"A vida do espaço é a forma necessária e simétrica da vida terrestre, vida de equilíbrio, em que as forças se reconstituem, em que as energias se retemperam, em que os entusiasmos se reanimam, em que o ser se prepara para as futuras tarefas; é o descanso depois do trabalho, a bonança depois da tormenta. a concentração tranquila e serena depois da expansão ativa ou do conflito ardente." Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor
Quando parte um ente querido ao nosso coração, quando ele desencarna, fica em nosso peito a saudade e a dor da separação. Mesmo com o conhecimento da Doutrina Espírita, ainda nos é difícil lidar com esses momentos de nossas vidas.
Mas a desencarnação é o nosso retorno para casa, depois do trabalho, das lutas, desilusões, desafios e provas da vida terrestre. Retornamos ao mundo espiritual, a nossa verdadeira pátria, nossa verdadeira casa, pois aqui no plano carnal somos meros viajantes, estamos de passagem.
Viajantes que viemos para um período de aprendizado nessa grande escola chamada Terra. Mas é no plano espiritual, no período que lá passamos que reavaliamos nosso aprendizado. É lá que iremos aurir forças, reconforto através do reencontro com a nossa família espiritual, com aqueles com quem dividimos parte de nossa vida no planeta e também com aqueles que não nos acompanharam nessa existência, mas que ficaram na retaguarda velando por nós.
São corações queridos ao nosso, que mais experientes que nós, mais avançados na senda do progresso moral, nos auxiliam em novas programações reencarnatórias, nos aconselham e nos iluminam o caminho.
Quanto mais aqui no planeta nos esforçarmos a fim de vencer nossas próprias mazelas, mais próximos estaremos desses espíritos amigos, maior será nossa sintonia com eles quando vibrarmos no bem. O nosso esforço em vencer nossas imperfeições e amar o nosso próximo é agradável aos olhos de nossos anjos tutelares.
Quando assim vivemos o nosso retorno para casa é tranquilo sereno, como terminar um trabalho que ficou bem feito, bem realizado. Do contrário, quando deixamo-nos envolver por nossos vícios, pela sombra que existe em nós e pautamos nossa existências nos vícios, no materialismo e no gozo das paixões grosseiras que ainda existem em nós, voltamos para casa como o lutador derrotado, como o trabalhador preguiçoso, que deixou o trabalho mal feito ou que sequer começou a tarefa.
Como estamos preparando nosso retorno para casa? Nada nos será cobrado pelo nossos queridos amigos que lá nos esperam, mas a nossa consciência nos apontará se em seus olhos veremos a alegria ou a piedade. De que forma estamos preparando nosso retorno? Quais virtudes estamos colocando em nossa bagagem? Já começamos a tirar de nossa mala o peso das mazelas que trouxemos? Pensemos a respeito...
Um comentário:
Bela mensagem Fernanda! A realidade é que só depende de nós, termos um retorno ao lar real que nos permita experimentar a tão sonhada felicidade.
Quanto mais lutarmos para eliminar de nossas almas os sentimentos negativos, mais valerá a pena ter estado por aqui. Grata mais uma vez pela partilha! Abraço!
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