Eu já tinha uma postagem doutrinária separada para hoje, mas decidi mudar os planos na última hora e fazer um desabafo, algo mais descontraído...
Às vezes me paro pensando o quão maravilhoso seria se minha vizinha tocasse piano... uma Chiquinha Gonzaga quem sabe? Me imagino lendo meu livrinho ao som melodioso das teclas do piano... podia ser saxofone também, acho lindo!
Mas, infelizmente, o gosto musical dela, digamos, não é assim tão refinado. Logo, preciso me conformar em fazer minha leitura ao som do funk, do pagode e do forró. E lamentar seu problema auditivo, que deve ser bastante grave, pois os decibéis do aparelho de som são bastante elevados.
Sei que não devo me queixar, ao contrário devo agradecer ao Pai a oportunidade de exercitar minha capacidade de concentração e principalmente minha paciência e compreensão, bem como minha capacidade de controle sobre a ira e a irresistível vontade de revide através dos decibéis de meu aparelho de som.
Não devo buscar o revide, é contra os princípios que venho tentando exercitar, mas confesso que algumas vezes é quase irresistível! Além disso aprendi e creio seriamente que a minha liberdade termina onde o direito do meu próximo inicia, lamento que nem todos tenhamos a mesma compreensão...
Só peço ao Pai que aumente minhas capacidades de equilíbrio, paciência e concentração e se não for pedir muito, que da próxima vez me agraciasse com um vizinho que gostasse de Mozart, Chopin, Kenny G....
Um comentário:
Que tocasse um "Elise", por exemplo - adoro! -. Travei 'várias lutas' com vizinhos que atrapalhavam os estudos de meus filhos. Hoje até "MEU VIZINHO DA ESQUERDA É 'DIREITO'" - esta além de ser um trocadilho é uma postagem do blog -.
Coragem, minha amiga! Cláudio
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