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quinta-feira, 11 de julho de 2013

La Esmeralda

     Ontem fui assistir apresentações de dança da escola de ballet que passei a frequentar há pouco tempo, quebrando a barreira do meu auto preconceito de que isso seria impossível de se começar aos 30 anos.
     Não sei explicar o que se passou comigo durante aqueles sessenta minutos em frente aquele palco...     
    Tudo era sentimento, um sentimento forte, profundo que emanava de algum recôndito de minh'alma. Nunca me senti tão próxima, tão mergulhada em mim mesma, tão exposta aos meus próprios sentimentos que descontroladamente transbordavam.
     Uma saudade inexplicável de algo que não sei definir o que é, um misto de angústia e alegria extrema. Uma alegria por estar ali (novamente?) e um angústia pela incerteza de poder vivenciar aquilo. (outra vez?)
     Quando a bailarina em seu vestido vermelho rodopiando em perfeita sintonia com o instrumento com que dançava adentrou o palco, alguma coisa gritou dentro de mim e as lágrimas rolaram por meus olhos já marejados.
     Existem sentimentos que não podemos definir, apenas sentimos, são únicos, intransferíveis, inexplicáveis...
     Só sei que algo vem despertando em mim lentamente nos últimos tempos, alguém que eu conhecia e que havia esquecido, alguém que eu gosto de ser, alguém que tem me proporcionado sentimentos bons, alguém que me permite sentir: autoconfiança, alegria, e uma paz imensa comigo mesma.
     Tento não pensar que deveria ter começado antes e nem imaginar como seria se isso tivesse acontecido antes, porque sei que tudo tem sua hora certa e o momento é este, é o hoje e o daqui pra frente.
     Afinal a vida segue sempre... em novas roupagens, novas paragens e o que aprendemos agora seguirá conosco e o que não realizarmos agora nos encontrará no futuro para que possamos concretizar em algum momento, em algum lugar...

"Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida." Carl Gustav Jung


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