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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Convite à Oração



“A oração é um plugue que conectamos à tomada divina onde haurimos forças necessárias para a nossa jornada.”
Após o Sermão da Montanha um dos discípulos perguntou à Jesus: - Senhor, por que orais tanto? Sempre quando terminadas as tarefas, por que buscais o silêncio e a oração? E Jesus esclareceu: A alma tem necessidade de oração, em maior dosagem que o corpo tem de pão. Orar é buscar Deus, penetrando nas mercês e haurindo resistência nos seus recursos divinos. O intercâmbio de forças com o Pai Criador restaura-as na criatura, e eu próprio nele encontro o reforço de sustentação para o messianato de amor em seu nome.

O Mestre sempre nos repetia: Orai e Vigiai. Orar párea sintonizarmos com as energias superiores e vigiar para que nossas fraquezas e os maus pensamentos não nos sintonizem com os nossos irmãozinhos ignorantes que podem nos influenciar negativamente.
O ensinamento da oração encontra-se em vários capítulos do ESE mas principalmente no cap. 27: “Pedi e Obtereis”.
Muitas pessoas se questionam do porquê devemos orar se Deus conhece as necessidades humanas e se as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador. As preces podem não nos desviar dos problemas, mas são um bálsamo para nossa alma enferma. Tem o dom de nos ligar com os nossos Benfeitores Espirituais, carregar as nossas baterias e nos dar forças para suportar nossas lutas e vencer os obstáculos.

No LE questão 359 os espíritos nos dizem que as principais funções da oração são louvar, pedir e agradecer. Podemos Louvar que é assumir uma postura humilde perante a grandeza de Deus, podemos pedir o que necessitamos e podemos agradecer por tudo o que ele nos oferece.

Podemos orar por diversos motivos. Podemos orar por nós mesmos. Mas alguns desses pedidos não são atendidos da forma como gostaríamos e então nos revoltamos dizendo que Deus nos abandonou, quantos de nós aqui já não pensou isso em algum momento? Na verdade nossas preces foram ouvidas sim e analisadas pelos Benfeitores Espirituais. Se eles não nos atendem é porque nosso pedido poderia nos afastar do progresso espiritual. O sofrimento é agente curador de nossa alma doente pelos abusos do passado e precisamos passar por isso.

Devemos atentar também ao fato de que muitas vezes nós não colaboramos com as nossas preces, se pedimos saúde devemos cuidar da nossa saúde.
Nós agimos com Deus como a criança que cai e arranha o joelho, se ela olha em volta e enxerga a mãe é aquele berreiro para que a mãe venha e lhe dê um beijinho e console dizendo que já passou, mas se ela olha em volta e não enxerga a mãe, ela levanta passa a mãozinha para limpar o machucado e segue brincando. È assim que Deus quer que ajamos. Ele nos envia ajuda sim, mas para que nós mesmos nos ajudemos. Está no evangelho ajuda-te e o céu te ajudará.
Na questão 660 do LE diz que aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons espíritos para assisti-lo.

Podemos orar por outros encarnados que sofrem, pois a oração feita com amor mesmo que a pessoa a quem ela se direciona não tenha merecimento ou condições de receber os beneficio, recebe alívio e força, bem-estar e calma. Mas beneficia também a quem ora, pois sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores. É caridade. È amor ao próximo.
Na questão 320 do LE Kardec pergunta: Os espíritos ficam sensibilizados ao lembrarem-se deles os que amaram sobre a Terra? Mais do que podeis crer; se são felizes essa lembrança aumenta-lhes a felicidade; se são infelizes, são para eles um alivio.
A prece pelos desencarnados pode não mudar os desígnios de Deus, mas lhes traz alívio e conforto ao receber a energia amorosa dos entes queridos. Podem se conscientizar de suas faltas e buscar o bem pelo arrependimento. Atrai os epsiritos superiores para esclarecê-los e consolá-los.

Mas não devemos fazer a eles orações ansiosas com rogativas desequilibradas, não sabemos qual a sua situação e podemos perturbá-los mais do que ajudá-los, devemos orar com serenidade, calma, amor.
“A prece é uma cápsula de amor ministrada àqueles que sofrem mais do que nós”.
Algo semelhante ocorre quando praticamos o Evangelho no Lar como nos explicou na semana passada a nossa amiga Erabetia do DAFA. Nós emitimos luz que se espalha pela nossa vizinhança criando ao redor do nosso lar, da nossa quadra uma camada protetora. Imaginem que bom seria se todos o praticassem.

Na nossa Casa Espírita temos uma reunião pública de pereces e irradiações que ocorre nas quartas às 16hs e nas quintas às 20hs onde oramos por todos e convidamos todos que aqui estão que venham orar conosco.

Muitas vezes nos perguntamos: Qual a maneira correta de orar?
No LE questão 660 os espíritos nos esclarecem que o importante não é orar muito, mas orar bem. Preces espontâneas que venham do coração são muito mais eficientes que preces decoradas. Também não é preciso uma posição especial pois quem ora é a mente.

Para finalizarmos e reforçarmos o convite que Joanna de Angelis nos faz à oração temos uma mensagem dela no livro Messe de Amor psicografia de Divaldo Franco:
“Busca o coração de Jesus – o solo sublime – atingindo-o com a enxada abençoada da tua prece. Movimenta os teus esforços, e as sementes do céu, através d´Ele, se transformarão, oferecendo-te o pão necessário para uma vida feliz em teu roteiro de lutas.
Ora e suporta dores; ora e aceita as correções necessárias; ora e busca haurir forças para continuar.
Orando, chegarás ao Senhor, que te deu, na prece, um meio seguro de comunicação com a infinita bondade de Deus, em cujo seio dessedentarás o espírito aflito.”

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