
No
diz Emannuel no Livro da Esperança que: “Situar a mediunidade na formação do
bem de todos ou gastar-lhe os talentos em movimentações infelizes é escolha de
cada um.”
A medida que a humanidade evoluir
este sentido será comum a todos, o
contato com o mundo espiritual se
tornará cada vez mais comum e normal, como hoje conseguimos nos comunicar com
os homens do outro lado do planeta numa fração de segundos.
Mas este sentido como nos aconselha
Emannuel deve ser utilizado em prol do bem, do auxílio ao semelhante. É o que
chamamos na Doutrina Espírita de Mediunidade com Jesus, aquela que visa
auxiliar aos espíritos em sofrimento encarnados ou desencarnados.
A mediunidade bem exercida
proporcionará ao médium a cooperação no trabalho de reconforto, a autoeducação
dos próprios sentimentos, a construção de afeições no plano espiritual
derivadas da gratidão pelo auxilio prestado com amor e proporcionará aos
espíritos sofredores o consolo e a compreensão de sua situação, a renovação de
suas atitudes e o auxilio para prosseguir sua escalada evolutiva.
A mediunidade não deve ser exercida
de forma profissional, somente por amor e por caridade. Os maiores médiuns
conseguiram conciliar suas tarefas profissionais e sociais com o exercício da
mediunidade gratuito e responsável. Chico Xavier vivia de sua aposentadoria de
servidor público e jamais utilizou-se da renda de seus livros ou cobrou pelo
conforto e auxilio que estendia àqueles que o procuravam.
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