"Para ser feliz não precisas de grandes fortunas, de beleza estonteante, de estética perfeita, de saúde e vigor, do emprego afortunado e nem mesmo do amor dos outros, pois o amor dos outros por ti é conquista deles e não tua.
Para que sejas feliz, basta o necessário, basta o trabalho que te fala bem, que te garanta o sustento, basta a vontade de agir e de viver, que faz superar qualquer dificuldade existente com o corpo físico, basta uma mente ativa e um coração que te deixe viver para amar e amar muito." Mancini - Conforto nas Dores da Alma.
Vivendo em um mundo ainda muito materialista, nosso conceito de felicidade é ainda bastante distorcido. Somos espíritos habitando um corpo material, mas nos apegamos demasiadamente ao corpo material e aos bens materiais que a vida na Terra nos proporciona ou pode proporcionar.
Estabelecemos diversas metas, as quais atribuímos a nossa felicidade. Eu serei feliz quando adquirir meu carro, serei feliz quando tiver minha casa, serei feliz quando encontrar alguém que me ame... e assim por diante.
Colocamos a felicidade sempre no alcançar algo, no externo, no que está longe de nós. E quando esses objetivos são atingidos como nos sentimos? A primeira sensação é da euforia, ficamos momentaneamente extremamente felizes com a conquista, mas decorrido algum tempo retornamos ao nosso estado anterior de felicidade ou infelicidade.
A felicidade é uma conquista interior, é uma decisão íntima que cada um de nós deve tomar e que deve ser independente do que vem de fora. A felicidade deve estar na busca das nossas metas e não apenas na conquista em si. Nos dizia Gandi que não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o próprio caminho.
Não devemos procurar a felicidade no amor que venha do outro seja ele um pai, mãe, filho ou cônjuge. A felicidade não encontra-se em nos sentirmos amados, mas em doarmos o nosso amor ao outro. Ser amado é algo que não depende de nós, depende da capacidade do outro. Nesse fato, o de colocarmos a nossa felicidade na espera do amor do outro, é que encontra-se a causa do fracassos de muitos relacionamentos e da maioria de nossas desilusões, porque cada um de nós possui uma capacidade de amar que é individual e que depende da evolução, das experiências de cada um, de como cada um aprendeu a amar.
Esperamos que o outro nos ame da forma como julgamos que deveria amar, mas o outro nos amará ou não da forma como sabe, como aprendeu e isso não significa que ame menos ou mais. Portanto, a felicidade deve estar em amar, em aprender a amar o outro como ele é, aceitando-o e aprendendo com suas virtudes e imperfeições, perdoando as falhas alheias como necessitamos de perdão e aceitação com as nossas imperfeições e falhas.
Paremos de nos torturar atrás de uma felicidade externa e que não depende de nós, ela não está lá. Ela está no nosso sentimento de gratidão a Deus por cada dia, por cada oportunidade de nos melhorarmos, de aprendermos, ela está nos pequenos momentos que dividimos com aqueles que amamos e nos amor que a eles dedicamos sem nada esperar em troca, ela está no trabalho de auxílio ao semelhante e na luz que se acende em nossa alma quando estendemos a mão a quem necessita.
A felicidade está na nossa capacidade de esquecermos mágoas, rancores, ódios e nos livrarmos de todos os sentimentos maus que ainda nos habitam, está em sequer permitir que estes façam morada em nossos corações.
2 comentários:
Muito bom! Concordo! As pessoas não sabem ser felizes, não escolhem ser felizes. Só olham para as coisas ruins da sua vida e não enxergam o que tem de bom. Sentir-se feliz pelo que é bom, mesmo que seja pouco,dando valor a esse"pouco", essa deveria ser a decisão. Mas, como foi dito, a escolha é de cada um.
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