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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

União a Dois

Hoje compartilho uma mensagem de Emmanuel que me chegou por e-mail:


"Quem disse, porém, que a concretização do matrimônio é felicidade estruturada a toques de figurino, não atingiu a realidade.

A união a dois, no culto da afinidade ou na execução de tarefas mais amplas da família, é um encargo honroso, qual sucede a tantas obrigações dignas. Nem por isso deixa de ser trabalho por efetuar. E trabalho tão importante que, não sendo possível a um coração apenas, foi preciso reunir dois para realizá-lo.

Quando um companheiro delibera empreender certa pesquisa, ou se outro abraça determinada profissão, não nos aventuramos a iludi-los com visões de felicidade imaginária. Ao invés disso, reconhecemos que escolheram laborioso caminho de serviço em que lhes auguramos o êxito desejado.

De igual modo, o casamento não é construção sem bases, espécie de palácio feito sob medida para os moradores.

Entre os cônjuges é imperioso que um aprenda a compreender o outro, de maneira a desenvolver as qualidades nobres que o outro possua, transformando-lhe consequentemente as possíveis tendências menos felizes em aspirações à vida melhor.

Claramente, todos temos vinculações profundas, idiossincrasias, frustrações e dificuldades. A reencarnação nos informa com segurança quanto a isso, indicando para que lados gravitam em família, segundo os mecanismos da vida que a experiência terrestre nos induz a reajustar.

Em razão disso, todo par e toda organização doméstica revelam regiões nevrálgicas entretecidas de problemas que é preciso saber contornar, a fim de que o futuro nos traga as soluções da harmonia irreversível.

Se te encontras ao lado de alguém, sob regime de compromisso afetivo, não exijas de imediato a esse alguém a apresentação dos recursos de que ainda necessite para ser aos teus olhos a companhia perfeita que esperavas encontrar entre as paredes domésticas. Nem queiras que esse alguém raciocine com os teus pensamentos, porquanto a ninguém é lícito reclamar de outrem aquilo que ainda não consegue fazer.

Se não desejas receber nos próprios ombros a cabeça de quem abraçou contigo as responsabilidades da união a dois, é mais que natural não possas impor a própria cabeça aos ombros da criatura a quem prometeste carinho e dedicação.

Todos somos filhos de Deus.

O matrimônio é obrigação que os interessados assumem livremente e de que prestarão justa conta um ao outro. Conquanto isso, o casamento não funde as pessoas que o integram. Por isto mesmo a união a dois, além da complementação realizada, recorda a lavoura e a construção: cada cônjuge colhe o que plantou, tanto quanto dispõe do que fez."

   Bela mensagem que nos faz refletir sobre a importância da compreensão, da tolerância e da aceitação do outro com suas virtudes e seus defeitos, pois nós também temos os nossos. Nenhum de nós, aqui neste planeta de provas e expiações, somos perfeitos, se o fôssemos não mais estaríamos aqui, mas em mundos mais evoluídos.

   Por mais que estejamos unidos a alguém a quem amamos, somos todos individualidades, e não deixaremos de ser, a ideia não é encontrarmos alguém que nos complete, pois somos completos, mas alguém com quem possamos partilhar, aprender, ensinar, pois imperfeitos, aprendemos uns com os outros diariamente.

   E por mais que estudemos e busquemos nos melhorarmos, são muitas as vezes em que tropeçamos e voltamos a cair em erros antigos, todos nós. Não nos cabe, portanto, exigir do outro aquilo para o qual ainda não se encontra preparado e muitas vezes nem nós mesmos estamos, nos cabe apenas entender o outro e suas dificuldades procurando observar-lhe mais as virtudes que assim como os defeitos, também são inúmeras...

Um comentário:

Cláudio disse...

Ou seja e como diria um sexagenário amigo que tens 'casamento, mais que uma honraria, é uma incumbência'. Parabéns, Cláaudio.