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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Uma belíssima lição

   "Nos relacionamentos agressivos, que em muitas ocasiões surgem no instituto da família, os opostos encontram-se em conflito recíproco, e sentindo-se impossibilitados de amar, reagem, uns contra os outros, deixando transparecer a presença dos sentimentos magoados." - Joanna de Angelis - O Despertar do Espírito 

   Hoje assistia a exposição doutrinária da querida companheira Elza que tratava sobre o tema do Cap. XII do ESE: Amar os Vossos Inimigos. Uma belíssima lição, digna de ser compartilhada, lida, relida, relida, relida, até compreendermos...

   Dizia a expositora o quanto pode nos parecer difícil esta lição do Mestre, mas na verdade é uma lição mal interpretada, pois vista apenas do ponto de vista de uma única encarnação, quando deve-se considerar aqui a lei das vidas sucessivas, a reencarnação.

   Temos como preceito que perdoar é esquecer todo o mal, logo citou ela o exemplo de uma mãe que tendo a casa assaltada é feita refém do assaltante e tem o filho adolescente assassinado cruelmente por este. Como pode esta mãe perdoar o inimigo e esquecer o mal que lhe foi feito na perda irreparável do filho adorado?

   Seria impossível o esquecimento total... solicitaria forças maiores do que somos capazes. Então, não conseguimos aplicar o ensinamento de Jesus? Claro que sim... temos portanto que considerar as diversas reencarnações. 

   Numa única existência, seria impossível a esta mãe perdoar o assassino de seu filho e esquecer todo o mal. Mas, desencarnados os dois, no plano espiritual são esclarecidos das causas anteriores do acontecido, pois todo efeito possui uma causa, reencarnam. Primeiramente apenas se conhecem e logo possuem um pelo outro uma antipatia recíproca, inexplicável, dessas que todos sentimos em alguns momentos com determinadas pessoas. Lembrança inconsciente da vida anterior, mas se essa antipatia não extravasar, ficar apenas nos sentimentos não explicados, se ambos não voltarem a fazer o mal um para o outro, desencarnam...

   E tornam a encarnar agora como colegas de trabalho, que a principio não simpatizam muito um com o outro, ainda trazendo resquícios do mal feito uma ao outro, mas com a convivência e as conversas sobre amenidades e a intimidade que vai se criando, passam a conversar sobre suas vidas, seus problemas, suas dores e alegrias e passam a criar certa simpatia um pelo outro. Desencarnam...

   E tornam a encarnar dessa vez como irmãos, dividindo a convivência, crescendo juntos, passando pelas mesmas dificuldades e ajudando-se mutuamente, convivendo fraternalmente, passa a haver entre ambos um afeto. Desencarnam...

   E tornam a encarnar, desta vez aquela mãe que teve o filho assassinado, recebe como filho o algoz, aqueles pelo qual já tinha um afeto e dessa vez nasce o amor em sua plenitude, ela o recebe como filho que vai ser por ela muito amado e entre ambos finalmente ocorrerá o perdão e o esquecimento de todo o mal.

   E então o ensinamento do Mestre se completa, se aplica, o amor ao inimigo está finalmente posto em prática. Cabe-nos saber interpretar...


   "Aprendestes que foi dito: Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos. - Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos? Se apenas os vossos irmãos saudardes, que é o que com isso fazeis mais do que os outros? Não fazem outro tanto os pagãos?
- Digo-vos que, se a vossa justiça não for mais abundante que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no reino dos céus." (ESE cap. XII)


4 comentários:

blogdovelhinho disse...

Aluna aplicada... Compreendeu a 'lição'! Emocionante, como sempre a exposição da Elza. Que bom que a repetistes! Obrigado. Um abraço.

Fernanda Geri disse...

Me dei ao direito de anotar no blog assim que possível. Achei a lição tão bela que precisava anotar pra não esquecer mais!!

a disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elza disse...

Puxa!!! Foi com muita emoção que li este teu artigo, Fernanda! Que memória!

Agradeço o carinho de vocês (teu, do Cláudio e de todas as pessoas que vieram me falar). Não vou usar de uma falsa modéstia e dizer que nada sinto qdo recebo um carinho como este. Fico muito feliz, sim, e volto para casa radiante de alegria.

Agora, o que eu não posso, é julgar o trabalho como meu, pq as explicações estão no Evangelho e nas lições da Joanna de Ângelis. Aliás, este Espírito tem nos feito compreender muitos textos até então obscuros.

Aí, o trabalho fica fácil, né?