"Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixai-me tirar o argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão." ESE Cap. X item 9
Somos hábeis e implacáveis juízes da consciência alheia. . Apontamos sem dificuldades e com riqueza de detalhes o defeito, o erro, o ponto negativo do outro. E sabemos exatamente o que o outro deveria fazer, de que forma deveria agir para se corrigir, se melhorar.
Mas, e quanto a nós mesmos?
Continuamos a ser os inquisidores do passado erguendo fogueiras aos pecados alheios e escondendo-nos atrás da máscara da perfeição que não possuímos.
Disse-nos Jesus e os espíritos amigos relembram-nos no ESE cap. X item 11:
"Não julgueis a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles."
No plano espiritual ou no material quem nos julgará sempre será a nossa própria consciência, e quem sabe ela nos mostrará que o que mais apontamos no outro existia no âmago do nossos ser. Como se ao julgá-lo estivéssemos diante de um espelho sem querermos reconhecer nossa própria imagem.
Mas um dia, ela vem a tona e se mostra em toda a sua plenitude. Seremos o que fizermos de nós e para os outros. Cuidemos nossos julgamentos sejam eles em atos, palavras ou pensamentos, pois o juiz que hoje julga o irmão ao nosso lado é o mesmo que nos julgará, ou seja, nós mesmos!
É tão fácil a pontar o dedo, cutucar a ferida e dizer: "Vai em frente, melhora-te!"
Difícil, mas caridoso e virtuoso, é o ato de estender a mão e oferecer: "Vem comigo, eu te ajudo!"
Um comentário:
"Inquisidores por pensamentos, palavras, atos e omissões..." Até por omissão: "Não pagarei ao guardador porque ele é um vagabundo, desocupado e - pior - seu trabalho é de fachada..." É mole, minha amiga? Obrigadão!
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