Nova postagem no blog próximo sábado

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Convite à Probidade


Probidade significa honestidade, retidão de caráter.
O Livro o Céu e o inferno, que aborda como tema central a justiça divina, contém uma série de relatos de espíritos sobre suas situações após a morte.

Num desses relatos uma jovem conversa com o seu avô desencarnado o Sr. José Bré que se diz muito sofrido por não ter empregado corretamente seu tempo na Terra. Intrigada a jovem indaga:

“Mas o senhor não viveu sempre honestamente?
- Sim no juízo dos homens, mas há um abismo entre a honestidade perante os homens e a honestidade perante Deus. Aí entre vocês, é reputado honesto aquele que respeita as leis do seu país, respeito arbitrário para muitos. Honesto é aquele que não prejudica o seu próximo embora lhe arranque, muitas vezes, a felicidade e a honra visto que o código penal e a opinião pública não atingem o culpado hipócrita. Podendo gravar na pedra do túmulo um epitáfio de virtude, julgam muitos ter pagado sua dívida à humanidade. Erro! Não basta para ser honesto perante Deus ter respeitado a lei dos homens, preciso, antes de tudo, não haver transgredido as leis de Deus.”

Por esse testemunho podemos fazer uma clara distinção entre a honestidade perante os homens e a honestidade perante Deus.

Ser honesto perante os homens seria cumprirmos os nossos deveres frente ao nosso trabalho, à nossa família, à sociedade, pagarmos nossas dívidas, nossos impostos. Essa honestidade é importante? Sim, com certeza esse tipo de honestidade é extremamente importante para o nosso bem viver. O próprio Jesus ensinou que deveríamos ser honestos perante os homens quando, certa vez, pregava e alguns homens para testá-lo perguntaram-lhe se o povo deveria pagar os seus impostos. O Mestre pediu-lhe que lhe mostrasse uma moeda e perguntou-lhe qual a imagem que estava gravada na moeda. O homem respondeu-lhe que o rosto de César. O Mestre, então, em sua imensa sabedoria respondeu-lhes: - Deveis dar a César o que é de César.

Muitos de nós que vivemos neste planeta, nem este ensinamento ainda aprendemos, nem a honestidade perante os homens praticamos. Somos ótimos para julgar a honestidade alheia, mas no fundo não temos certeza de que no lugar deles agiríamos de maneira diferente. Muitos de nós ainda procuramos formas de burlar o sistema, ao qual não cabe nesse momento julgar se é certo ou errado, mas burlamos nossos impostos, fazemos gato na TV a cabo, na água, na luz, procuramos Sempre ganhar alguma coisa nas diversas situações, dizemos até que ‘o mundo é dos espertos’.

Quantos casos já vimos de pessoas que encontram grandes somas de dinheiro e que procuram devolver, e quantas vezes nos perguntamos se no lugar delas agiríamos da mesma forma.

Essa honestidade perante os homens nada mais é que nossa obrigação como cidadãos perante a sociedade. Mas não é o suficiente para ser honestos perante Deus. Para isso precisamos seguir as Leis de Deus. Leis estas que Jesus nos resumiu da seguinte forma: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Mas muitas vezes não conseguimos ainda amar a nós mesmos, não somo honestos conosco, ficamos minando-nos com maus pensamentos, ficamos nos enganando de que amanhã vamos começar a nossas reforma íntima. Deixamos para amanhã deixarmos de ser maldosos, maledicentes, deixamos para amanhã a caridade, o perdão que devemos pedir, a visita aos enfermos, deixamos para amanhã a saúde do corpo físico, o para de fumar, o começar a praticar um exercício. E assim vamos nos enganando.

E se não conseguimos ser honestos conosco como vamos ser com o próximo? Assim na nossa convivência com o próximo vamos enganando, iludindo, mentindo. E vamos deixando a nossa evolução de lado.

Somos ainda espíritos imperfeitos vivendo num mundo de provas e expiações, mas estamos eternamente em busca da evolução e devemos nos esforçarmos para isso.

Devemos ter em mente que colheremos o que plantarmos, estamos todos sujeitos à lei de causa e efeito. Se plantarmos hoje: mentiras, desonestidade, desamor sem dúvida alguma no futuro colheremos: mentiras, desonestidade e desamor.

Não devemos ficar nos culpando pelo que já fizemos e ficar olhando para trás com medo do futuro, mas devemos procurar fazer o bem hoje, viver o bem hoje. Jesus dizia a todos que a ele recorriam: - Vá e não peques mais! Ele estava nos ensinando que não devemos ficar nos recriminando, nos culpando, mas procurar acertar fazendo o bem.

Na questão 876 do Livro dos Espíritos há uma orientação dos espíritos de como agir com honestidade para com o próximo: “Na incerteza de como deva proceder com o seu semelhante, em dada circunstância, trate o homem de saber como quereria que com ele procedessem em circunstância idêntica. Guia mais seguro do que a própria consciência não lhe podia Deus haver dado.”

Para encerramos o nosso estudo uma pequena historinha para refletirmos:

“Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Contou ao se chefe os planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas para viver uma vida mais calma com sua família. Claro que sentiria falta do pagamento mensal, mas necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma ultima casa como um favor especial. O carpinteiro aceitou, mas, com o tempo, era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e utilizou mão-de-obra e matérias-primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira. Quando o carpinteiro terminou o trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave ao carpinteiro: ‘Esta é a sua casa’, ele disse, ‘meu presente para você’. Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora iria morar numa casa feita de qualquer maneira. Todos estamos construindo a nossa casa, o nosso futuro, estamos utilizando o esforço adequado?”

Nenhum comentário: